Método Kiber

Abril 17 2010

            As mensagens de permissão têm uma dupla acepção. Dar permissão para fazer ou dizer alguma coisa. Dar permissão para desenvolver-se, crescer. Experimentar, gozar e triunfar.

           

            Estamos de acordo em que os pais podem autorizar certas coisas, mas não podem negar (e algumas vezes fazem-no), a sua permissão para que a criança se desenvolva, cresça e seja feliz.

 

            - Podes tentar fazê-lo…

            - Podes crescer, serás grande e forte.

            - Podes expressar o que sentes.

            - Podes trabalhar, podes estudar e podes divertir-te. Há tempo para tudo.

            - Se estives triste, podes chorar.

            - Podes rir e ser feliz.

            - Podes procurar um companheiro e fazer um casal feliz.

            - Podes ter filhos: é um prazer tê-los e educá-los.

           

            Não permitir é transmitir conceitos negativos que impedem de ser-se feliz, triunfar e desenvolver-se saudavelmente.

 

            - Se fizeres isso, vais sair-te mal.

            - Não crescerás.

            - Se disseres o que pensas, rir-se-ão de ti.

            - Isso é tolice… trabalha, que o resto é conversa.

            - Não chores… os homens não choram.

            - Ri-te, ri-te… que cedo chorarás.

            - Todos os homens são iguais: olha que te enganarão.

            - Ter filhos é uma desgraça.

 

            Vejamos a grande diferença entre permitir que se desenvolva e impedir de crescer, mutilando-lhe as esperanças.

 

PROF. KIBER SITHERC

 

 

kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 11:29

Abril 05 2010

 

                Algumas mensagens transmitem a ideia de que se é diferente ou estranho.

            - Mas João…, sempre tens cá uma ideia!

            - És doido; não te compreendo.

            - És esquisito… desde criança que és assim… os teus irmãos não fazem coisas destas.

 

            - Não vejo ninguém fazer o que tu fazes.

            A criança começa a perguntar na sua cabeça: “Como sou?”, “E os outros o que dizem de mim?” E estas mensagens dão-lhe uma resposta: “Sou esquisito, louco, diferente”. Este “Eu sou assim” fica gravado na cabeça e depois comportar-se-á toda a vida de forma estranha ou diferente, se não rescindir.

            É provável que na escola faça parvoíces, ao ver os colegas rirem-se, achará que é um bom comediante e assim cativará amigos.

 

            Se ele não quebrar esse padrão mental, fará loucuras inconscientemente para apoiar a sua “mensagem de loucura” que o programou desde a infância. É natural que ele diga frequentemente, por vezes com um certo orgulho, de sentir-se diferente: “Eu sou doido…”

            Se for violento desculpar-se-á: “Não se metem comigo, porque eu sou doido…”

 

PROF. KIBER SITHERC 

face.gif

 

 

kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 00:16

Março 31 2010

   

 

             As mensagens de obrigação são aquelas que impõem um dever.

            - Deves de fazer… (os deveres, ajudar a tua mãe, limpar, arrumar) as coisas bem (entende-se “segundo o conceito dos pais”).

            - Tens de ser… (trabalhador, estudioso, bom marido, rápido, limpo, ordenado).

 

            Estes tipos de mensagens são dados pelos progenitores ou pelos seus substitutos, procurando que as crianças sejam como eles querem. Menospreza-se a criança, tira-se-lhe a possibilidade de decidir por si mesma, para obrigá-la a escolher as actividades que são importantes segundo o critério dos pais. Impõem-se critérios do que deve ser / fazer e do que não deve ser / fazer, segundo o pensar dos progenitores e a sua cultura. Muitas vezes, estes critérios não estão certos, podem mesmo ser contraditórios em relação ao que a criança vê e ouve fora de casa, forçando-a, pouco a pouco, a desenvolver condutas inadequadas, rebeldes, improdutivas e até, prejudiciais para o futuro da criança e preocupantes para os pais.

            Muitos pais dizem:

 

            - Não compreendo esta criança… Ensino-lhe tudo o que é bom, mas é muito rebelde.

