Método Kiber

Janeiro 26 2011

 

            É um tipo de terapia adoptado em diversas correntes da medicina tradicional que emprega ventosas. Em chinês é representada pelo ideograma 拔罐.

 

            A utilização das ventosas no tratamento de doenças não é uma exclusividade da Medicina Chinesa, existem informações do seu uso desde o antigo Egipto, ela também é mencionada nos escrito de Hipócrates e praticada pelo povo Grego no século IV a.C., possivelmente conhecida e utilizada por outras nações antigas.

 

            Hipócrates também usava ambos os métodos de ventosa “seca” e “molhada” como principal tratamento nas desordens menstruais.

 

            Ele prescrevia grandes ventosas de vidro a serem aplicadas nos seios de mulheres que sofriam de menorragia. Assim como nas “descargas amareladas vaginais”, pelo uso de ventosas durante um longo período de tempo em diferentes partes das coxas, na virilha e abaixo dos seios.

 

            Hipócrates era cuidadoso na prevenção da anti-sepsia após a ventosa, e adverte com o seguinte conselho:

 

             “Quando em aplicação de ventosa molhada, se o sangue continuar a fluir após o instrumento inspirador tiver sido removido, se o fluxo de sangue ou soro for copioso, os copos de ventosa precisam ser aplicados novamente até que da área tratada tenha se retirado o abstracto”.

 

            De outra forma, o sangue vai coagular, retendo-se nas incisões, e úlceras inflamatórias podem se formar. Aconselha-se banhar estas partes em vinagre. O local não pode ficar humedecido. Nunca permitir que o paciente se deite sobre as escarificações, e estas devem ser tratadas com medicamentos para feridas inflamadas.

 

            O antigo instrumento utilizado para fazer ventosas era a cabaça, conhecida naquela época como “curubitula” que em latim significa ventosa. Nas regiões primitivas do mundo, a ventosa tem registos históricos que datam de centenas a milhares de anos. Nas suas formas mais primitivas, era utilizada pelos índios americanos que cortavam a parte superior do chifre dos búfalos, com cerca de 10 cm de comprimento, provocando o vácuo por sucção oral na ponta do chifre, sendo de seguida tamponado.

 

             O uso de ventosas no Ocidente antigo era um elemento terapêutico corriqueiro e de grande valor panaceico. Pois por falta de outros recursos médicos, a ventosaterapia era utilizada praticamente na cura de todas as doenças. Abordado por essas épocas como um instrumento curativo mágico, pelo contacto íntimo com o interior do corpo através do sangue. Ela era respeitada também pela sua actuação no elemento energético gerado pela respiração. Teoria que se aproximava dos conceitos de Medicina Oriental

 

            Celsus adverte que a aplicação de ventosas é benéfica tanto para doenças crónicas como para agudas, incluindo ataques de febre, e particularmente nos stressados. Quando há perigo de fazer sangria, o recurso mais seguro é aplicar nesses pacientes ventosas secas.

 

            Ele adverte sobre a ocorrência de edema nas ventosas, sejam secas ou molhadas. Descreve ventosa seca em vários lugares para tratar paralisia, ventosas nas têmporas e na região occipital em caso de dores de cabeça prolongadas.

 

            No século passado, a operação de inspirar copos de ventosas no corpo consistia em colocar sobre a pele uma campânula de vidro ou outras formas de inspiradores semelhantes aos copos de ventosas, após fabricar vácuo pela queima do ar no seu interior, Devendo aplica-las de pronto sobre a pele para gerar sucção no local. Este método chamado de “ventosa seca” era aplicado na pele nua, causando trauma subcutâneo e agindo como contra-irritante.

 

            Outro método também comummente aplicado era chamado de “ventosa molhada”. Neste método, a pele era irritada por meio de um instrumento cortante, provocando uma leve sangria chamada de “escarificação”, imediatamente antes de a ventosa ser aplicada. Este método era considerado especial para se provocar sangria, sendo também reconhecido pelos antigos médicos como uma medida contra-irritante.

 

            As medidas contra-irritantes provocam o deslocamento da dor e o efeito conhecido na medicina oriental como “alívio da superfície do corpo”, muito útil no combate das dores por espasmo musculares enrijecimentos musculares, reflexos causadores de falsas dores, nos rins e pulmões.

 

PROF. KIBER SITHERC

 

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 23:41
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