Método Kiber

Março 30 2014

 

            Certa vez, num cemitério em Hong Kong, um inglês punha as flores numa jarra na sepultura dum familiar; reparou ali ao lado num chinês, que punha uma tigela de arroz numa sepultura, o inglês perguntou-lhe: “Quando é que o teu morto vem comer o arroz?”; o chinês nem pestanejou, respondeu imediatamente: “Será quanto o teu morto cheirar as flores!”           
Assim é o homem de um só livro: inquisidor, duro, inflexível e intransigente em suas opiniões. Ele não aceita outros conceitos, nem tão pouco ele conhece outra regra ou doutrina. Por isso, os antigos liberais romanos diziam: “Temo o homem de um só livro”.  
           Acreditar que tudo terá que ser branco ou preto, é um conceito radical e uma ideia fundamentalista; aceitar os extremos do Bem e do Mal de uma maneira absoluta é tonar-se maniqueísta, em que tudo é dual, faltando o meio-termo. 
Na verdade, nem tudo é branco ou preto, há outros matizes, outras cores, ou seja há outras ideias e opiniões. Com o tempo, através da experiência, poderemos sair dos extremos do branco e do preto e atingir a zona cinzenta, em que os extremos se tocam onde o branco e o preto se consolidam em compreensão e concordância.
 As ideias preconcebidas e rígidas são como muralhas; a imobilidade de uma fortaleza torna-se pior que uma prisão.
            Não devemos tentar mudar os outros, mas sim compreende-los. Os obstáculos e os conflitos nas relações humanas surgem por vários motivos: primeiro porque julgamos que as outras pessoas “vêem e entendem o mundo” como nós o vemos, por isso não conseguimos compreender as suas atitudes; segundo porque julgamos que essas pessoas “deveriam de ver o mundo” como nós o vemos, por isso pensamos que captamos a verdade como ela é realmente.
            Ao compreendermos que cada pessoa vê o mundo à sua maneira, que a verdade é subjectiva, então seremos mais tolerantes e compreensivos.   
            A nossa compreensão do mundo que nos rodeia depende dos nossos cinco sentidos: visão, audição, tacto, gosto e olfacto; como um filtro eles absorvem estímulos que nos influenciam a nossa capacidade de decidir e a nossa percepção do mundo. Nem todos somos sensíveis aos mesmos estímulos, depende das neuro-associações que fazemos, e depende também do nosso “principal sistema representativo” se predomina mais o sistema visual, auditivo ou cinestésico; não poderemos ver as coisas como são, apenas as vemos como somos.  
            Por isso, quando nos relacionamos com alguém e não procuramos mudar as suas opiniões e convicções, as muralhas desvanecem-se, as defesas caem e os corações abrem-se; porquê uma fortaleza se deixará de haver resistência? Porquê muralhas para defesa se não há quem as ataque?   
            A variedade de culturas, de povos, de religiões e de línguas, fazem do nosso planeta um mosaico único e rico de conhecimentos, em que todos podem aprender uns com os outros, mas respeitando as suas crenças, ideias e ideologias. Seria monótono, se todos pensassem da mesma maneira, se vestissem as mesmas roupas e usassem as mesmas cores. Como seria enfadonho se todos os jardins tivessem as mesmas árvores e sempre as mesmas flores! A diversidade é a oferta para a nossa escolha.
            Aceite a diferença: nem todas as pessoas vêem o mesmo panorama da mesma janela; nem interpretam de igual modo o mesmo poema; nem sentem ou ouvem a música do mesmo modo. Cada um de nós é um ser único, isso caracteriza a nossa personalidade e o respeito pelos outros.
 
PROF. KIBER SITHERC
 

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Outubro 03 2010

 

 

            Paulo de Tarso, indo para Damasco, levou consigo cartas do sumo-sacerdote para prender os discípulos de Cristo, no caminho de Damasco teve uma visão, que lhe mudou toda a sua vida, pois ai se arrependeu e se converteu.

            O caminho para Damasco ficou como sendo a expressão que simboliza o caminho para o arrependimento, da contrição e da conversão.