            - Eu não entendo porque o meu filho se droga, sempre lhe dei uma boa educação.

 

            Estes pais talvez sejam boas pessoas, que queiram o melhor para os seus filhos e os eduquem como podem e sabem e, afinal, o filho pode acabar por ser um drogado… mas… que culpa têm?

            Se estes pais, como a generalidade, não foram a uma escola de pais, se ninguém lhes ensinou como deviam educar para que os seus filhos fossem sadios física e psicologicamente, que responsabilidade lhes podemos pedir?

 

            Os pais devem-se preparar para poderem educar os filhos de uma maneira sadia e inteligente. Existem à disposição muitos livros sobre educação e psicologia que os pais devem consultar.

 

PROF. KIBER SITHERC

 

 

 

kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 23:09

Março 18 2010

   
         Esta classe de mensagens condiciona a pessoa para que faça o que os pais querem. É uma maneira de manejar o filho. Quando esta manipulação se refere aos sentimentos, os resultados para o desenvolvimento da personalidade costumam ser prejudiciais.
 
            - “Se estudares, dou-te um carro”.
            - “Se ajudares a mamã, irás jogar com o Alberto”.
            - “Se te portares bem, compro-te uma saqueta de rebuçados”.
 
            Este tipo de mensagens pode ser dado de forma que o afecto dos pais fica obstruído, se a criança não obedecer.
 
                - “Se te portares mal, o papá não vai gostar de ti”.
            - “Se não estiveres quieto, a mamã vai embora e deixa-te sozinho”.
            - “Come para que a mamã goste de ti”.
 
            As mensagens desse tipo são graves e prejudiciais. Dadas na primeira infância, podem ser causadoras de problemas na personalidade e de perturbações esquizofrénicas na juventude.
 
            “Se fizeres isso…, não gostarei de ti”, condiciona o amor. Significa que gostarei de ti, que estarei ao teu lado, sempre e quando fizeres determinadas coisas, mesmo contra os teus desejos. É a forma mais suja de dominar uma criança. Na sua “cabecinha” interpreta assim:
           
                - “Se fizer o que os meus pais querem, vão gostar de mim”.
            - “Se renunciar a ser eu mesmo, terei afecto e carinho”.
           
            Todas as mensagens ficam gravadas na cabeça da criança interpretadas com a sua lógica simples, sem dados sobre a vida, sobre a importância das coisas, sobre os valores sociais e morais. A gravação lá fica, como se fosse uma fita de uma cassete e o passar dos anos não apagará nada dessas mensagens.
            As crianças que recebem estas mensagens são pessoas problemáticas que, no futuro, viverão cheias de problemas.
 
            Frases como:
            - “Desde que me casei e tenho filhos, vivo para tratar da família”.
 
            É típica de uma mulher que, na infância, foi condicionada pelas mensagens dos seus pais para cuidar dos outros ou que, pelas mensagens recebidas, chegou à conclusão de que, na vida, é preciso renunciar ao que se quer ou deseja para também se ser amado.
 
PROF. KIBER SITHERC
 
 
kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 22:09

Março 16 2010

 

            As mensagens de proibição, verbais geralmente, começam por "Não", "Não faças", "Não digas",  "Não sintas!" E andam acompanhadas por mensagens gestuais ou atitudinais. Levantar a mão e olhar com um olhar zangado significa: "Não faças isso, senão apanhas".
 
            Alguns pais não dizem nada, mas, quando o seu filho lhes pede alguma coisa, "fulminam-no" com um olhar duro e crítico. Muitas pessoas  na idade adulta afirmam que recordam-se bem do olhar cortante do seu pai ou da sua mãe. Trinta ou quarenta anos depois, sentem-no, quando vão fazer alguma coisa e na sua cabeça ecoa um "Não faças isso!".
            As mensagens de proibição referem-se também ao sexo e aos sentimentos. Vejamos:
 
            - "Não tenhas relações sexuais antes de te casares".
            - "Não desejes os homens".
            - "Não tenhas prazer sexual".
            - "Não te masturbes".
            - "Não chores ... os homens não choram".
            - "Não te deixes tentar. Não te queixes ".
            - "Não estejas triste".
            - "Não digas o que sentes ..., pois abusarão de ti".
            - "Não te rias".
 
