Método Kiber

Abril 03 2011

 

            Há fobias para todos os medos. Quem diria até para as inocentes borboletas!

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            “Tenho medo de borboletas desde pequena. É um medo enorme.

            Nunca achei uma explicação para isso. Não posso nem ver uma foto de uma borboleta ou mariposa, que eu tremo toda.

            Tenho bastante medo. Quando vejo uma fico nervosa, tremendo e às vezes até choro.

            Sou louca?!

            Eu gostaria de achar uma explicação para esse medo”.

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            O medo das borboletas origina-se na infância. As borboletas inocentemente pousam em tudo, poderá ser aterrador uma grande borboleta pousar num indefeso bebé, ele poderá ficar traumatizado para o resto da vida.

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            A actriz, Nicole Kidman, revelou qual o bicho mais a assusta. Em entrevista ao Hollywood Reporter, Nicole contou que não são as baratas nem as aranhas que mais a assustam, e sim as borboletas.

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            O medo, contou a actriz, tem relação com uma trauma de infância, vivido na Austrália. "Posso pular de aviões e andar sobre baratas, mas não gosto de sentir os corpos das borboletas em mim. Quando era criança e voltava do colégio, uma vez encontrei uma borboleta pousada no portão da frente. Dei a volta no quintal e pulei a cerca, mas não ousei abrir o portão", contou a atriz.

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            "Tentei superar o medo indo ao Museu Americano de História Natural, mas não funcionou." Ao tentar atravessar a montra de borboletas no Museu Americano de História Natural, ela não conseguiu.

 

PROF. KIBER SITHERC

 

A actriz que tem medo das borboleta.

 

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publicado por professorkibersitherc às 23:42
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Janeiro 21 2011

 

            A nosofobia é o medo de adoecer, é o que leva o fóbico a se julgar doente; começa pelo medo de se infectar por micróbios, por isso, até não dá a mão nos cumprimentos… essa fobia conduz rapidamente à hipocondria (busca obcecada de tratamento para doenças inexistentes).

 

            Há pessoas que vivem mortificadas limpando, o que muitas vezes está limpo, vendo sujidade insuportável na mais pequena poeira. A mania de limpar as maçanetas das portas que leva à fobia dos micróbios e doenças por eles produzidas (nosofobias).

 

            Muitas mulheres, utilizam produtos não muito aconselháveis na sua higiene íntima pelo receio de não estarem correctamente limpas. Chega-se mesmo a cair no exagero e no abuso da limpeza, movidas pelo medo de odores desagradáveis e dos micróbios.

 

            Os microrganismos, também conhecidos por germes ou micróbios, são pequenos seres vivos que não podem ser vistos a olho nu. Podem encontrar-se em quase todos os locais do planeta. Alguns são inofensivos e outros são nocivos para o ser humano. Apesar de extremamente pequenos, podem ter tamanhos e formas diversas. Há três tipos principais de micróbios:

 

            Os Vírus são os micróbios mais pequenos e são geralmente nocivos para os humanos. São organismos que não podem sobreviver por si próprios. Precisam de uma célula “hospedeira” para se reproduzirem e sobreviver. Assim que penetram na célula “hospedeira” multiplicam-se rapidamente aos milhões, provocando a destruição da célula durante este processo!

 

            Os Fungos são organismos multicelulares, que tanto podem ser benéficos como nocivos. Obtêm o seu alimento através da decomposição de matéria orgânica ou vivendo como parasitas num organismo hospedeiro. Podem causar directamente infecções no organismo ou envenenar os alimentos que ingerimos. Mas também podem ser benéficos, como o Penicillium, que produz penicilina e como os Agaricus (cogumelos) que servem para a nossa alimentação.

 

            As Bactérias são organismos unicelulares que se multiplicam exponencialmente em cada 20 minutos. Ao crescer podem produzir substâncias (toxinas) que são muito prejudiciais para a saúde e provocar doenças (exº Staphylococcus aureus); outras são completamente inofensivas e até benéficas (exº: Lactobacilus que se usa na indústria alimentar). Nalguns casos são até indispensáveis para a vida humana, como é o caso daquelas que são responsáveis pelo crescimento das plantas (Rhizobacterium). As bactérias benéficas ou inofensivas designam-se por não-patogénicas, enquanto as nocivas são conhecidas como patogénicas.

 

            As Bactérias podem ser classificadas, quanto à forma, em três grupos: Cocos (arrredondados), Bacilos (tubulares) e Espirais. Os Cocos também ser sub-divididem em três grupos, pela forma como se agregam: Estafilococos (aos cachos), Estreptococos (em cadeia) e Diplococos (aos pares). Os cientistas usam esta classificação para identificar qual a infecção que o paciente tem.

  

            Somente 1 a 3% são patogénicos, 87% são benéficos ou não prejudiciais e 10% oportunistas, isto é, podem causar doenças se eles atingirem local apropriado.

 

            Os seres humanos obtêm muitos benefícios a partir das relações estabelecidas com a sua microbiota endógena. Alguns nutrientes, como as vitaminas K, B12, o ácido pantoténico, a biotina, a piridoxina são obtidos a partir de secreções de bactérias coliformes. Além disso, estes micróbios endógenos, que vivem nos seres humanos, fornecem uma fonte constante de substâncias irritantes e antígenos que estimulam o nosso sistema imune.

 

            Outros microrganismos não patogénicos tornam possível a produção de iogurte, queijo, pão, cerveja, vinhos e muitos outros alimentos e bebidas. Muitas bactérias e fungos são saprófitas, que ajudam na fertilização, devolvendo nutrientes inorgânicos, ao solo.

