Uma fobia consiste basicamente num medo intenso, incontrolável e por vezes insuportável à pessoa que o experimenta, sendo desproporcional em relação aos elementos que o causam. Desta forma, há indivíduos com fobias de altura, escuridão, lugares fechados, lugares abertos, aviões, água, elevadores, etc.
Uma reação fóbica ocorre de forma instantânea, automática, diante de um estímulo externo (o elemento causador da fobia). O indivíduo poderá experimentar taquicardia (coração batendo acelerado), falta de ar, transpiração excessiva (”suar frio”), dentre outros sintomas.
O medo em geral não pode ser explicado pelo indivíduo, que conscientemente não entende por que o sente e talvez até o considere ilógico. Isto porque o medo está associado a experiências traumáticas passadas (ou, às vezes, a experiências traumáticas projetadas no futuro) que estão fora da consciência do indivíduo.
Para compreender o aspecto aparentemente ilógico de uma fobia, imaginemos um homem forte, corajoso, um campeão de boxe por exemplo, que, todavia, se vê totalmente aniquilado quando entra num elevador. A um mero espectador, a cena seria incompreensível: como um homem tão forte pode ter medo de algo tão inofensivo?
Contudo, trata-se de uma reação intensa aprendida no passado, talvez na infância, quando o homem associou o medo ao elevador, ou por ter passado por uma experiência traumática envolvendo elevadores, ou mesmo por tê-la apenas imaginado.
Note-se que as fobias muitas vezes se formam na infância porque este é um período em que há poucos recursos, poucas vivências em relação à experiência traumática. A fobia também pode ter início em outros momentos da vida, nos quais o indivíduo está temporariamente sem recursos, fragilizado, experimentando uma emoção muito forte (como por exemplo um assalto, a perda de alguém muito próximo).
Da mesma forma que um determinado aroma ou uma música nos lembram uma pessoa, ou um momento de nossas vidas, uma fobia também é uma associação entre uma sensação e um estímulo.
Na formação da fobia participam os processos de omissão, distorção e generalização.
Omissão porque partes da experiência original (ou a experiência toda) são eliminadas da consciência.
Distorção porque em geral a representação da experiência não corresponde ao que ocorreu na realidade. Por exemplo, um indivíduo com fobia de ratos pode ter um dia imaginado que muitos ratos o estavam devorando, quando na verdade um único rato apenas havia passado perto dele. Pode ainda formar imagens (geralmente inconscientes) imensas, aterrorizantes, muito coloridas e próximas de um ou mais ratos, e reviver a experiência traumática como se estivesse passando por ela novamente.
A generalização acontece em virtude de que o indivíduo vai apresentar a reação fóbica sempre que estiver diante do objeto causador da fobia, em todas as situações e ambientes.
As reações fóbicas em geral acontecem quando as pessoas formam imagens da situação que causou a fobia como se estivessem nelas, associadamente (ainda que não se dêem conta disso). Quando uma pessoa se recorda de um facto estando associada nele, os seus sentimentos estão contidos no próprio fato. Porém quando as pessoas vêem a si mesmas passando pela experiência, dissociadamente, como se assistissem a um filme, têm sentimentos sobre o que vêem. Neste caso, há uma certa distância entre o indivíduo e o facto.
A associação e a dissociação, conforme a descrição acima, são técnicas bastante úteis utilizadas pela PNL. Convidamos o leitor a experimentá-las com suas próprias lembranças. Imagine, por exemplo, a experiência de estar andando numa montanha-russa – se já esteve numa antes – ou outra experiência pela qual já tenha passado. Passe um filme da situação de forma que possa se ver passando pela experiência.
Agora, “entre” dentro do filme, associe-se, passe pela experiência como se ela estivesse acontecendo agora, e experimente a diferença. Você poderá usar estas técnicas em inúmeras situações de sua vida. A dissociação, quando se lembrar de factos desagradáveis, evitando assim passar pela situação novamente e sentir-se mal em conseqüência disto. A associação para recuperar sensações agradáveis.
Na cura da fobia, a PNL utiliza basicamente a dissociação no processo de desfazer a associação entre o estímulo e a sensação (a resposta fóbica). Isto em geral é feito de forma simples, segura e rápida, lembrando que uma das formas através das quais aprendemos é a rapidez (a outra é a repetição).