            Também simboliza a expressão de Jesus: “nascer de novo”. Tornar-se uma pessoa diferente, isto é, mudar de pensamento, de carácter, de hábitos e de destino.

 

            A diferença entre Che Guevara e Gandhi é que o primeiro, propôs uma revolução externa na violência, o segundo, uma revolução interior baseada na não-violência.

            É claro que, de acordo com os princípios básicos do actual modelo de civilização, são necessárias algumas condições mínimas de conforto, para que seja possível o aparecimento do bem-estar, mas ainda é mais claro que a partir daí as suas determinantes essenciais correspondem mais ao universo interior do que ao contexto ambiental.

 

            As estruturas externas enquadram o homem, mas não determinam. É mais fácil que as pessoas influam em si próprias para melhorar a realidade do que pretender que a realidade as melhore a elas. Um determinado sistema de organização social baseado em princípios de liberdade, igualdade e fraternidade, como propunha a Revolução Francesa, pode propiciar um certo índice de bem-estar, mas nunca a felicidade.

 

            Todas as grandes revoluções que aconteceram, foram importantes ao longo da História mas todas falharam quanto ao preenchimento da felicidade, apesar do conforto material que muitas delas proporcionaram. 

 

            Historicamente todos os acontecimentos revolucionários que se produziram tinham um destinatário exterior. Eram dirigidos aos “outros”: à nobreza, aos burgueses, aos capitalistas, aos conservadores ou, simplesmente, aqueles que, segundo a ideia do revolucionário da altura, podiam opor-se aos seus desejos ou frustrar os seus projectos.

            Já conhecemos os resultados a que conduziu este modo de exteriorizar a revolução. Milhões e milhões de mortos em nome de louváveis ideais de igualdade.

 

            Os sistemas não mudam as pessoas; são as pessoas que podem mudar os sistemas. A revolução interior é uma revolução que não é contra ninguém, nem tenta mudar ninguém, excepto nós próprios.  Pretender mudar o próximo é um projecto tão inviolável quanto é executável gerar a nossa própria mudança. Freud afirmava: “Ninguém pode entender senão o que está dentro de nós”.

 

            Os revolucionários clássicos pretendiam transformar o mundo e esse objectivo parecia-lhes tão importante que os levou a violentar a vontade e a vida das pessoas que se opuseram nos seus propósitos. “O caminho para Damasco”, ou seja a revolução interior propõe exactamente o contrário: respeitar a vida e as ideias alheias e limitar os confrontos aos que cada um possa ter com as suas contradições internas específicas.

            O caminho para Damasco, é o caminho para a felicidade, o caminho da mudança, da revolução interior. É preciso desejar transformar-se. A mudança é a essência da vida. As pessoas crescem em estatura e, enquanto crescem, mudam.

 

            Normalmente queremos que as outras pessoas mudem, e esquecemo-nos que a mudança começa por nós. É chegada a altura de pegar na sua lista de coisas que estão erradas consigo e mudá-las em afirmações positivas.

            Tome a decisão de estar disposto a mudar, as mudanças são necessárias. Para a psicologia, não há um destino que torne a pessoa imutável. O “Eu sou assim” é uma resposta aprendida na infância dos comentários feitos pelos pais, familiares ou educadores. Todas as pessoas nascem com a possibilidade de mudar, aprender e desenvolver-se.

 

Publicado em Outubro de 2010, na Revista Boa Estrela pelo

 PROF. KIBER SITHERC

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 00:49

Janeiro 22 2010

 