            O "Não!" ... Não dá alternativa, não deixa liberdade para pensar ou decidir por si mesmo. Não permite que se experimente e tire conclusões e se aprisiona o pensamento. E, se uma pessoa decidir agir contra essa mensagem, sentir-se-á Invadida pela culpa e torturada mentalmente.
 
PROF. KIBER SITHERC
 
 
 
kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 00:23

Março 08 2010

  

 

              Entendemos por mensagens contraditórias aquelas em que se transmite uma ideia verbalmente, mas o emissor da mensagem comporta-se de maneira contraditória ao que diz. Quem recebe a mensagem tem muita dificuldade de entender isto e, geralmente, fica desconcertado, podendo tomar qualquer atitude a favor ou contra a mensagem. E não é só às crianças que acontece. Se formos ao médico e este nos disser que devemos deixar de fumar, que é um veneno, mas ele fumar, perderá bastante da sua credibilidade; mas, se o médico não fumar e nos disser: “Olhe, eu sou médico e conheço os perigos do tabaco. Vi muitos doentes por causa do tabaco e por isso, decidi não fumar”. “Tome a sua decisão conforme o que esperar da vida” (Mensagem de permissão).

 
            Aqui, o médico não dá uma mensagem de proibição, ajuda a pensar, considera a outra pessoa capaz de raciocinar, de escolher o melhor para a sua vida e de tomar decisões. A mensagem final é de permissão, não de proibição. Esta mensagem é positiva, congruente e ajuda verdadeiramente a pessoa.
            Se um pai disser:
            - “Não mintas”. (Mas ele mentir).
            - “Não fumes”. (Mas ele fumar).
            - “Não bebas”. (Mas ele beber).
           
            Contradiz-se e tem poucas possibilidades de que o seu filho ou a sua filha faça o que ele propõe.
           
            Vejamos a experiência do Dr. Andrés Senlle:
            “Vou contar um episódio sobre este tema: No ano passado, o meu filho André, de oito anos, andava preocupado com o cigarro. Imitava os que fumam, pedia cigarros, punha-os na boca e olhava para mim como que a perguntar-me: “Que me dizes?”. Pedia fósforos para acender os cigarros aos outros e imitava, com um lápis, os que fumam.
            Em casa, ninguém fuma, mas também não comentámos a sua atitude.
            Um dia, estávamos a passear em valência e ele perguntou:
            - “Papá, tu, às vezes, fumas?”.
            - “Não. Queres que te explique porquê?”.
            E ele disse que sim e eu continuei:
            - “Gosto muito do meu corpo; quero mantê-lo são, pois é parte do meu ser. Mas, primeiro, tenho de ter cuidado comigo. Por isso, considerando o que aprendi, estudei e vejo, decidi não fumar”.
            “Muitas pessoas adoecem por fumarem demasiado. Se eu fumar aumento as possibilidades de adoecer”.
            “Gosto de fazer desporto, de ser saudável e forte; ora fumar é o contrário do que quero para mim”.
            “Esta decisão é boa para mim; outros tomam outra e eu não os critico”.
            “Cada um pode decidir o que espera da sua vida”.
            Não houve mais comentários, mas uns meses depois, ele disse:
            - “Sabes, papá? Não fumarei, quero ser um bom desportista”.
            A decisão já está tomada de forma autónoma, sem pressões nem proibições. Informei o seu Adulto, dei-lhe dados e fui exemplo congruente do que lhe tinha dito”.
 
            As crianças copiam; portanto, se quiser que façam ou não façam alguma coisa, comece por dar exemplo.
 
