Fernand Désiré Contandin (1903 – 1971), de seu nome artístico “Fernandel”. Nasceu em Marselha, este extraordinário actor cómico francês. Germinou já com o seu caminho traçado, os seus pais estavam ligados ao mundo do espectáculo. O pai era cantor do café-concerto, a mãe era comediante amadora.
Fernandel, encorajado pelo seu pai, começou muito cedo a sua carreira de cantor nos music-halls de Marselha. Com 25 anos foi descoberto por Marc Allégret para o cinema, e desempenhou um papel de duas curtas-metragens, em 1930. A partir desse momento, e sem deixar o teatro, entrou em várias turnês, e a carreira cinematográfica, começou a ser muito intensa. Era um artista multifacetado, trabalhando com um talento nato. Com o seu sorriso largo, entre o dramático e o ironónico, conquistou o público muito cedo. Actuou aproximadamente em 150 filmes, com os melhores actores da sua época, e foi um excelente actor dramático. Mas, foi sem sombra de dúvida, um grande cómico.
A sua capacidade de fazer rir era extraordinária, pois, toda a sua figura o favorecia. Era jovial, possuía um queixo avantajado e diziam que ele tinha “um sorriso de cavalo”. A sua popularidade, fez dele (um mito do cinema francês), chegou a alturas imagináveis, quando interpretou o padre na série de filmes sobre “Don Camillo”.
Os seus personagens, tanto, padeiros, gangestrs ou sacerdotes, são preenchidos com uma profunda humanidade, propício a todas as vítimas do infortúnio, que ainda acreditam na bondade e ingenuidade humana.
Do seu imenso repertório cinematográfico, saliento aqui, as séries de “Don Camillo”; “Ali Babá e os quarenta ladrões” 1954; e La Vachet et le prisionnier (A Vaca e o prisioneiro) de 1959.
Fernandel, deixou-nos no dia 2 de Fevereiro de 1971, em Paris, aos 67 anos de idade, vítima de cancro.
Aqui fica a minha sincera homenagem.
PROF. KIBER SITHERC