Todas as religiões e filosofias de vida estão de acordo, que uma mente ociosa é uma oficina de todo o mal, todo o negativo aí se fabrica, as boas ideias não são realizadas, são como as águas paradas dum pântano, que não circulam, nem fluem e ficam estagnadas e criam toda a espécie de imundícies e moléstias.
Quando uma pessoa tem a sua auto-estima em baixo, tem dificuldade de avaliar a sua capacidade de decisão. Tudo parece difícil e impossível de concretizar.
Não basta que as ideias sejam excelentes; como sementes elas precisam de dar fruto, por isso, terão que ser concretizadas e não guardadas no sótão ou armário.
Adiar a concretização dos projectos, demorar para mais tarde, pode ser um hábito que se enraizou no seu subconsciente, sem se aperceber a preguiça mental se instalou em si. Para se sair dessa inércia há que desenvolver a predisposição, verá que de seguida se gera na sua mente a decisão, sem a decisão é impossível definir-se na acção.
Aja com decisão: tenha o objectivo e ser-lhe-á dada a capacidade para executar, o acto de agir, gera o poder de fazer, é tão simples como experimentar, mas para isso terá que começar. Se pensar que lhe apetece beber água, é natural que pegue num copo e que o encha de água e que se sacie; ao pensar em descontrair um determinado músculo, é natural que o consiga, tudo isso resultou por que adicionou ao cérebro esses pensamentos e os neurónios (células cerebrais) deram essa ordem para ser executada.
Se espera inspiração para escrever ou desenhar, é natural que fique na apatia, o melhor será começar a escrever ou desenhar, depois surge a iluminação; se espera ter vontade para executar uma tarefa, a função ficará adiada, ao agir as coisas fazem-se, de uma maneira automática, quase sem darmos por isso. Lembre-se do sábio princípio: “Agir como se fosse...”; como se fosse activo; como se fosse eficaz, etc. Vejamos algumas dicas para desenvolver a motivação:
Não ponha as dificuldades em primeiro plano. Em tudo poderá haver riscos e obstáculos, à medida que forem surgindo os problemas, eles serão resolvidos.
Realize mecanicamente as tarefas desagradáveis, sem pensar nelas, como se estivesse a atar os atacadores dos sapatos.
Saia da inércia. Se tiver dificuldade, use o método da contagem decrescente: “3, 2, 1, 0”, e dê um salto imediatamente, da cama, do sofá, do sítio que o estagnou.
Aja sempre, não entre na acomodação apática; nunca diga: “Seja o que Deus quiser!”; lembre-se que os árabes costumam dizer: “Ajuda-te que (Alá) Deus te ajudará”.
Tomar decisões imediatamente concernentes às coisas mais simples, cria reflexos condicionados que funcionam igualmente nas grandes circunstâncias.
Não basta que as ideias sejam excelentes. Uma ideia apenas regularmente boa, é cem por cento melhor do que outra maravilhosa, mas que se deixa morrer. Nada acontece só porque pensamos que vai acontecer. Todo o nosso progresso desde os utensílios pré-históricos aos electrodomésticos; e desde as cavernas aos arranha-céus, nada mais é do que ideias postas em acção.
Por vezes, ao acostumarmo-nos à acção pode ser tarefa penosa, mas, mais cedo ou mais tarde, sempre a conseguimos. A actividade tem a propriedade de ser uma grande terapia para muitas doenças; transforma-se em hábito e o hábito é a nossa segunda natureza. E quando nos habituamos e adquirimos um hábito, é difícil livrarmo-nos dele.
Pelo Prof. Kiber Sitherc