            O ser humano, depara-se perante três escolhas: lutar, adaptar-se ou desistir. Adaptar-se é o meio-termo e é o caminho que nos leva à mente tranquila.
Muitos ao lutarem em vez de heróis tornaram-se uns mártires, e foram esquecidos. Não é a melhor via para se escolher.
            Camilo ao cegar, não se adaptou e recorreu ao suicídio, escolheu a desistência. John Milton, ao cegar escreveu as suas melhores obras. Beethoven, quando perdeu a audição, escreveu a sua imortal nona sinfonia.      
Uma cliente me consultou, já foi há muitos anos, encontrava-se confusa devido a dois amores, gostava dos dois homens e tinha dificuldade na escolha. Ambos tinham os predicados que ele admirava, por isso a escolha era difícil. Então eu sugeri por brincadeira: escolha o que tem mais dinheiro. Respondeu ela ingenuamente: “Acha que eu devo tirar partido da situação”? Então surgiu a luz e eu respondi: “Porque não?”
Foi uma das maiores lições que eu aprendi na minha vida. Se a vida tira partido de nós porque não devemos tirar partido da situação?! Nos períodos mais difíceis da minha vida, sempre me ocorreu essa expressão.
Ao contrário dessa senhora, um paciente que me consultou, fazia de regra de fé e prática do seguinte refrão: “Quando a esmola é muita o pobre desconfia”. Ao longo da vida, deu-se conta de muitas oportunidades que lhe tinham escapado, a sua desconfiança baseava-se nesse provérbio que ouvia muitas vezes o seu pai meditar. A sua lista de oportunidades perdidas eram infindáveis, desde relacionamentos que lhe poderiam ser bem sucedidos, às propostas de sociedades de negócios, passando até por recusar a taluda mais que uma vez. A sorte batia-lhe à porta mas ele recusava-se, com medo de abri-la.
Porque não devemos de aproveitar o que de bom grado nos aparece. Paulo de Tarso escreveu: “Não seja blasfemado o vosso bem”.
Tire o máximo proveito dos dons que a natureza lhe deu. Se a macieira dá maçãs, e a pereira dá pêras, aproveite as dádivas pelas quais a natureza lhe concedeu. Tire partido da situação dos dons que tem. Se sabe cantar, cante; se sabe tocar, toque; se sabe falar, fale; se sabe curar, cure. Os nossos dons não se devem ocultar, como disse o Mestre: “Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão em casa. Assim resplandeça a vossa luz”.
Tire partido das suas dificuldades, não julgue que só uma vida agradável, confortável e segura seja unicamente o caminho para o sucesso. A experiência da vida é a nossa grande mestra. As árvores vigorosas não são criadas em calmaria, os fortes vendavais da vida nos podem proporcionar um carácter vigoroso e de sucesso. Lembre-se que a tartaruga só progride quando estica o pescoço. 
Tire partido das suas perdas e aprenda com os seus erros. Orgulhe-se da sua experiência. Faça disso seu estandarte de vitória. 
 Tire partido do tempo, se estiver de sol aproveite para ir à praia ou ao campo, mas se estiver de chuva, e não lhe apetece sair, poderá aproveitar o dia, para ler um bom livro ou ver um filme.
Tire partido dos seus recursos, não importa se são poucos todos poderão ser muitos. Tirar partido da situação é aproveitar o momento presente ao aplicar o que temos à nossa disposição, fazendo disso algo útil. Lembre-se, quando as circunstâncias da vida nos proporcionar apenas um limão, apesar de muito amargo, podemos fazer uma óptima limonada.
 
PROF. KIBER SITHERC
 
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publicado por professorkibersitherc às 19:58

Janeiro 22 2010

 