 

             Nós somos densamente povoados por dentro e por fora, de bactérias. A população bacteriana, que tem como lar o corpo humano, é fantástica, sendo 10 vezes superior ao número de células existente no nosso corpo. Existem dez vezes 100 triliões de bactérias, da boca ao recto, e na superfície da pele. Apesar disso, o mais surpreendente é que o feto, em condições sadias, é estéril sob o ponto de vista microbiológico.

 

            O feto não possui microbiota endógena. Durante e após o nascimento, um recém-nascido é exposto a vários microrganismos de sua mãe e a tudo o que entra em contacto. As relações entre a microbiota endógena e o hospedeiro humano são excelentes exemplos de simbiose, um termo aplicado a relações gerais entre organismos diferentes vivendo juntos em estreita relação. Essa relação pode ser benéfica, inofensiva ou prejudicial para um, para vários ou para todos os simbiontes. Na realidade, existe simbiose dentro de todas as nossas células e fora no sistema vivo humano.

 

            Sem a presença de micróbios, no nosso planeta, o ser humano e outros organismos vivos deixariam rapidamente de existir.  

            Os micróbios são responsáveis por 90% das reacções bioquímicas produzidas na Terra.

 

            Eles estão presentes em grande número na Terra, incluindo os meios extremos. Na verdade o Mundo é microbiano. Os micróbios estão associados às actividades fundamentais na natureza, participando em todos os ciclos de transformação da matéria, bem como em muitas actividades úteis e em algumas nocivas também. Esta extraordinária descoberta revolucionou a nossa visão do mundo.

 

            Não tenha medo dos micróbios, eles estão em toda a parte, esses minúsculos seres, fazem parte da nossa vida!

 

PROF. KIBER SITHERC 

 

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publicado por professorkibersitherc às 23:32
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Janeiro 11 2011

 

            Em Novembro de 2007, um catarinense de cinco anos fantasiado de Homem-Aranha, ficou famoso ao salvar uma menina de um ano e dez meses. O salvamento ocorreu no município de Palmeira, na Serra catarinense.

 

            Riquelme Wesley dos Santos brincava de carrinho na casa da vizinha Lucilene Córdova dos Santos, 36 anos, quando percebeu que um incêndio começava no quarto da filha de Lucilene, Andrieli. Riquelme chamou a vizinha, que correu para socorrer a criança.

 

            Ao abrir a porta do quarto, a mãe se deparou com labaredas e saiu da casa. Riquelme, então, disse que iria salvar Andrieli. Lucilene tentou impedir. O menino, no entanto, tampou o nariz, foi até o quarto da menina, retirou-a do berço (que estava sendo consumido pelo fogo) e, em poucos segundos, entregou-a nos braços de Lucilene.

 

            Os bombeiros chegaram pouco tempo depois. Tudo o que havia no interior da casa foi perdido. Andrieli e Riquelme não sofreram nenhum arranhão ou queimadura.

 

            Esta notícia espalhou-se por todo o Brasil. O herói foi um menino de cinco anos, e temos a certeza que não sofria de pirofobia.

 

            A Pirofobia (do grego πυρpyr, pyrós "fogo"; φόβοςphobein "medo") é um distúrbio psicológico que se caracteriza pelo medo doentio do fogo.

 

            Este medo, a pirofobia, não é um medo qualquer e natural como o que a gente sente ao chegar perto de um fogo perigoso, em virtude do instinto de auto-preservação.

 

            Basta a pessoa só de ver uma chama para entrar em pânico, perdendo o controlo de seus sentidos e da sua razão. 

 

            Toda a fobia é um medo irracional de uma situação, actividade ou objecto específico. A fobia obriga a pessoa a evitar o alvo do seu medo, porque associado ao medo surgem outros sintomas: ansiedade, batimento cardíaco acelerado, ondas de calor ou de frio, engasgo, sensação de sufocamento, tremores, tontura, desmaio e outras sensações desagradáveis.

 

            Deve ficar claro que ninguém escolhe ter uma fobia, ela simplesmente existe. E como, no caso da pirofobia, é muito nefasto começar a ter um ataque toda a vez que alguém acende um cigarro, começa a cozinhar, ou vê uma fogueira.

             Existem várias terapias para tratar este distúrbio:

 

            1) - Terapia comportamental gradativa: a pessoa fala do que causa a fobia, vê fotos e depois expõe-se à fobia gradativamente.

 

            2) - Terapia comportamental agressiva: a pessoa sofre exposição directa, ou seja, enfrenta a sua fobia repetidamente, acompanhada de um terapeuta, até que se acostume.

 

            3) - Terapia de grupo e/ou de auto-ajuda: várias pessoas com o mesmo tipo de fobias, ou problemas semelhantes, discutem o tema e se ajudam mutuamente.

 

            4) - Terapia individual: a pessoa com a fobia consulta um terapeuta, que vai guiá-la em um processo de cura.

 

            5) - Medicamentos: os tipos de medicamentos utilizados incluem certos anti-depressivos, ansiolíticos, tranquilizantes e beta-bloqueadores. Esses medicamentos reduzem os sintomas de pânico que aparecem com a situação temida. Atenção: os medicamentos só podem ser tomados se receitados por médicos e terapeutas. Nunca pratique a auto-medicação.

 

            É importante respeitar o medo alheio e estimular um dos tratamentos acima, dessa maneira, é a melhor forma de ajudar o fóbico.

 

PROF. KIBER SITHERC

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 21:44
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Janeiro 01 2011

 

            Sabe-se que a maioria das pessoas tem um leve receio de ir ao dentista. Uma pequena percentagem, no entanto, tem verdadeiro pavor, apresentando inclusive ataques de pânico na cadeira do dentista.

 

            Adolf Hitler tinha medo de dentista, halitose (mau hálito) e se alimentava muito mal, revela um estudo baseado nas anotações do homem que cuidava dos dentes do ditador alemão, o general da SS nazista Johannes Blaschke.


