Método Kiber

Janeiro 12 2011

 

            Um viajante chegou a uma humilde cabana, onde se dirigiu pedindo água e pousada. Quando chegou foi recebido por um monge que lhe ofereceu acolhimento. Ao reparar na simplicidade da casa e sobretudo na ausência de mobília, curioso indagou:

 

            - Onde estão os teus móveis?

            - Onde estão os teus? - devolveu o monge.

            - Estou aqui só de passagem - respondeu o viajante

            - Eu também.

 

            É assim a vida. Todos nós estamos de passagem!

 

PROF. KIBER SITHERC

 

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 23:08

Janeiro 10 2011

 

            Há muito tempo, um ilustre sábio queria atravessar o rio da sua cidade. Esperavam-no na outra margem uns alunos sedentos do seu imenso saber. Era uma pessoa importante, mas, apesar disso, como naquele tempo os motores não estavam vulgarizados, só lhe restava procurar os serviços de um barqueiro que o conduzisse, são e salvo, à outra margem.

 

             O único disponível era um homem já idoso que, simpaticamente, o convidou a subir para a sua embarcação. Tinha chovido bastante nos dias anteriores e o caudal do rio estava elevado e agitado. O intelectual era magro, mas o barqueiro estava a sentir alguma dificuldade em manobrar o barco, tal era a fúria da corrente. O sábio, depois de se instalar o mais comodamente possível, perguntou-lhe:

 

            - Diga-me uma coisa: você sabe botânica?

            O barqueiro olhou para o sábio e respondeu:

            - Não senhor. Não sei que história é essa, nunca fui à escola.

            - Você não sabe botânica? A ciência que estuda as plantas? Que pena! Você perdeu parte de sua vida.

            O barqueiro continua remando; pergunta novamente o sábio:

            - Diga-me uma coisa: você sabe astronomia?

            - O coitado do homem coçou a cabeça e respondeu:

            - Não senhor, não sei o que se trata disso.

            - Astronomia é a ciência que estuda os astros, o espaço, as estrelas. Que pena! Você perdeu parte da sua vida.

            E assim foi perguntando a respeito de cada ciência: geografia, física, química, e de nada o barqueiro sabia.

            E o sábio sempre terminava com o seu refrão: "Que pena! Você perdeu parte da sua vida".

            O humilde barqueiro, respondia:

            - Nunca fui à escola, desde pequenino fui obrigado a trabalhar para o sustento da família.

            O sábio inchado e orgulhoso do seu saber, respondia:

            - Você não conhece o pensamento dos sábios gregos, as magníficas metáforas dos grandes poetas, os mistérios fascinantes do corpo humano… "Que pena! Você perdeu parte da sua vida".

            De repente, o barco bateu contra uma pedra, rompeu-se e começou a afundar.

            O barqueiro perguntou ao sábio:

            - O senhor sabe nadar?

            - Não, não sei. Salve-me por favor.

            - Não posso, é impossível. Que pena, o senhor vai perder toda a sua vida!

 

PROF. KIBER SITHERC

 

 

kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 18:21

Janeiro 05 2011

 

            Uma vez um jovem interrogou o seu mestre que contemplava as flores do jardim:

            - Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes. Algumas são indiferentes, outras mentirosas... sofro com as que caluniam...

 

            - Pois viva como as flores! - advertiu o mestre.

            - Como é viver como as flores? - perguntou o discípulo.

            - Repare nestas flores - continuou o mestre - apontando os lírios que cresciam no jardim. Elas nascem no esterco, entretanto são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas...

 

            É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros nos importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora... Não se deixe contaminar por tudo aquilo que o rodeia... Assim, você estará vivendo como as flores!

 

PROF. KIBER SITHERC 

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 21:10

Novembro 23 2010

 

            Certa vez um sábio teve de escolher entre duas pinturas, qual delas mais representava a paz perfeita.

 

            A primeira era um lago muito tranquilo, este lago era um espelho perfeito onde se reflectiam algumas plácida montanha que o rodeava, sobre elas encontrava-se um céu muito azul com nuvens brancas. Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela reflectia a paz perfeita.

 

            Já a segunda pintura também tinha montanhas, mas eram escabrosas e não tinham uma só planta, o céu era escuro, tenebroso e dele saíam faíscas de raios e trovões. Tudo isto não era pacífico.

 

            Mas, quando o sábio observou mais atentamente, reparou que atrás de uma cascata havia um pequeno galho saindo de uma fenda na rocha. Neste galho encontrava-se um ninho. Ali, no meio do ruído da violenta camada de água, estava um passarinho calmamente sentado no seu ninho.

 

             Paz Perfeita - O sábio escolheu essa segunda pintura e explicou:

 

            "Paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas ou sem dor. Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo isso, Permanecemos calmos e tranquilos no nosso coração. Este é o verdadeiro significado da paz."

 

PROF. KIBER SITHERC

 

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 17:09

Novembro 10 2010

 

            Dois homens haviam compartilhado uma injusta prisão, onde estiveram longos anos em que receberam todo o tipo de torturas e humilhações.

 

            Anos depois, já livres, se voltaram a encontrar.

 

             Um deles perguntou ao outro:

            - Alguma vez te lembras do carcereiro?

            - Não, graças a Deus já esqueci de tudo – e olhando para o amigo perguntou:

            - E tu?

 

            - Eu continuo a odiá-los com todas as minhas forças.

            O seu amigo fixou-o por uns instantes, e respondeu:

            - Sinto muito por ti. Se isto é assim, significa que ainda te mantém preso.