            Sócrates com toda a humildade e abnegação, tomou a taça de cicuta e expirou. Maria Stuart, vestiu-se com todo o seu esplendor e caminhou sem hesitar para o cepo, e nas mãos do carrasco de Londres foi decapitada. Jesus levando a sua cruz pela estrada da amargura chegou ao calvário para se crucificar. Porque será que ao longo da história, tantos aceitaram o caminho do cadafalso?! Porque aceitaram o inevitável. Quando se aceita o que não podemos mudar já não há resistência nem pressão. Temos que aceitar aquilo que não podemos controlar nem tão pouco mudar.
            Conheci uma senhora que nunca aceitou a morte da filha, o quarto continuava arrumado com se a filha estivesse viva, quando punha a mesa reservava-lhe sempre um prato com o seu talher, na esperança que ela voltasse.    
            O pensamento positivo não é de viver na ilusão, mas sim de aceitar a situação presente apesar de ser dolorosa. Há coisas que temos que aceitar. Quando chove o que temos que fazer é deixar chover.
            Alego que devemos de aceitar o que não pode ser alterado. Trata-se da psicologia da aceitação do inevitável. É uma questão de aceitarmos as coisas tal como se nos apresentam, dado que não pode ser de outra maneira. Há tantas circunstâncias e acontecimentos na vida que nem podem ser compreendidas nem mudadas. Porque, é só através da aceitação que podemos transcender as dificuldades inevitáveis e as tragédias que de outra maneira nos afundariam. Sejamos realistas, devemos submeter-nos à aceitação daquilo que não pode ser mudado, porque essa é a única via para se encontrar paz de espírito num mundo em perfeita convulsão.     
Aceite a realidade se foi rejeitado numa entrevista de um emprego, ou se foi abandonado pela pessoa amada, ou se tragicamente perdeu um ente querido. Aprenda a ser invulnerável, porque tudo é possível que aconteça, a vida não é só composta de coisas boas, as más também fazem parte da vida. 
            Estarei a advogar que devemos curvar-nos a todas as calamidades que nos atormentam? Não. Isso seria mesmo fatalismo. Enquanto existir uma oportunidade de salvaguarda numa determinada situação, devemos agir! Mas quando o bom senso nos disser que estamos a erguer-nos contra o inevitável – e não pode ser de outro modo – então, para salvaguardarmos a paz de espírito, aceitamos a realidade seja ela qual for, assim obtemos a mente tranquila.
            Quando cooperamos com o inevitável, vivemos existências singulares livres de preocupações. Se não tivermos agido dessa maneira, a tensão leva-nos à destruição.
            Quando deixamos de lutar contra o inevitável, libertamos energia que nos permite criar uma vida mais rica. Nenhuma pessoa possui a emoção e vigor suficientes para lutar contra o inevitável e, ao mesmo tempo, conservar a energia necessária para criar uma vida nova. Escolha uma das duas coisas: curvar-se ante as inevitáveis tempestades da existência - ou lutar contra elas, destruindo-se
Aceitar a realidade implica três grandes passos:
1) - Admitir que a situação existe e que todas as condições estão reunidas para que ela exista;
2) - Admitir que a situação existente vai contra os seus desejos e que isso o desagrada bastante;
3)      - Reflectir se poderá mudar a situação. Se for possível altere a situação: indo do pior para o melhor. 
 
PROF. KIBER SITHERC
 
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publicado por professorkibersitherc às 19:39

Janeiro 22 2010

 

           O que é provável é incerto, poderá jamais vir a acontecer. Muitas pessoas vivem aterrorizadas apenas pela possibilidade de alguma coisa vir a ocorrer. Na verdade o grande temor dos antigos gauleses era se a abóbada celeste lhes caísse em cima.  
            Na verdade seria mais fácil cair um meteorito em cima das nossas cabeças. Dos milhares meteoritos que caem do espaço durante o ano, apenas uma pequeníssima percentagem caem no nosso planeta. A possibilidade de nos atingir também ainda é mais reduzida. Apesar de eles continuarem a cair e de já terem feito na Terra grandes crateras, e de alguns peritos acharem que eles extinguiram os dinossauros, parece que ninguém se preocupa com eles. Pelo menos ainda não conhecemos a fobia chamada meteofobia. É bem provável que a nossa civilização seja extinta com a queda de um ou vários meteoritos ao mesmo tempo de proporções colossais. Mas não nos devemos preocupar-nos com isso porque tudo isso são hipóteses.  
            Quase todos os dias ouvimos notícias de pessoas atropeladas, roubadas, violadas, assassinadas, mas se tivermos cuidado e se formos prudentes a probabilidade de nos acontecer essa ocorrência poderá ser mínima. 
            Em dias de trovoada, será que a probabilidade de nos cair um raio é grande? Será que devemos temer tanto e orar pela santa Bárbara e por todos os santos do Céu? Na realidade, não é muito vulgar ouvirmos notícias de pessoas que sejam atingidas pelos raios, por isso a probabilidade de sermos atingidos é muito reduzida. As probabilidades de se morrer fulminado por um raio são, durante um ano, conforme a estatística, uma em um milhão.
            Muitas pessoas entram em pânico só de pensarem que terão que viajar de avião, amedrontam-se quanto aos noticiários dos aviões que se despenham ou que têm acidentes. Assim mais se confirmam no seu receio, mas na verdade milhões de pessoas viajam diariamente, e nem todos os dias cai um avião, segundo as estatísticas o avião ainda é o meio de transporte mais seguro do mundo.            
            As companhias de seguros, ganham milhões de euros, com a preocupação de coisas que raramente acontecem. As seguradoras apostam com as pessoas em como as catástrofes que as preocupam jamais acontecerão. Na verdade, não chamam a isso apostas; mas sim seguros. Mas a verdade é que não passa de uma aposta, baseada na lei das probabilidades. No entanto, os seguros fazem-se de coisas incríveis: desde grandes navios até pormenores do corpo como coxas e seios femininos. Tudo é assegurado, por vezes contra calamidades e derrotas que, segundo a lei das probabilidades, não acontecem com a frequência que se imagina.
            Segundo a lei das probabilidades todos estamos condenados à morte, tanto os jovens como os idosos, e na verdade a maioria faz uma vida normal, como se durassem toda a vida. Na verdade a probabilidade de um idoso morrer é muito maior que uma criança ou um jovem, o idoso poderá cessar de existir dentro de um ano ou uma década! No entanto ele poderá sentir-se feliz e realizável. Como poderá ser isso? Temos o segredo: viver um dia de cada vez, o mais positivo possível.
            Com a lei das probabilidades podemos ajudar-nos a manter a mente tranquila. Será que acontece isso frequentemente? É provável que aconteça? Será que acontece mesmo? Segundo as probabilidades podemos analisar todos os factos racionalmente.
            As más notícias, espalham-se rapidamente, porém as boas, demoram, e às vezes lamentavelmente não chegam a ser reveladas. Se desenvolver a sua auto-estima e confiança, sentirá que nada o poderá afectar. 
 