            As conclusões estão em "O Dentista do Diabo", trabalho de doutorado de Menevse Deprem-Hennen. Em declarações ao periódico alemão "Bild am Sonntag", o especialista explica que o estudo teve base em uma série de relatórios que durante anos estavam perdidos.


            "É muito provável que Hitler sofresse de uma forte halitose", conta Deprem-Hennen, que diz ainda que o ditador nazista comia mal e sofria de doença periodontal, que atinge a gengiva e a sustentação dos dentes.


            "É provável também que, como muitas pessoas, Hitler tivesse medo do dentista", afirma o especialista, que tira essa conclusão pelo facto de, em vez de fazer um tratamento de canal em uma ou duas sessões, o "Fuehrer" ter precisado chamar Johannes Blaschke até oito vezes.

 

            A esta fobia chama-se: odontofobia, é o medo aterrador de marcar a consulta para o dentista, pior ainda, é assentar-se na cadeira do dentista, e ouvir a broca do mesmo. Para estas pessoas a própria bata do dentista, já basta para aterrorizar.

 

            A consequência mais séria que advém para essas pessoas é a deterioração dos dentes, às vezes com sérias complicações, envolvendo comprometimento de canais e doenças das gengivas.

 

            Os maiores temores relacionam-se com a anestesia e a acção da broca (motor). O medo parece aumentar a sensação subjectiva de dor. Além disso, as pessoas parecem esperar sempre por um desconforto muito maior que aquele de facto produzido. Para algumas pessoas, a visão da roupa branca do dentista é terrível, e se ele usar um jaqueta ou camisa de outra cor, a ansiedade decresce.

 

            Alguns pacientes chegam a desmaiar na cadeira. Uma boa comunicação e empatia com o dentista ajudam muito, sobretudo se o profissional entender e respeitar o medo. É importante que o dentista explique de forma detalhada os procedimentos que serão realizados, e o grau de desconforto e dor que de fato ocorrerão.

 

            Combinações de sinais previamente estabelecidos, como erguer a mão ao primeiro sinal de dor, podem minimizar o problema. A familiarização com o consultório também pode ajudar na habituação.

 

            A observação de outras pessoas sendo tratadas, recebendo anestesia e sendo submetidas à acção do motor, funciona como um modelo positivo, na linha do “não deve ser tão terrível assim”. Isso tem se mostrado útil em crianças, que, antes de serem submetidas a um tratamento dentário, brincam no consultório do dentista, para facilitarem o contacto e o trabalho, dando um colorido lúdico ao tratamento. É válido também para adultos o processo da modelagem passo a passo.

 

            A ajuda psicológica poderá ser de grande auxílio, neste contexto, pois é possível tratar o medo, ansiedade e fobia com êxito.

 

            Na psicologia há uma série de técnicas com os quais os pacientes podem reduzir o medo e a ansiedade de qualquer natureza.

 

            Verificou-se que a formação graduada em Relaxamento seguido por visualização da situação temida concomitante com o comportamento concorrente de relaxamento e a técnica de dessensibilização sistemática tem sido de valor inestimável para ajudar as pessoas com fobias.

 

            Pessoas que sofrem de Fobia dentária podem ser ajudadas em grande forma em terapia com essas técnicas submetendo-se a experiência em sessão terapêutica de Relaxamento e Visualização da cadeira de dentista e aos procedimentos odontológicos que se seguem.

  

PROF. KIBER SITHERC

 

 

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 20:05
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Dezembro 17 2010

 

            A fobia aos gatos, também conhecido como Ailurophobia, deve-se na maioria dos casos à ignorância, às falsas crenças e preconceitos em relação a esses indefesos bichanos.

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            Na Europa Medieval, o gato negro foi marcado por uma terrível superstição que sobrevive até aos dias de hoje sob a forma de um temor de azar. Houve uma implacável perseguição que os determinou às fogueiras. Tudo isto em nome de um deus implacável que os queimou em fogueiras, humanos e gatos, como acusados de serem íntimos do diabo.

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            A Igreja queria ver-se livre dos rituais pagãos, ainda em franca prática da Antiga Religião, e acabou por inventar o mito do Gato Preto demoníaco. Este gato passou então a simbolizar o mundo das trevas que afastava o bom cristão de seu iluminado e santo caminho. Tornou-se personagem constante em processos contra bruxos e adoradores de Satã.

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            No processo contra os Templários, havia uma passagem em que Satã aparecia em forma de gato preto aos seus adeptos. Mas, as crendices não paravam por aí: já em 1561 houve um grande processo na França, contra mulheres ditas feiticeiras que se transformavam em gatos pretos durante os seus rituais. Então, perseguiram todos os gatos pretos da França a ponto destes quase desaparecerem por completo. Sobre isto, há um pormenor quase lendário (porém muito real), de uma descoberta de um antigo rol de objectos caseiros de um testamento do século XVII, onde um gato preto fez parte do espólio assim como móveis e quadros preciosos!

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            O delírio de crueldade contra os gatos pretos na Europa não parou por aí, na Bélgica, até o ano de 1817 se praticava o "Kattestoët" (Jogo dos Gatos) que consistia em colocar três gatos pretos dentro de um saco, subir no alto do campanário da igreja local e atirá-los lá de cima. Se algum gato sobrevivesse, a multidão enlouquecida dos habitantes das aldeias saía correndo atrás do pobre felino, com paus e pedras e massacravam o animalzinho. Era 'costume', 'folclore' do país!  

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            Napoleão Bonaparte foi, sem duvida, uma figura respeitada na época em que viveu. Aos 26 anos de idade, ele tinha conquistado a Itália. Só andava com pessoas de alto nível, e em seu calculo de amigos admitia apenas matemáticos, cientistas, estudiosos das ciências exactas. Partilhava as suas ideias com filósofos e outros intelectuais da época.