PROF. KIBER SITHERC
 
           
 

kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 20:18

Janeiro 26 2010

 

Na minha infância, conheci uma família aparentemente normal. Devido à minha mudança deixei de os ver. Mais tarde, quando perguntei por aquela, disseram-me laconicamente: “Já morreram todos”. Fiquei estupefacto e voltei a perguntar: “Foi de acidente!?” Fiquei a saber que não tinham morrido de acidente, a morte os tinha levado um de cada vez. Tinham dois filhos mais jovens que eu, e os próprios pais eram novos. Mais tarde encontrei a explicação. O casal fazia muitas referências à morte, achavam que ela sempre estava próxima, eram tristes e melancólicos, e essas mensagens foram transmitidas aos filhos.

Todos nós recebemos mensagens, desde que fomos fecundados no ventre das nossas mães. Sabe-se que a mulher grávida no período de gestação, poderá incutir no feto através de determinadas músicas, que mais tarde ele poderá aprender facilmente tornando-se num autêntico prodígio.

Há vários tipos de mensagens, todas elas são determinantes, ficam gravadas no cérebro e determinam o futuro da pessoa, mas as mais catastróficas são as de morte, todas elas fazem referência à extinção e destruição do ser humano.

Vejamos algumas mensagens de morte:

“Se não tens cuidado vais acabar mal”; “Se eu não cuida-se de ti, já tinhas morrido”; “A vida são dois dias”; “Temos que trabalhar para viver”.

Quando as mães tudo fizeram para tentarem abortar, transmitiram uma mensagem de morte, que mais tarde causará grandes perturbações no futuro, essa mesma rejeição poderá causar o suicídio, a mensagem transmite que a criança não é desejada, que poderá no futuro refugiar-se nas drogas e no álcool.

A mensagem que a vida só está ligada ao trabalho, mata muitos indivíduos quando se aposentam, foi ligado no cérebro a mensagem que tinham que trabalhar para viver, aprenderam que só o trabalho fazia parte da vida, por isso, passado pouco tempo morrem. O trabalho é essencial para nós, mas o mais importante é a felicidade. É fundamental criar entretenimentos, diversões e distracções.

É importante criarmos passatempos para não ficarmos inactivos para não abreviarmos a morte. Nos maduros anos podemos tirar partido da situação, aproveitar o tempo que desejámos fazer e nunca pudemos.

Sabe-se que as pessoas que prolongam mais a existência, são as que têm mais esperança de viver. E as que se limitam nos anos, morrem mais cedo. Tudo isso se deve ás mensagens que condicionou a sua mente. É a nossa mente que limita os nossos horizontes, quando ficamos estagnados no nosso círculo mental.

Se você está grávida e espera um filho saudável, então fale com ele ou com ela. Diga o quanto o ama, imagine que o abraça. Transmite-lhe mensagens positivas: “Quero que sejas feliz”; “Eu gosto muito de ti meu filho”; “Tu és muito importante para mim”.

A educação da criança não começa no berço, mas sim no ventre materno. E é nessa altura que deverá transmitir-lhe mensagens positivas pois serão como sementes que germinarão no futuro do seu cérebro.

Se tem consciência das mensagens negativas que recebeu na sua infância, não valerá a pena culpar os seus progenitores. Use outras mensagens que sejam positivas e de vida para impregnar o seu cérebro. Tais como: “Eu sou maravilhosa e sinto-me bem comigo própria, por isso, eu vivo a alegria”; “Tenho vida, saúde e felicidade”.

Quando repetimos as novas mensagens de vida, então, anularemos as velhas cassetes que impregnaram no nosso cérebro na infância.

 

PROF. KIBER SITHERC

 

 

kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 09:05

Janeiro 20 2010

 

                Em 1951, um neurocirurgião da Universidade de McGill, de Montreal, Canadá, o Dr. Wilder Penfield, realizou notáveis descobertas relacionadas com os fenómenos perceptivos, mediante uma série de experiências, nas quais estimulava o córtex temporal do cérebro com uma sonda galvânica.
            Entre o estudo importante que realizou, Penfield conseguiu demonstrar que, no cérebro, gravam-se e evocam-se em conjunto acontecimentos e sentimentos. Quer dizer, qualquer facto observável é registado juntamente com um sentimento e, quando se evocam, aparecem sempre juntos.
 