PROF. KIBER SITHERC
 
 

 

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Janeiro 19 2010

 

            “Eu, porém, vos digo que, de maneira nenhuma jureis: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o escabelo dos seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; porque, o que se passa disto é de procedência maligna” (Mateus 5:34-37).
            Essas palavras proferidas pelo Mestre no Sermão da Montanha, têm uma sabedoria extraordinária, pois não foi em vão que o sábio Mahatma Gandhi disse que todos os livros se perdessem e esse sermão fosse recuperado nem tudo ficaria perdido.
            Costuma-se dizer: “Quem mais jura; mais mente”. Se habituar-nos a falar verdade não necessitaremos de jurar, porque isso de maneira nenhuma invalida o nosso argumento.
            Quando compramos alguma coisa de “marca”, pretendemos obter algo autêntico, o produto de “marca” nos dá a garantia do verdadeiro; que não estamos a comprar: Gato por lebre. A autenticidade, é tão importante, que por vezes a imitação perfeita, ou semelhante perde todo o seu significado, em favor do autêntico: quer do vestuário, ou de uma obra de arte ou de um simples utensílio doméstico ou alimento.
            Incongruência é a contradição de si mesmo, dizendo uma coisa e fazendo outra. Essas pessoas costumam usar a seguinte expressão: “Faz o que eu te digo; mas não faças o que eu faço”. Ora tudo isso revela fraqueza de carácter, porque há a dificuldade de assumir as ideias defendidas e consideradas válidas.
            Os antigos Gregos, usavam como princípio: “Conhece-te a ti próprio”. A maior dificuldade do ser humano está aí, em reconhecer-se como tal, para poder-se modificar e melhorar o seu carácter e personalidade.
            Não tenha medo de dizer: “Não”. Não tente agradar, engolindo sapos e dissabores, mantenha a sua personalidade, não faça aquilo que não é do seu agrado. Diga não, quando não quer; quando não lhe apetece; quando não gosta; quando quer estar simplesmente só.        
            Há quem tenha dificuldade em dizer “não”, dizem “sim” quando de facto pretendem dizer “não”, dessa maneira invalidam a sua auto-estima, ficam deprimidas e ressentidas por não agirem de acordo com a sua vontade.
            Diga um “não” convincente, “não vou”, “não quero”, não é necessário dar uma explicação da sua atitude, não deixe margem para discussão, não use expressões como: “não vou por que não posso demorar-me”. se disser o que sente e explicar o motivo, haverá espaço para ser persuadido e manipulado, e poderá ser convencido a dizer o “sim” contra a sua vontade.
            Seja honesto consigo próprio, não tenha medo de dizer o que pensa, seja sincero e aja de acordo com as suas convicções e realidades, não seja incongruente. A sinceridade deverá estar acima de tudo. Se estivermos condicionados a uma mentira, a nossa auto-estima estará em baixo. Seja autêntico na sua sinceridade e honestidade, e verá a sua auto-estima elevar-se.
            Seja sempre verdadeiro com os seus elogios, críticas e opiniões. Não dê as conhecidas “punhaladas nas costas” dos amigos, não tenha medo de enfrentar o “lobo”, não fuja, porque para onde for o “lobo” uivará dentro de si.   
            A assertividade está na sua afirmação, de saber o que deseja e agir de acordo com essa situação congruente. Aprenda com os seus erros, e com toda a honestidade, tenha a coragem em reconhecer o seu erro. 
 