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            Mas, acreditava (e os factos pareciam mostrar que tinha razão) que usar lenço de seda preta ao pescoço dava sorte nas batalhas. Em Waterloo, inclusive, ele resolveu colocar um lenço de seda branca e acabou sendo derrotado.

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            O facto é que Napoleão não era tão forte e bem-resolvido quanto aparentava ser. Ninguém sabia (ou talvez uma ou outra pessoa soubesse), mas ele era perseguido por uma terrível fobia que chegou a se transformar em obsessão: não podia ver gatos, nem pensar em gatos, nem sequer sonhar com gatos, porque entrava em pânico! Qual foi a origem da sua fobia?

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            Quando ele tinha apenas seis meses de idade, um gato selvagem pulou em cima dele. A empregada que estava cuidando dele havia saído para fazer algo na casa; ele estava deitado no jardim a apanhar o sol da manhã e ar fresco, quando um gato selvagem pulou em cima dele. Isso não o machucou - talvez o gato estivesse apenas brincando - mas para a mente da criança foi quase como uma morte. Desde então, ele se tornou vulnerável a qualquer gato, mesmo que fosse um simples gatinho.

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            Não tinha medo de tigres ou de leões; ele podia lutar com um leão sem armas, sem medo nenhum. Mas um gato? Isso era uma outra coisa. Vendo um gato ele ficava quase gelado; ele tornava-se novamente uma criança pequena de seis meses, sem qualquer defesa, sem nenhuma capacidade de lutar. Para aqueles pequenos olhos de criança aquele gato deve ter parecido enorme; era um gato selvagem.

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            Mas felizmente houve poucos os personagens que tinham aversão aos gatos:

 

            Dwight D. Eisenhower – O antigo presidente dos Estados Unidos da América, não suportava gatos e alegadamente deu ordem aos empregados para matar qualquer gato que entrasse nos seus terrenos.

 

            Alexandre, o Grande, Júlio César, Mussolini, Gengis-Khan e até mesmo Hitler tinham pavor e medo dos gatos.

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            Mas nem todos os personagens durante a História, tinham aversão aos gatos:

 

            Maomé – O fundador do Islamismo considerava os gatos sagrados, mas os cães, animais sujos.

 

            Cardeal Richelieu – O Cardeal tinha um quarto reservado para gatos que eram alimentados por empregados.

 

            Winston Churchill – O antigo primeiro-ministro britânico gostava de comer na presença do seu gato e pedia ao seu empregado para ir buscar o animal na altura das refeições.

 

            Abraham Lincoln – O gato do antigo presidente norte-americano foi o primeiro felino a habitar a Casa Branca.

 

            Alexander Dumas – Tinha um gato que adivinhava sempre quando é que o dono acabava de trabalhar, mesmo quando este fazia serões.

 

            Renoir e Monet – Estes artistas plásticos gostavam de gatos e retravavam-nos com frequência nos seus quadros.

 

            Charles Dickens – Tinha uma gata e acabou por ficar uma das crias desta. O pequeno costumava tentar cheirar uma vela para chamar a atenção do dono.

 

            Ernest Hemingway – A certa altura, o escritor chegou a ter 30 gatos.

 

            Isaac Newton – O cientista que descobriu o princípio da gravidade, também inventou a porta para gatos.

 

            T.S. Elliot – O Nobel da Literatura escreveu um livro de poemas sobre gatos.

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            Há muitas pessoas que sofrem de Ailurofobia. Quando vêm um gato, essas  pessoas podem começar a suar, ter dificuldades respiratórias e inclusive ter um ataque de pânico.

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             Muita gente sofre deste tipo de fobia e sente-se incomprendida, já que os gatos são animais normalmente inofensivos e grande quantidade de gente desfruta com sua companhia. O medo pode remontar-se a uma má experiência com um gato na primeira infância, onde um pequeno arranhão de um animal que tentava se defender das traquinices inquietas do menino o deixe a este marcado sensivelmente. Como outras fobias, este transtorno costuma se corrigir utilizando métodos tais como a hipnose e a Programação Neurolinguística.

 

PROF. KIBER SITHERC

 

  

 

 

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 22:52
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Dezembro 04 2010

 

            O medo trata-se de uma emoção natural do ser humano. O medo actua como um aliado, protegendo-nos e funcionando como um sinalizador para precaução contra perigos reais. Nas pesquisas e estudos da Psicologia, encontraremos inúmeras conceituações sobre esta emoção, entre elas, a de que o medo é resultante de uma ameaça à rotina da existência.

  

            A fobia é uma espécie de medo acentuado, excessivo, desmedido, na presença ou previsão de encontro com o objecto ou situação que causa ansiedade em um grau elevadíssimo.

 

            As pessoas que sofrem de Hematofobia têm medo de ver sangue exposto. E costumam desmaiar ao ver uma simples gota de sangue, próprio ou de terceiros. E ao simples facto de ter uma hemorragia e morrer, pois o medo paralisa o coração imediatamente. Estes indivíduos são incapazes de fazer uma simples retirada de sangue para exames.

 

            Há muita gente que sofre desta fobia. 

 

            Vejamos a origem do trauma de uma hematofóbica:

            “Eu confesso que morro de medo de sangue, não posso ver que vomito ou desmaio. Eu me lembro quando tinha 8 aninhos, cai quando estava correndo e ralei a minha perna e daí comecei a chorar, quando vi aquele sangue todo, fiquei morrendo de medo. Hoje já consigo me controlar, mas antes era o caos. Alguém já passou por algo parecido?”

 

            O próprio actor, Edward Cullen, afirmou ter esta fobia.

 

            Em Lua Vermelha (SIC), Mafalda Castro é Isabel Oliveira, uma humana que se apaixona pelo colega de escola Afonso Azevedo (Rui Porto Nunes) que é vampiro.