            Nessa época, um psiquiatra da mesma universidade, que estava no processo psicanalítico havia vários anos, Dr. Eric Berne, canadiano, foi muito influenciado pelas investigações de Penfield.
            Procurando um sistema mais rápido de análise, Berne pôs a hipótese de a conduta de uma pessoa ser muito influenciada pelas experiências gravadas juntamente com sentimentos na infância.
            A relação entre duas pessoas depende dos factos passados por cada uma e da maneira de exterioriza-los. Existe entre elas uma série de transacções que depende da personalidade de cada uma.
            Observando os seus pacientes, notava que, algumas vezes, actuavam de uma forma muito adulta, mas que mudavam bruscamente adoptando, umas vezes, posições físicas, acções ou raciocínios infantis e, noutras ocasiões, tomavam posições, gestos ou frases de autoridade.
            Berne perguntou a si mesmo: Porque existem estas mudanças?
            Nessa altura, reunia-se frequentemente com psicólogos, clérigos, sociólogos, médicos e especialistas que enriqueceram a sua teoria embrionária.
 
            Por volta de 1954, formulou a Análise Estrutural, mediante a qual tentou analisar a personalidade, partindo de três estados básicos: Pai, Adulto e Criança. Segundo a sua teoria, o Pai é o conteúdo das normas, padrões e proibições impostos na infância, por progenitores, familiares e professores. O adulto é como um “computador” que recebe e processa informação. A Criança representa os sentimentos, os impulsos e a emoção.
            Pouco depois, Berne apresentou a sua teoria da personalidade, na qual identificou três estados de conduta (Pai, Adulto e Criança) como pertencentes ao Ego. Então adoptou o nome de Análise estrutural, para a sua teoria.
            Berne descobriria mais tarde que, no Pai, havia características diferentes, Crítica e Protecção; que o Adulto não era um simples “computador”, mas que completava como um “ethos” e um “pathos”; e que a Criança, por seu lado, tinha a Adaptação, ao mesmo tempo que os impulsos naturais, livres e ambivalentes, e também um “Pequeno Professor” que questionava determinadas atitudes e condutas, manejando-as para obter amor, carinho e afecto. Assim nasceu a Análise Estrutural, de Segunda Ordem, representando mais complexo da personalidade e que permitiu explicações mais profundas sobre o comportamento humano.
 
            1955, observou que a comunicação entre as pessoas é diferente, de acordo com o estado do Ego nesse momento. Define a “transacção como unidade básica da comunicação humana, palavra que dará um novo nome à sua teoria: “Análise Transaccional”.
            Em 1956, o Dr. Eric Berne ao aprofundar os seus estudos, descobriu que as pessoas fazem verdadeiros jogos de comunicação que, de algum modo, marcam a sua vida, sendo estes jogos semelhantes aos das crianças, nos quais a personagem adopta sempre um papel identificável e constante.
            Em 1965, Berne continuou as suas investigações. Perguntava aos presos: “Em que idade vais morrer?”, “Como vais morrer?”. Aos empregados que não conservavam os seus lugares: “Como vais fazer para perder o emprego?”. Aos pacientes e amigos em geral: “De que morrerás e quando?”
            Observou que as pessoas fazem inconscientemente uma autêntica planificação que as levará ao desenlace dramático das suas vidas. No entanto, esta planificação obedece a determinadas influências sociais, culturais e familiares. Essa planificação é o guião da vida.
            Diz Berne: “O guião afecta toda a vida humana, desde o nascimento, ou ainda antes, até à morte”. Veja neste tag: “O guião da vida”.
 