PROF. KIBER SITHERC
 
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Janeiro 11 2010

 
            Segundo a mitologia grega e romana, no princípio havia o caos, as religiões também estão de acordo; no princípio havia a confusão de todos os elementos. A divindade arrumou os elementos, pôs as coisas no seu devido lugar, tudo ficou no espaço certo, então surgiu a primeira lei no Universo: A ordem celestial.
            Paulo de Tarso lembrou-se desse princípio quando advertiu a igreja de Corinto: “Deus não é Deus de confusão”, “Faça-se tudo decentemente e com ordem”.
            Uma mente desordenada exterioriza-se na sua desordem: cozinha suja, loiça por lavar; quarto desarrumado, cama por fazer. É comum todo o desleixo ser abafado nos sítios que não são visíveis: nas gavetas, nos armários, no sótão, no guarda fato, debaixo das camas etc. Todo o trabalho doméstico de grande fôlego é adiado para amanhã, para o dia seguinte, para depois...
             A tristeza e a depressão poderão desmotivar, porque nesse estado mental, pensa-se que tudo o que se faz é muito difícil e de grande esforço. Adicione ao seu cérebro o desejo da ordem e da eficácia. 
            Comece por criar estímulos para vencer a estagnação. Imagine a casa arrumada, limpa e tudo em ordem. Não pense na dificuldade, nem diga: “Não me apetece fazer nada”, “Não consigo por ordem nesta casa”, “Sou sempre eu que tenho que fazer tudo”. Esses pensamentos e palavras, ainda mais favorecem e condicionam esse velho paradigma, e é natural que tudo continue na mesma.
            Distribui-a as tarefas domésticas por todos. Comece a executar todas as tarefas que tem adiado: o quadro que falta pendurar, o pequeno buraco na parede, a torneira que pinga, o armário que não fecha, o vidro partido que terá que ser mudado, a parede que precisa de ser pintada. 
            Terá que por ordem na sua vida: deite-se cedo e levante-se cedo, tome as refeições cedo. Não adie as tarefas domésticas, se as deixar para o dia seguinte ficarão sempre adiadas para o próximo dia.
            Lembre-se que para ser tornar metódico terá que praticar, deverá agir como se fosse eficiente. Faça uma lista de tudo aquilo que fará no dia seguinte ou nos próximos dias, procure cumprir, ao princípio poderá achar árduo, com a frequência será um hábito e fará isso automaticamente, tão fácil como conduzir o automóvel ou respirar.
            Quando for às compras, faça uma lista de tudo o que precisa comprar; dessa maneira evitará esquecimentos e preocupações. A ideia de tentar não se esquecer, de fazer do cérebro um armazém de recados e de entulho poeirento, não é prático e não leva a lado nenhum. O cérebro é para pensar, se ele não estiver sob pressão não há bloqueio mental e as ideias surgem automaticamente. Por isso poupe o cérebro com ninharias, escreva tudo o que tem a fazer ou a planear e procure agir positivamente, dessa maneira ficará livre de preocupações.
 No trabalho também se exterioriza-se a desordem mental, encontra-se a secretária amontoada de papéis; cartas por escrever, apontamentos com recados que se tem adiado, gavetas amontoadas de papéis, admoestações e objectos esquecidos.  
             Ponha ordem no trabalho. Retire da sua mesa de trabalho todos os papéis, deixe apenas o que se relaciona com o problema que tem a tratar. Tenha-a sempre limpa e arrumada, dessa maneira o seu trabalho será mais eficiente.
            Não adie os assuntos a tratar. Resolva-os imediatamente. Não faça tudo ao mesmo tempo, resolva cada assunto de acordo com a sua importância. Dessa maneira livra-se de preocupações e de stress.  