 

            Mas a verdade é que, longe das câmaras, a actriz, de 20 anos, afasta-se e muito do universo sangrento da novela da SIC. À Notícias TV, Mafalda confessou não suportar ver sangue. “O sangue é uma coisa que me perturba imenso. Sou muito mariquinhas! Não posso, nem ver uma ferida, faz-me muita impressão.”

 

            E nem a idade tem ajudado a actriz a ultrapassar o medo. “Houve uma vez, já tinha eu os meus 20 anos, que fui parar ao hospital… Estava com a minha mãe e os médicos lembraram-se de me tirar sangue, eu avisei que não ia correr bem e lembro-me de ter desatado a chorar… sim, sou muito fraquinha. Já tirei sangue duas vezes e morri de medo. Olho sempre para o lado, claro”, admitiu a nova estrela da SIC, entre risos.

 

            Já Rui Porto Nunes, que encarna o papel de vampiro, assume-se menos medroso. “Já tive momentos complicados… (risos) Quando tinha 15 anos parti a cabeça… mas o sangue não é algo que me impressione”. 

 

            O que caracteriza essa fobia é o facto de que a pessoa, ao entrar em contacto com sangue, agulhas ou feridas e mutilações, tem a sensação de uma intensa náusea, muito mais forte do que medo e ansiedade. Em seguida, a pessoa pode, inclusive, ter uma síncope (desmaio).

 

            Essa é uma fobia que foge bastante ao padrão habitual. Um dos aspectos é uma resposta fisiológica diferenciada das demais fobias. Em vez de os batimentos cardíacos se acelerarem, as pessoas com a fobia de sangue e ferimentos registam, após um breve período de aceleração, uma redução dos batimentos que pode levar a um desmaio pela diminuição da oxigenação do cérebro (hipoxia).

 

PROF. KIBER SITHERC

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 17:34
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Dezembro 01 2010

 

            Uma fobia consiste basicamente num medo intenso, incontrolável e por vezes insuportável à pessoa que o experimenta, sendo desproporcional em relação aos elementos que o causam. Desta forma, há indivíduos com fobias de altura, escuridão, lugares fechados, lugares abertos, aviões, água, elevadores, etc.

 

            Uma reacção fóbica ocorre de forma instantânea, automática, diante de um estímulo externo (o elemento causador da fobia). O indivíduo poderá experimentar taquicardia (coração batendo acelerado), falta de ar, transpiração excessiva (”suar frio”), dentre outros sintomas.

 

            O medo em geral não pode ser explicado pelo indivíduo, que conscientemente não entende por que o sente e talvez até o considere ilógico. Isto porque o medo está associado a experiências traumáticas passadas (ou, às vezes, a experiências traumáticas projetadas no futuro) que estão fora da consciência do indivíduo.

 

            Para compreender o aspecto aparentemente ilógico de uma fobia, imaginemos um homem forte, corajoso, um campeão de boxe por exemplo, que, todavia, se vê totalmente aniquilado quando entra num elevador. A um mero espectador, a cena seria incompreensível: como um homem tão forte pode ter medo de algo tão inofensivo?

 

            Contudo, trata-se de uma reacção intensa aprendida no passado, talvez na infância, quando o homem associou o medo ao elevador, ou por ter passado por uma experiência traumática envolvendo elevadores, ou mesmo por tê-la apenas imaginado.

 

            Note-se que as fobias muitas vezes se formam na infância porque este é um período em que há poucos recursos, poucas vivências em relação à experiência traumática. A fobia também pode ter início em outros momentos da vida, nos quais o indivíduo está temporariamente sem recursos, fragilizado, experimentando uma emoção muito forte (como por exemplo um assalto, a perda de alguém muito próximo).

 

            Da mesma forma que um determinado aroma ou uma música nos lembram uma pessoa, ou um momento de nossas vidas, uma fobia também é uma associação entre uma sensação e um estímulo.

 

            Na formação da fobia participam os processos de omissão, distorção e generalização.

 

            Omissão porque partes da experiência original (ou a experiência toda) são eliminadas da consciência.

 

            Distorção porque em geral a representação da experiência não corresponde ao que ocorreu na realidade. Por exemplo, um indivíduo com fobia de ratos pode ter um dia imaginado que muitos ratos o estavam devorando, quando na verdade um único rato apenas havia passado perto dele. Pode ainda formar imagens (geralmente inconscientes) imensas, aterrorizantes, muito coloridas e próximas de um ou mais ratos, e reviver a experiência traumática como se estivesse passando por ela novamente.

 

            A generalização acontece em virtude de que o indivíduo vai apresentar a reacção fóbica sempre que estiver diante do objecto causador da fobia, em todas as situações e ambientes.

            As reacções fóbicas em geral acontecem quando as pessoas formam imagens da situação que causou a fobia como se estivessem nelas, associadamente (ainda que não se dêem conta disso). Quando uma pessoa se recorda de um facto estando associada nele, os seus sentimentos estão contidos no próprio fato. Porém quando as pessoas vêem a si mesmas passando pela experiência, dissociadamente, como se assistissem a um filme, têm sentimentos sobre o que vêem. Neste caso, há uma certa distância entre o indivíduo e o facto.

 

            A associação e a dissociação, conforme a descrição acima, são técnicas bastante úteis utilizadas pela PNL. Convidamos o leitor a experimentá-las com suas próprias lembranças. Imagine, por exemplo, a experiência de estar andando numa montanha-russa – se já esteve numa antes – ou outra experiência pela qual já tenha passado. Passe um filme da situação de forma que possa se ver passando pela experiência.