            Nessa época, a força da Análise fundamenta-se nos guiões e Berne define-se como “analista de guiões”. Nesta etapa, o próprio Berne comenta: “Entre as objecções espirituais, filosóficas, racionais, doutrinais, empíricas, desenvolvimentistas e clínicas, a relação da “teoria dos guiões” com a psicanálise tem muitos pontos em comum”. “Como doutrina, a análise de guiões não é independente da psicanálise nem lhe é alheia”. “Os analistas de guiões subscrevem as doutrinas de Freud na sua totalidade e somente desejam acrescentar alguma coisa à luz de experiências ulteriores”.
            O Dr. Berne morreu em 1970 e os seus seguidores continuaram a aprofundar toda essa teoria extraordinária. Em São Francisco, nos Estados Unidos, Karpman foi o criador da técnica do “Triângulo dramático” (Perseguidor, Salvador e Vítima). Veja neste tag: “Não queira ser vítima”.
 
kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 16:30

Janeiro 09 2010

 
            As primeiras vítimas foram os seres míticos. O gigante Atlas por se revoltar contra os deuses foi condenado a sustentar sobre os seus ombros a abóbada celeste. Prometeu, o bem feitor da humanidade, roubou o fogo sagrado do céu e deu-o aos homens, por isso foi condenado pelos deuses a ser acorrentado, onde uma águia lhe devorava o fígado, que se renovava incessantemente. 
            Karpman foi o criador da técnica do “Triângulo Dramático” em que apresentou que inconscientemente nós poderemos desempenhar os seguintes papéis: Perseguidor, Salvador e de Vítima. O papel de vítima é de todos o mais frustrante.
            Seguindo o guião do palco da vida, poderemos escolher inconscientemente um papel e representá-lo a nosso bel-prazer. Claro que como actores não representaremos esse papel sozinhos, necessitaremos sempre de alguém, nesse caso de um carrasco (uma águia), que nos possa atormentar, ou de um mundo que nos tenta esmagar com o seu fardo como se fossemos o Atlas. 
            Na verdade ninguém nasce vítima. Todos nós nascemos alheios a qualquer influência exterior. São os estímulos que influenciarão o nosso comportamento através das neuro-associações. Aprendemos essas condutas e inconscientemente pomo-las em prática ao longo da vida.  
            As mensagens que os pais, avós, irmãos mais velhos e educadores transmitem às crianças modelam a sua personalidade e poderão influenciá-la para o resto da sua vida. Há mensagens positivas que ajudam as crianças a tornarem-se felizes, a serem saudáveis e a serem úteis à sociedade; outras porém, destrutivas que levam à infelicidade.
            Os sentimentos também se aprendem e se copiam. Para uma criança se tornar vítima ouvirá de sua mãe as seguintes influências: “Nunca tive sorte, toda a gente me prejudica”; “Ah vida sofrida!”; “O mar bate na rocha e quem se lixa é o mexilhão!”; se a mãe se faz vítima e vive de queixumes, é natural que a criança tome a progenitora como um exemplo a seguir para conseguir os seus objectivos.
            Quem escolhe inconscientemente o papel de vítima, espera pelo seu benefício, como diz o velho ditado: “Quem não chora não mama!” O bebé chora e como estímulo é apaparicado, com o tempo poderá deduzir que quando chora ou se lamenta sempre receberá a sua compensação, mas quando se chega a adulto nem sempre acontece assim, lastimar-se para que os outros se compadecem da sua desgraça, não é o caminho que leva à felicidade.
Uma das maiores armadilhas, criadas pela vítima é a competição, isto é, entregam-se de corpo e alma à sua situação de mártires e tentam competir com os outros na sua situação dolorosa. Pintam sempre pior as suas vidas como se esperassem por um trofeu de infelicidade. São características as suas respostas: “Você queixa-se que não tem sorte? Pois a minha vida é muito pior!”
Em vez de quebrarem esse velho paradigma de vítimas infelizes, ainda mais a intensificam, como se fossem as pessoas mais infelizes do mundo. Estão sempre há espera por um carrasco ou de um diabo que as atormente, como se fossem um bode expiatório para expiarem os pecados do mundo.
Diga: “Basta ao sofrimento!” E mude a sua atitude mental, você não é obrigado a vestir essa pele de vítima e representar essa cena eternamente, aja como um triunfador. Se alguém o prejudicou a culpa foi sua, porque você deixou-se enganar, não teve cuidado e agiu ingenuamente. Se você criar esse padrão mental, é natural que no futuro reconheça os seus erros e deixe de culpar os outros, por tudo aquilo que lhe aconteça.
 