 

PROF. KIBER SITHERC

 

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Dezembro 22 2009

Magical And Mystical

 

            Uma jovem, achou na rua uma carteira ao abri-la, verificou os documentos, e descobriu a morada do possuidor do achado, como era honesta resolveu lá ir entregá-la. As pessoas da casa agradeceram, e ela ficou satisfeita por ter feito uma boa acção, mas quando fecharam a porta ela ouviu os comentários: “Se houvesse mais dinheiro ela não nos entregaria a carteira!”
            A rapariga quando me encontrou soluçava, contou-me o que lhe tinha acontecido e nas suas lamentações confessou: que precisava tanto de dinheiro, que por ser honesta resolveu entregar a carteira ao dono, e que ainda por cima ouviu semelhante crítica. Ela repetia: “Como há pessoas ingratas, como é possível haver tanta maldade?!... “
            Lembro-me de uma cliente que me consultava todos os anos, que me repetia a mesma lengalenga da ingratidão da sua irmã, que tanto a prejudicou e à mãe, ambas já tinham morrido à muito tempo, mas ela continuava com a mesma ladainha, como se tudo aquilo tivesse acontecido naquele momento, como ambas ainda fossem vivas.   
            Muitas pessoas, vivem ressentidas pela ingratidão, lamentam-se de tudo aquilo que receberam em troca: o que fizeram pelos amigos; o que fizeram pelos irmãos; o que fizeram pelos pais... pelos filhos e que só receberam mau pago, injustiças e calúnias.
            Lembrai-vos que o Mestre curou num dia, dez leprosos, e sabe quantos lhe agradeceram? Apenas um, que se prostrou a seus pés em agradecimento. “Não foram dez os limpos? E onde estão os nove?” Perguntou o Mestre aos discípulos. Ora, se até o próprio Cristo conheceu a ingratidão, por que deveremos esperar sempre pela gratificação?
            Devemos aceitar tal como ela é a natureza do ser humano, e não como desejaríamos que fosse. Se nada esperarmos dos outros e formos contemplados por gratidão, será uma deliciosa surpresa.
            Os sentimentos ensinam-se e aprendem-se desde a infância. Se os pais são ingratos os filhos poderão aprender com eles, se eles exigem demasiado dos outros os filhos poderão esperar o mesmo. Quando os pais não dão o devido valor, às pequenas dádivas e fazem os seus comentários pejorativos: “Ela não esteve para gastar muito dinheiro, comprou isto na loja dos chineses”. Os filhos imitam-nos e tornam-se exigentes e egoístas.
            Algumas dicas para se tornar imune à ingratidão:
            1) Quando dar nunca espere por gratificação, dessa maneira nunca ficará decepcionado.
2) Há vantagem de darmos a quem não nos possa retribuir, dessa maneira não poderemos esperar por recompensas materiais.   
3) Se ficarmos gratos só pela amizade, não necessitaremos de retribuições.
            Exercício para eliminar a angústia da ingratidão:
            Visualize uma cena em que houve a ingratidão, ou a pessoa que lhe foi ingrata. Dê relevo e brilho a essa imagem, agora escureça a imagem, reduza-a a uma pequenez insignificante, até que desapareça.
Como disse Paulo de Tarso: “Nada trouxemos para este mundo e nada podemos levar dele”. Por isso, o mundo não nos deve nada!
            Paulo de Tarso também disse: “Não seja blasfemado o vosso bem”. Devemos ser gratos pelo pouco que nos resta; mesmo pelas coisas mais simples que nos aconteçam. Agradeça por tudo aquilo que lhe acontece de bom; a única maneira de encontrar a felicidade é não esperar gratidão, mas dar pela satisfação de dar.
 