 

            Agora, “entre” dentro do filme, associe-se, passe pela experiência como se ela estivesse acontecendo agora, e experimente a diferença. Você poderá usar estas técnicas em inúmeras situações de sua vida. A dissociação, quando se lembrar de factos desagradáveis, evitando assim passar pela situação novamente e sentir-se mal em consequência disto. A associação para recuperar sensações agradáveis.

 

            Na cura da fobia, a PNL utiliza basicamente a dissociação no processo de desfazer a associação entre o estímulo e a sensação (a resposta fóbica). Isto em geral é feito de forma simples, segura e rápida, lembrando que uma das formas através das quais aprendemos é a rapidez (a outra é a repetição).

 

            Ressaltamos que a PNL não se ocupa do conteúdo da fobia, mas da sua forma, do seu processo. Por este motivo, não se perde em intermináveis interpretações e explicações sobre o porquê de um indivíduo ser fóbico.

 

            Todavia, o indivíduo é considerado como um todo, ou seja, são verificadas outras questões que podem estar influenciando a fobia. Como exemplo, citamos os ganhos secundários, que ocorrem quando o indivíduo obtém vantagens a partir de seu problema, como atenção e afecto. Enquanto não for resolvida esta questão, ele não será curado da fobia.

 

PROF. KIBER SITHERC

 

 

 

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Novembro 29 2010

 

            Coulrofobia é o termo psiquiátrico usado para designar o medo de palhaços. A fobia é bem comum nas crianças, mas é encontrada nos adolescentes e adultos também. Os afrontados por este mal geralmente sofreram uma experiência pessoal traumática, em tempos passados, com palhaços ou viram alguma imagem sinistra que os apavorou.

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            Ao depararem-se com algum indivíduo vestido de palhaço, "os portadores dessa fobia têm ataques de pânico, perda de fôlego, arritmia cardíaca, suores e náusea". Tudo isso, só por verem alguém de peruca, maquilhagem e com enormes sapatos, é muito perturbadora, para o fóbico a figura do palhaço, um personagem que está sempre com aparência alegre e com cores bem extravagantes.

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            Um estudo recente descobriu que as crianças têm medo das decorações de hospital com base em palhaços. Nenhuma das crianças e adolescentes pesquisados afirmou gostar de palhaços.

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            Em hospitais o uso de palhaços em tratamentos de crianças já foi abolido, pois foi comprovado que as crianças se assustam muito mais do que se alegram. Esse medo pode surgir por alguma razão específica, como um trauma, ou a pessoa apenas tem medo e não sabe o porquê disso.

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            É muito comum as pessoas utilizarem medicamentos para diminuir a sua ansiedade em casos como este. Mas será que só os medicamentos são realmente eficazes? Buscamos na medicina as curas para nossas doenças, mas sentir ansiedade está longe de ser uma doença. É uma resposta natural do organismo às situações ameaçadoras. Watson mostrou há muito tempo atrás que a definição de ameaçadora é bem subjectiva: aprendemos a ter medo de diferentes estímulos a partir das nossas experiências de vida, mesmo sem sabermos explicar como aprendemos. A lista de possíveis fobias, portanto, é gigantesca - é um absurdo considerar que exista uma diferente causa biológica para cada um destes medos.

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            Vejamos a reacção de algumas pessoas que sofrem de coulrofobia

 

            “Eu tenho medo de palhaços! Há uns dias estava a passear e vi um palhaço: deixei o braço da minha mãe pisado, por o ter agarrado com tanta força! O meu coração parece que vai sair disparado do peito, de tão acelerado que fica! Poucas pessoas se apercebem que estou com medo, pois consigo disfarçar. Se estiver com alguém, posso passar "perto" do palhaço, mas tenho de dar a mão a esse alguém... Se estiver sozinha, afasto-me o mais possivel!”

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            “Tenho uma filha de 4 anos que na sua festinha de 1 ano teve palhaço, e na de 2 um elefante (personagem). A partir dos 3 começou com medo de tudo, papai noel, palhaços e ontem a levei em uma festinha que tinha um personagem dos Backyardigans, ela se descontrolou totalmente, parecia que estava sendo metralhada. Gritou tanto que toda a festa parou. Pedi para o tio tirar a cabeça para ela ver que era uma pessoa, ela implorou que ele não colocasse mais. Não sei como agir!”

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            “Morro de medo de palhaços, acho que a causa disso foi quando criança, eu ia num passeio de escola, à gravação do programa do Palhaço Bozo, mas ele não pôde comparecer justo nesse dia, então fomos passar o dia no aeroporto, entramos em aviões, conversamos com pilotos, lembro como se fosse hoje, e eu passei muito mal, quase desmaiei quando soube que não ia ver o tal Bozo, Isso já tem mais de 20 anos e até hoje morro de medo de palhaços. É uma situação terrível, só de vê-los começo a tremer.

            Uma vez minhas amigas Daniele e Cátia se vestiram de palhaçinhas e logo eu comecei a chorar quando estavam vestidas e logo descobri que tinha medo por causa de que tem o rosto pintado. Vi em um site que é de 4 a 6 anos (quando se tem medo de palhaços) e eu tinha 9. Isso é normal para a minha idade?”

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            Quando eu tinha 4 ou 5 anos, apareceu-nos à porta da minha tia dois rapazes mascarados, que tentavam provocar medo a mim e à minha prima, nós os dois andávamos de roda da minha tia, amedrontados e chorando, enquanto ela se ria, depois fugimos para dentro e escondemo-nos debaixo da cama, até que tivemos a certeza que se tinham ido embora. Para mim foi só um acontecimento casual.

            O que me provocou medo, foi por eles terem a cara tapada.

            Talvez os coulrofóbicos, vejam o palhaço como não humano, figura macabra, fantasmagórica em que a cara é dissimulada e transfigurada.

