Método Kiber

Novembro 15 2010

 

            Tanatofobia, é a fobia do medo da morte.

 

            Na mitologia grega, Tanato (do grego θάνατος , Thánatos, "morte"), também referido como Tanatos, era a personificação da morte, enquanto Hades reinava sobre os mortos no mundo inferior. Assim como Hades para os gregos, tem uma versão romana (Plutão), Tanatos também tem a sua: Orco (Orcus em latim) ou ainda Morte (Mors). Era conhecido por ter o coração de ferro e as entranhas de bronze.

 

            Diz-se que Tanato nasceu em 21 de Agosto, sendo a sua data de anos o dia favorito para tirar vidas.

 

            Tanato era filho de Nix, a noite, e Érebo, a noite eterna do Hades. Era irmão gémeo de Hipnos, o deus do sono e era representado como uma nuvem prateada ou um homem de olhos e cabelos prateados. Tanato tem um pequeno papel na mitologia, sendo eclipsado por Hades. Tanatos habitaria os Campos Elísios junto com seu irmão.

 

            Três Medos - segundo o filósofo Jacques Choron existem três tipos de medo da morte: medo do que vem depois da morte (ligado as religiões, castigos, solidões, sentimento de culpa, etc.), medo do evento ou do processo de morrer (sofrimento prolongado, fraqueza, dependência, estar exposto e vulnerável, etc.) e medo do "deixar de ser" (é o mais terrível, é conflito entre o nada versus a continuidade após a morte, o não ser).

 

            O medo é um sentimento natural e necessário para que sejamos prudentes frente a perigos que possam prejudicar a nossa vida. Como menciona Joanna de Angelis em várias de suas obras, o medo da morte resulta do instinto de conservação que trabalha a favor da manutenção da existência.

 

            O medo, no entanto, é normal quando é moderado. Quando excessivo, torna-se patológico, passa a prejudicar a nossa vida fazendo com que vivamos mais com medo do que com tranquilidade.

 

            Joanna de Ângelis aponta que existem pessoas que têm tanto medo do instante da morte, que se matam para não esperá-la. Ou às vezes o medo da morte é de tal grau que a pessoa passa a temer o envelhecimento, recorrendo a todas as formas de tratamentos para manter uma aparência jovem, tentando mostrar aos outros e a ela mesma algo que ela não é.

 

            Por mais que o medo seja natural, o medo que temos das coisas, não nasce connosco. O medo é aprendido através das experiências que nos trazem alguma consequência nociva ou do juízo que fazemos daquilo que nos é desconhecido.

 

            Sendo que aprendemos o medo, podemos desaprendê-lo. Desaprendemos incorporando novas ideias, nos esclarecendo a cerca do objecto do nosso medo.     

 

            “Quem venceu o medo da morte venceu todos os outros medos". (Mahatma Gandhi)

 

            Todas as pessoas tem medo da morte, mas o importante é conseguir viver sem que isso se transforme numa limitação. Pense na vida e no momento presente. Pense no seu bebé e confie em si própria como pessoa capaz e responsável e verá que vai se sentir melhor.

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            Podemos brincar com a morte e dizer que ela é «deixar de pecar repentinamente», ou que «o medo da morte é o mais injustificado de todos os medos, porque não há qualquer risco de acidente para quem está morto» (Einstein).

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            Segundo o filósofo Bertrand Russell o medo da morte só se justifica na juventude. Ora vejamos:

 

            “Algumas pessoas idosas vivem obcecadas com o medo da morte. Este sentimento só se justifica na juventude. Os jovens que receiam, com razão, morrer na guerra, podem legitimamente sentir a amargura do pensamento de terem sido defraudados do melhor que a vida lhes podia oferecer. Mas num velho que conheceu já as alegrias e dores humanas e que cumpriu a sua missão, qualquer que fosse, o receio da morte é algo de abjecto e ignóbil. O melhor meio de o vencer - pelo menos quanto a mim - é aumentar gradualmente as nossas preocupações, torná-las cada vez mais impessoais, até ao momento em que, a pouco e pouco, os limites da nossa personalidade recuem e a nossa vida mergulhe mais ainda na vida universal.

            Pode-se comparar a existência de um indivíduo a um rio - pequeno a princípio, estreitamente encerrado entre duas margens, arremetendo, com entusiasmo, primeiro os seixos e depois as cataratas. A pouco e pouco, o rio alarga-se, as suas margens afastam-se, a água corre mais calmamente e, por fim, sem nenhuma mudança brusca, desagua no oceano e perde sem sofrimento a sua existência individual.

            O homem que na velhice pode ver a sua vida desta maneira, não receará a morte, pois as coisas que o interessavam continuam. E se, com o declínio da vitalidade, a fadiga aumenta, o pensamento do que subsiste não será desagradável. O homem inteligente deve desejar morrer enquanto trabalha ainda, sabendo que os outros continuarão a sua missão interrompida, e contente por pensar ter feito o que lhe era possível fazer”.

            Bertrand Russell, in 'A Última Oportunidade do Homem'

 

            Segundo o mentalista, Osho, o medo da morte, a tanatofobia, é o resultado de uma vida não-vivida:

 

            “A vida, se vivida do modo certo, se vivida de facto, nunca tem medo da morte. Se você viveu a sua vida, dará as boas-vindas à morte. Ela chegará como um repouso, como um grande sono.

            Se você chegou ao ápice, ao clímax, na sua vida, então a morte é um belo descanso, uma bênção.

            Mas, se você não viveu, então é claro que a morte causa medo. Se você não viveu, então a morte certamente vai tirar de você o tempo, todas as oportunidades futuras de viver. No passado, você não viveu e não haverá mais nenhum futuro; surge o medo.

            O medo surge não por causa da morte, mas por causa da vida não-vivida. E, por causa do medo da morte, a velhice também causa medo, pois esse é o primeiro passo para a morte.

            Do contrário, a velhice também é bela. Ela é o amadurecimento do seu ser, é maturidade, crescimento”.

            Osho, em "O Livro do Viver e do Morrer: Celebre a Vida e Também a Morte"

 

PROF. KIBER SITHERC

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publicado por professorkibersitherc às 22:51
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Me sinto mais calma
Anónimo a 18 de Julho de 2014 às 16:06

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