Ressaltamos que a PNL não se ocupa do conteúdo da fobia, mas da sua forma, do seu processo. Por este motivo, não se perde em intermináveis interpretações e explicações sobre o porquê de um indivíduo ser fóbico.
Todavia, o indivíduo é considerado como um todo, ou seja, são verificadas outras questões que podem estar influenciando a fobia. Como exemplo, citamos os ganhos secundários, que ocorrem quando o indivíduo obtém vantagens a partir de seu problema, como atenção e afecto. Enquanto não for resolvida esta questão, ele não será curado da fobia.
PROF. KIBER SITHERC
Há cerca de um milhão e meio de anos, surgiu em África o Homo erectus, que se caracterizou pela sua coluna vertebral erecta. Factor que foi decisivo na sua evolução, a sua estrutura erecta, permitiu um desenvolvimento impar, que se distanciou de todos os outros animais.
Devido à nossa posição elevada, somos os únicos que podemos contemplar e abraçar até ao infinito as estrelas. Sonhar com o horizonte do espaço, sendo essa a nossa última fronteira. Apesar de termos feito tantos progressos, ainda há muitos humanos que parece que ainda não desceram das árvores, que se comportam como os primatas!
A característica de uma pessoa deprimida, fracassada, frustrada e abatida é representada por costas curvadas, os ombros inclinados, caindo para a frente, figura desajeitada e triste. Andar lento e pesado. Olhar vago, por vezes fixando o chão e respiração fraca.
Lembre-se, há uma lei universal no esoterismo e na psicologia, que tudo o que é ascendente é positivo; e o que é descendente é negativo. Ciências como a grafologia, quirologia, e onirologia (interpretação dos sonhos) baseiam-se nesse facto.
Os pesquisadores da linguagem do corpo, sabem que as nossas representações internas (pensamentos criados pelo cérebro), se exteriorizam e reflectem-se na nossa postura corporal. Se você estiver num estado e comportamento negativo e frustrante, seu cérebro automaticamente influencia sua fisiologia: postura, respiração, energia, tensão muscular e relaxamento. Se olhar para o espelho num estado negativo, realmente vê um rosto triste e abatido, devido aos pensamentos depressivos que se originaram no cérebro. Estar triste ou alegre foi uma representação interior que criou a sua mente, e tudo isso influenciou a sua expressão corporal.
Se você modificar a sua fisiologia, automaticamente influencia os seus pensamentos e comportamentos. A representação interna e a fisiologia trabalham juntas numa conexão cibernética. O que atinge uma automaticamente atinge a outra. Por isso, se houver mudanças de estado de espírito, envolvem mudanças de representação interna e fisiologia.
Se estiver triste, e abatido não se ponha numa posição de cabeça inclinada, chorando e enrolando-se numa posição fetal. Ponha-se de pé, não inclinado, nem dobrado, bem direito, mas não rígido, nem tenso, mas descontraído e elevado. Respire profundamente, levante a cabeça, olhe para cima. Ficará surpreendido ao verificar que o seu estado melhorará rapidamente, porque transmitiu ao cérebro a sua autoconfiança e elevação positiva.
A maneira como ficamos de pé ou sentados enroscados, tem muito que ver com a maneira como estamos nos sentindo. Ao se aprumar, começará também a pensar direito. Movimento o seu corpo, caminhe levemente, concentrando-se como se tentasse atingir algo mais alto com a ponta da cabeça. Dê largas passadas, com harmonia e elegância. Não cruze os braços, o que tornará uma pessoa defensiva, relaxe-os ao caminhar como pêndulos.
Reparará como se sentirá leve, deixará de tropeçar, porque toda a sua estrutura estará elevada, a coluna vertebral ficará erecta, todos os canais vitais, ficarão mais funcionais, incluindo a medula espinhal, que por meio dela o cérebro, controlará o seu corpo de uma forma positiva. Dessa maneira, seu cérebro recebe uma nova mensagem sobre como se sentir positivamente. Suas sensações e emoções, mudam quase no mesmo instante para se sentir cheio de vitalidade, autoconfiança e tranquilidade.
PROF. KIBER SITHERC