 

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Novembro 24 2010

 

            A Hidrofobia é um transtorno psicológico, caracterizado pelo medo excessivo ou irracional da água. Este tipo de fobia específica leva os indivíduos hidrofóbicos a evitarem qualquer passeio em via navegável (mar, rio, lago) como também evitam banharem-se em piscinas, represas, cachoeiras, lagos, rios e mares, com medo de se afogarem. Mesmo quando a água não representa uma ameaça (como visualizar uma piscina), sensações de pânico, terror, ansiedade, taquicardia, sudorese, náuseas, hiperventilação (respiração rápida e profunda), tremores, ocorrem nos indivíduos hidrofóbicos, que podem inclusive desmaiar. Algumas vítimas de hidrofobia podem ainda evitar entrar em uma simples banheira de hidromassagem ou até mesmo evitar os duches (chuveiros), em casos mais extremos.

 

            As causas da hidrofobia podem estar relacionadas com algum evento traumático que o indivíduo sofreu na sua vida, como presenciar alguém se afogando, e conseqüentemente, por isso, desenvolveu um medo da água. Esse medo pode ainda ser piorado quando a pessoa assiste a filmes, lê livros ou notícias de casos de afogamento. Além disto, pode ser ocasionada devido a factores genéticos, onde o indivíduo possui uma predisposição maior para desenvolver este tipo de transtorno.

 

            Este medo impede os hidrofóbicos de fazerem algumas actividades de lazer com a família, como fazer viagens pelo litoral para aproveitarem as praias, ir a clubes, fazer piquenique nas proximidades de um lago, enfim, eles não se sentem felizes em presenciar qualquer situação em que a água esteja envolvida, por mais que lhe digam que não há perigo algum. Por isso, é muito importante o tratamento da fobia.

 

            De acordo com o Dr. Geraldo Possendoro, o cérebro humano é reprogramável, aberto a experiências externas, o que torna possível a superação da fobia. No entanto, essa reprogramação deve ser feita com o consentimento da pessoa, de forma segura e tranquila, para que não seja uma – ou mais uma – experiência traumática. Um dos métodos mais utilizados no tratamento de medos e fobias é o processo de dessensibilização sistemática, criado na década de 1950 pelo psiquiatra sul-africano Joseph Wolpe.

 

            Basicamente, o processo prevê a exposição da pessoa ao objecto desencadeante da fobia de forma lenta e gradual. “Em primeiro momento, o indivíduo evita, mas, depois, a prática torna-se acessível e ele passa a controlar a situação”, sustenta Possendoro, que em três meses conseguiu vencer o seu medo por meio desse método.

 

            Em muitos casos, diz o psicoterapeuta, a fobia, quando branda, pode ser curada espontaneamente por meio da dessensibilização. Entretanto, ele ressalta que, em casos mais graves, o tratamento adequado deve ser feito por um psicólogo, ou até mesmo por um psiquiatra, e complementado pelo trabalho desenvolvido na piscina por um instrutor de natação especializado. “Em hipótese alguma se deve tentar dessensibilizar uma pessoa atirando-a para a água à força”, alerta, explicando tratar-se de um método totalmente primitivo e perigoso, pois só fortalecerá a fobia, além de colocar a vida da pessoa em risco. “Essa atitude só demonstra a falta de compreensão das pessoas do que é a fobia”, complementa.

 

            A adaptação da pessoa fóbica na água deve acontecer sem nenhuma imposição, e da forma mais natural possível, pois só assim há condições do medo ou fobia ser superado. “No começo, a pessoa só tomará um banho de piscina. Às vezes fica só com os pés na água, sem nenhuma imposição”, conta o professor Lula Feijó, explicando que esse trabalho é feito normalmente em piscina rasa e água aquecida para tornar o meio líquido o mais confortável e acolhedor possível. “A água aquecida relaxa e deixa a pessoa mais calma”, argumenta.

 

            Para ele, a maior dificuldade na superação do medo em relação à água está na submersão da cabeça, que é o centro nervoso do corpo. O primeiro passo, após ambientação inicial, é aprender a controlar a respiração e a lidar com pressão para não permitir a entrada da água nos orifícios da cabeça. O segundo  passo é aprender a boiar. “Controle da respiração e flutuação são a essência da natação. Depois vem a propulsão – deslocamento. Aí a pessoa já parte para a aula de natação propriamente dita”, afirma.

 

            Mas para vencer o medo, a pessoa precisa tornar-se auto-suficiente e aprender a sobreviver na água, quando não houver possibilidade de ficar em pé ou segurar-se em algum lugar. Essa auto-suficiência, segundo Feijó, pode ser conquistada dominando três aspectos. O primeiro é a flutuação, de frente e de costas. “A flutuação de costas é a única forma de descanso na água, pois a pessoa consegue boiar e manter o nariz e a boca fora da água”, ressalta.

 

            O nado de sustentação na vertical é o segundo e consiste no palmeado lateral com as mãos, aliado ao movimento de pernas estendidas, mantendo a cabeça fora da água.

 

            E o terceiro aspecto é o popular nado à cachorro, que possibilita um deslocamento seguro, sem a necessidade de afundar a cabeça na água. No entanto, Feijó explica que o método não tem por objectivo fazer com que o medo desapareça por completo. “Apenas é baixado o nível de prudência, pois o medo é um balizador das acções da pessoa”, justifica.

 

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Novembro 15 2010

 

            Tanatofobia, é a fobia do medo da morte.

 

            Na mitologia grega, Tanato (do grego θάνατος , Thánatos, "morte"), também referido como Tanatos, era a personificação da morte, enquanto Hades reinava sobre os mortos no mundo inferior. Assim como Hades para os gregos, tem uma versão romana (Plutão), Tanatos também tem a sua: Orco (Orcus em latim) ou ainda Morte (Mors). Era conhecido por ter o coração de ferro e as entranhas de bronze.