PROF. KIBER SITHERC
 
Mermaids

 

 

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Dezembro 22 2009
EditingMySpace.com - Love
 

            Muitos povos se consideravam o centro do Universo. Os judeus julgavam-se o povo eleito, os gregos, assim como os incas acreditavam serem os filhos do Sol. Até se consideravam geograficamente numa situação superior, os judeus achavam que Jerusalém se encontrava no meio da terra, os chineses também se consideravam o país do meio, o Japão, o país do Sol nascente, o Tibete o tecto do mundo, os gregos achavam que Delfos era o umbigo do mundo. 
            Todos os povos se consideravam os mais importantes e os mais fortes. Não admira que os nossos antepassados se julgassem que estavam no centro do Universo, pois eram geocêntricos. Foi preciso aparecer Copérnico que defendeu a ideia já divulgada pelos antigos gregos que não era o Sol, nem os outros astros que rodavam à volta da Terra, mas todos esses astros incluindo a Terra circulavam à volta do Sol. A Cristandade estremeceu com as novas ideias de Copérnico, o nosso planeta iria perder o privilégio de ser o centro.
            De centro do universo, concluiu-se que a Terra era o nosso ponto de observação, pois que daí se podia observar e estudar todo o infinito do universo. 
            Muitas pessoas ainda se consideram o centro do universo, como crianças mimadas que ainda não amadureceram, querem ser o centro de todas as atenções. Muitas pessoas ainda se consideram superiores a outros povos, devido à sua nacionalidade, à etnia, cultura ou religião.
            Todos têm importância, porque todos somos importantes, e todos precisamos de uns dos outros. Comparando com o corpo humano todos os órgãos exercem determinadas funções que são vitais, e que contribuem para a unidade e funcionamento da vida. Se o coração é essencial, como poderia ele exercer as suas funções sem a ajuda do cérebro, e sem os membros inferiores e superiores poderia haver evolução?!
Quem é o maior: o rei, o sacerdote, ou o chefe de família? Essa pergunta foi feita à milhares de anos na antiga e mística Índia. A resposta foi dada: cada qual é grande no seu reino. 
Conheci um rico e sábio filósofo, que desesperadamente procurou todo o dia por um canalizador a quem ele chamava idiota e ignorante. Apesar de todo o saber que esse homem possuía sentia-se impotente e procurava ajuda ao homem a quem ele chamava-o de iletrado e analfabeto. Todos têm a sua importância, na execução das suas funções, todos precisamos uns dos outros.
O egocêntrico, é uma forma de egoísmo, em que tudo gira em favor dos seus interesses. O exagero do egoísmo leva à egolatria, pois o ególatra amplifica o seu próprio eu, tudo submete em favor dele próprio, por vezes em prejuízo dos outros. O filósofo Schopenhauer chegou a exagerar a pretensão do egoísta “de matar um homem para aproveitar a gordura do morto e com ela untar as suas botas.”  
Ao contrário, o altruísta por vezes se esquece de si próprio e partilha o seu amor com o próximo e com a humanidade. As diferenças entre indivíduos são tão grandes como as que existem entre as diferentes culturas. Todos somos peças fundamentais, no nosso ecossistema, incluindo os animais.  
O prazer de se sentir diferente, está na compreensão da variedade de culturas, de hábitos, de filosofias de vida e de religiões. Todos somos iguais, todos habitamos o mesmo planeta e todos somos apenas um ponto de observação, para a compreensão do próximo e para a nossa evolução espiritual, intelectual e altruísta, só assim poderemos chegar à mente tranquila.  
 

PROF. KIBER SITHERC
 
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publicado por professorkibersitherc às 18:22

Dezembro 18 2009

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Só temos uma vida, por isso, teremos que vivê-la intensamente de uma maneira agradável e positiva. Faça tudo o que estiver ao seu alcance, antes que seja demasiado tarde! Pensamento Positivo! kiber-sitherc@sapo.pt
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