 

            A raiva escraviza-nos e só o perdão e o amor nos liberta.

 

PROF. KIBER SITHERC 

 

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 01:04

Novembro 09 2010

 

            Um professor de filosofia foi ter com um mestre zen, Nan-In, e fez-lhe perguntas sobre Deus, o nirvana, meditação e muitas outras coisas. O Mestre ouviu-o em silêncio e depois disse.

 

            - Pareces cansado. Escalaste esta alta montanha, vieste de um lugar longínquo. Deixa-me primeiro servir-te uma chávena de chá.

 

            O Mestre fez o chá. Fervilhando de perguntas, o professor esperou. Quando o Mestre serviu o chá encheu a chávena do seu visitante e continuou a enche-la. A chávena transbordou e o chá começou a verter para o pires até que o seu visitante gritou:

            - Pára. Não vês que o pires está cheio?

 

            - É exactamente assim que te encontras. A tua mente está tão cheia de perguntas que mesmo que eu responda não tens nenhum espaço para a resposta. Sai, esvazia a chávena e depois volta.

 

PROF. KIBER SITHERC

 

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 23:10

Novembro 06 2010

 

           Há uma popular lenda do Próximo Oriente, que um jovem chegou à beira de um oásis junto a um povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe:

 

            - Que tipo de pessoas vivem neste lugar?

            - Que tipo de pessoas viviam no lugar de onde veio? - perguntou por sua vez o ancião.

            - Oh, um grupo de egoístas e perversos - replicou o rapaz - estou satisfeito de ter saído de lá.

            - A mesma coisa haverá de encontrar por aqui - replicou o velho.

 

            No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:

            - Que tipo de pessoas vivem por aqui?

            O velho respondeu com a mesma pergunta:

            - Que tipo de pessoas viviam no lugar de onde você veio?

            O rapaz respondeu:

             - Eram pessoas maravilhosas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las.

            - O mesmo encontrará por aqui - respondeu o ancião.

 

            Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:

            - Como é possível dar respostas tão diferentes à mesma pergunta?

            Ao que o velho respondeu:

            - Cada um carrega no seu coração o meio ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui, porque, na verdade, a nossa atitude mental é a única coisa na nossa vida sobre a qual podemos manter controlo absoluto.

            Para onde nós formos, levaremos os nossos pensamentos.

 

PROF. KIBER SITHERC 

 

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 23:20

Outubro 07 2010

 

            Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora do rio o escorpião o picou. Devido à dor, o monge deixou-o cair novamente no rio.

 

             Foi então à margem, pegou um ramo de árvore, voltou outra vez a correr pela margem, entrou no rio, resgatou o escorpião e o salvou. Em seguida, juntou-se aos seus discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e amargurados.

 

            - Mestre, o Senhor deve estar muito doente! Por que foi salvar esse bicho mau e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda: picou a mão que o salvava! Não merecia a sua compaixão!           

 

            O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu:

            - Ele agiu conforme a sua natureza e eu de acordo com a minha.

 

            Devemos compreender como os outros agem: cada qual age de acordo com a sua natureza.

 

PROF. KIBER SITHERC

 

 

kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 23:23

Outubro 06 2010

 

            Dois monges viajavam juntos por um caminho lamacento. Chovia torrencialmente o que dificultava a caminhada. A certa altura tinham que atravessar um rio, cuja água lhes dava pela cintura. Na margem estava uma jovem extremamente bela que parecia não saber o que fazer:

            - Quero atravessar para o outro lado, mas tenho medo, por favor me ajudem.

            Então o monge mais velho carregou a moça às suas cavalitas para a outra margem.

 

            Horas depois, quando já estavam a chegar ao convento, o monge mais novo não se conteve e perguntou:

            - Nós, monges, não nos devemos aproximar das mulheres, especialmente se forem jovens e atraentes. É perigoso. Por que fez aquilo?

            - Eu deixei a moça lá. Mas você ainda a está carregando?!

           

            Muitas vezes continuamos carregando pensamentos destrutivos, que nos tiram a tranquilidade, por vezes nos levam às observações críticas. Paulo de Tarso escreveu: Tudo é puro para os puros.

 

PROF. KIBER SITHERC

 

 

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 18:13

Outubro 01 2010

 

            Um dia, a Verdade decidiu visitar os homens, sem roupas e sem adornos, tão nua e descoberta como o seu próprio nome.

 

            E todos que a viam lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, e ninguém lhe dava as boas-vindas.

 

            Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, criticada, rejeitada e desprezada.

 

             Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, trajando um belo vestido e muito elegante.

 

            - Verdade, por que você está tão abatida? -  perguntou a Parábola.

 

            - Porque devo ser muito feia e antipática, já que os homens me evitam tanto! - respondeu a amargurada Verdade.

 

            - Que disparate! - Sorriu a Parábola. - Não é por isso que os homens te evitam. Toma. Veste algumas das minhas roupas e verás o que acontece.

 

              Então, a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola, e de repente, por toda parte onde passava era bem-vinda e festejada.

 

            Os seres humanos não gostam de encarar a Verdade sem adornos. Eles preferem-na rebuscada, mascarada, dissimulada e disfarçada.

 

PROF. KIBER SITHERC 

 

  

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 00:58

Só temos uma vida, por isso, teremos que vivê-la intensamente de uma maneira agradável e positiva. Faça tudo o que estiver ao seu alcance, antes que seja demasiado tarde! Pensamento Positivo! kiber-sitherc@sapo.pt
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