PROF. KIBER SITHERC 

 

kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 14:14

Janeiro 05 2010

 

  

 

            Eric Berne, o fundador da Análise Transaccional, apresenta os três estados da personalidade: O Pai, o Adulto e a Criança. O Pai representa o sentido crítico, protege e aconselha. O Adulto é frio, calculista, responsável e controla-se. A Criança é a parte emocional, representa a criatividade, a imaginação e o instinto. Todos temos um pouco dessas três qualidades, mas uma é mais acentuada que outras.
            Vejamos um exemplo, uma criança pega numa esferográfica e como não sabe escrever e nem sabe desenhar apenas rabisca, ela poderá se entusiasmar e riscar as paredes, móveis e tudo o que encontrar ao seu alcance. Ela tem o cérebro mas não faz uso dele, porque ainda não amadureceu e está emocionada.
            Outro exemplo, que foi real. Uma senhora farta de ver a varanda suja de lixo, ficou furiosa, subiu ao andar da vizinha, deu murros na porta e chamou-lhe nomes. Esta abriu a porta e foi bofeteada, para desanuviar toda a sua ira partiu-lhe os vasos das flores. A vizinha pôs-lhe uma acção em tribunal. Esta ficou preocupada e se lamentou: “Eu perdi a cabeça”!
            Não podemos raciocinar por meio de nossas emoções. O cérebro é para pensar e usar apenas um pensamento frio e completamente racional. A tensão mental faz com que a cabeça fique quente, e quando a mente está aquecida, não pode funcionar de modo adequado. Para o nosso cérebro ser plenamente eficiente precisa de estar friamente racional. Precisamos de pensar com o cérebro no estado Adulto e não com as nossas emoções no estado Criança.
            A mente só é eficaz quando fria e aliviada, totalmente livre de emoções e paixões. O cérebro, energicamente excitado, não pode gerar conceitos racionais ou juízos de valores ordenados pela nossa ética ou pensamento. Num ardente estado de espírito, as emoções controlam-nos a razão, o que poderá nos sair muito caro.
            Quando estiver furioso, desesperado e emocionado, não está em condições de ponderar o seu problema, procure o relaxamento e entre na mente tranquila. Deixe que o seu cérebro arrefeça, na paz mental, entre no estado Adulto e encontrará uma resposta racional. Nunca se fie em suas reacções emocionais, a menos que estejam sob o seu completo controlo.
            Se o seu corpo estiver tenso, terá que descontrair os músculos para entrar no relaxamento, o mesmo se passa com o seu cérebro, quando ele está excitado, não raciocina age por estímulos devido às emoções de momento. A impulsividade é isso precisamente, age-se sem reflectir no estado de Criança.
            A técnica para desenvolver uma correcção eficiente é remover da mente o panorama dos erros passados. Se mantermos esses panoramas de fracassos, ou nos prendermos a lembranças de erros, estaremos na iminência de repetir o mesmo indesejável padrão.
            Nunca repita a expressão muito corrente: “errar é humano”, porque estará sempre se defendendo dos seus erros. Sabia que a mente humana tem facilidade para aprender o hábito de errar? Faça alguma coisa errada um número de vezes e verá como a mente a aceita, como se fosse uma coisa adequada.
            Portanto, quando se comete um erro, a primeira coisa a fazer é tirar a melhor experiência possível do caso, aprender não o repetir mais. Em segundo lugar, deve procurar aprender qual é a maneira correcta de agir. Em terceiro lugar, deve-se cristalizar na consciência a maneira certa, até que consigamos e sintamos capazes de agir correctamente. 
 
PROF. KIBER SITHERC
 
kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 11:58

Só temos uma vida, por isso, teremos que vivê-la intensamente de uma maneira agradável e positiva. Faça tudo o que estiver ao seu alcance, antes que seja demasiado tarde! Pensamento Positivo! kiber-sitherc@sapo.pt
favoritos

A ORIGEM DO RISO

Março 2014
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1

2
3
4
5
6
7
8

9
10
11
12
13
14
15

16
17
18
19
20
21
22

23
24
25
26
27
28
29

31


pesquisar
 
blogs SAPO