 

            Diz-se que Tanato nasceu em 21 de Agosto, sendo a sua data de anos o dia favorito para tirar vidas.

 

            Tanato era filho de Nix, a noite, e Érebo, a noite eterna do Hades. Era irmão gémeo de Hipnos, o deus do sono e era representado como uma nuvem prateada ou um homem de olhos e cabelos prateados. Tanato tem um pequeno papel na mitologia, sendo eclipsado por Hades. Tanatos habitaria os Campos Elísios junto com seu irmão.

 

            Três Medos - segundo o filósofo Jacques Choron existem três tipos de medo da morte: medo do que vem depois da morte (ligado as religiões, castigos, solidões, sentimento de culpa, etc.), medo do evento ou do processo de morrer (sofrimento prolongado, fraqueza, dependência, estar exposto e vulnerável, etc.) e medo do "deixar de ser" (é o mais terrível, é conflito entre o nada versus a continuidade após a morte, o não ser).

 

            O medo é um sentimento natural e necessário para que sejamos prudentes frente a perigos que possam prejudicar a nossa vida. Como menciona Joanna de Angelis em várias de suas obras, o medo da morte resulta do instinto de conservação que trabalha a favor da manutenção da existência.

 

            O medo, no entanto, é normal quando é moderado. Quando excessivo, torna-se patológico, passa a prejudicar a nossa vida fazendo com que vivamos mais com medo do que com tranquilidade.

 

            Joanna de Ângelis aponta que existem pessoas que têm tanto medo do instante da morte, que se matam para não esperá-la. Ou às vezes o medo da morte é de tal grau que a pessoa passa a temer o envelhecimento, recorrendo a todas as formas de tratamentos para manter uma aparência jovem, tentando mostrar aos outros e a ela mesma algo que ela não é.

 

            Por mais que o medo seja natural, o medo que temos das coisas, não nasce connosco. O medo é aprendido através das experiências que nos trazem alguma consequência nociva ou do juízo que fazemos daquilo que nos é desconhecido.

 

            Sendo que aprendemos o medo, podemos desaprendê-lo. Desaprendemos incorporando novas ideias, nos esclarecendo a cerca do objecto do nosso medo.     

 

            “Quem venceu o medo da morte venceu todos os outros medos". (Mahatma Gandhi)

 

            Todas as pessoas tem medo da morte, mas o importante é conseguir viver sem que isso se transforme numa limitação. Pense na vida e no momento presente. Pense no seu bebé e confie em si própria como pessoa capaz e responsável e verá que vai se sentir melhor.

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            Podemos brincar com a morte e dizer que ela é «deixar de pecar repentinamente», ou que «o medo da morte é o mais injustificado de todos os medos, porque não há qualquer risco de acidente para quem está morto» (Einstein).

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            Segundo o filósofo Bertrand Russell o medo da morte só se justifica na juventude. Ora vejamos:

 

            “Algumas pessoas idosas vivem obcecadas com o medo da morte. Este sentimento só se justifica na juventude. Os jovens que receiam, com razão, morrer na guerra, podem legitimamente sentir a amargura do pensamento de terem sido defraudados do melhor que a vida lhes podia oferecer. Mas num velho que conheceu já as alegrias e dores humanas e que cumpriu a sua missão, qualquer que fosse, o receio da morte é algo de abjecto e ignóbil. O melhor meio de o vencer - pelo menos quanto a mim - é aumentar gradualmente as nossas preocupações, torná-las cada vez mais impessoais, até ao momento em que, a pouco e pouco, os limites da nossa personalidade recuem e a nossa vida mergulhe mais ainda na vida universal.

            Pode-se comparar a existência de um indivíduo a um rio - pequeno a princípio, estreitamente encerrado entre duas margens, arremetendo, com entusiasmo, primeiro os seixos e depois as cataratas. A pouco e pouco, o rio alarga-se, as suas margens afastam-se, a água corre mais calmamente e, por fim, sem nenhuma mudança brusca, desagua no oceano e perde sem sofrimento a sua existência individual.

            O homem que na velhice pode ver a sua vida desta maneira, não receará a morte, pois as coisas que o interessavam continuam. E se, com o declínio da vitalidade, a fadiga aumenta, o pensamento do que subsiste não será desagradável. O homem inteligente deve desejar morrer enquanto trabalha ainda, sabendo que os outros continuarão a sua missão interrompida, e contente por pensar ter feito o que lhe era possível fazer”.

            Bertrand Russell, in 'A Última Oportunidade do Homem'

 

            Segundo o mentalista, Osho, o medo da morte, a tanatofobia, é o resultado de uma vida não-vivida:

 

            “A vida, se vivida do modo certo, se vivida de facto, nunca tem medo da morte. Se você viveu a sua vida, dará as boas-vindas à morte. Ela chegará como um repouso, como um grande sono.

            Se você chegou ao ápice, ao clímax, na sua vida, então a morte é um belo descanso, uma bênção.

            Mas, se você não viveu, então é claro que a morte causa medo. Se você não viveu, então a morte certamente vai tirar de você o tempo, todas as oportunidades futuras de viver. No passado, você não viveu e não haverá mais nenhum futuro; surge o medo.

            O medo surge não por causa da morte, mas por causa da vida não-vivida. E, por causa do medo da morte, a velhice também causa medo, pois esse é o primeiro passo para a morte.

            Do contrário, a velhice também é bela. Ela é o amadurecimento do seu ser, é maturidade, crescimento”.

            Osho, em "O Livro do Viver e do Morrer: Celebre a Vida e Também a Morte"

 

PROF. KIBER SITHERC

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Só temos uma vida, por isso, teremos que vivê-la intensamente de uma maneira agradável e positiva. Faça tudo o que estiver ao seu alcance, antes que seja demasiado tarde! Pensamento Positivo! kiber-sitherc@sapo.pt
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