Método Kiber

Outubro 14 2010

 

            A astrofobia, é o medo irracional e fóbico de raios e de trovões. Infelizmente afecta muitas pessoas, vejamos o testemunho sofrido de uma paciente:

 

            “Sofro de Síndrome de Pânico, mais precisamente de ASTROFOBIA, sentimento de pavor aos trovões e relâmpagos. O medo está enraizado em mim, ocupa um lugar de destaque em minhas poucas fraquezas. Não há como imaginá-lo e ainda que alguém tente com o único intuito de me ajudar, jamais chegará perto em sua imaginação.

            Hoje ao escrever sobre o que me acomete, sinto-me apática, sinto que ele está muito acima do seu nível normal, acho que por isso é denominado Pânico.

            É cruel, desmedido, avassalador, imponente, prepotente e tirano. Escraviza, domina, humilha. Impõe sua presença de forma covarde e opressora e deixa uma sensação desconfortável de impotência, de vergonha.

            Basta um clarão no céu e todo o meu ser caí como num passe de mágica. Tremor, pavor, suor, descontrole e 46 anos de determinação e coragem, são transportados a 5 anos de idade com suas inseguranças e fragilidades. Meu corpo, meu eu, tudo vai pró chão.

            Rogo, rezo, peço, imploro e evoco Deus, repetidas frases de encorajamento e fé, poucas vezes tenho as mãos de quem se propõe a dar um pouco de solidariedade. Poucas vezes sinto a compreensão no silêncio de quem está ao lado (quando há alguém ao lado)

            Respeito? Não, seria exigir demais. Na maioria das vezes, as pessoas esboçam sorrisos pela infantilidade que meu comportamento expõe. Geralmente vomitam inúmeros conselhos e lições, parecer e explicações. Falam com autonomia, conhecimento e segurança de “Coisas da Natureza”, “ Pára-Raios”, “Nuvens negativas, positivas” etc... Como se conselhos, palavras, afirmações, fosse o suficiente para me livrar da crise, do transe, como se ao ouvir eu ingerisse quilos de coragem, como se a presença deles me trouxesse a cura.

            Ninguém pode imaginar o quão sozinha e doente estou nesses momentos de tempestade, embora acompanhada em raríssimas vezes, é sozinha que me sinto e doente que me vejo.

            Busquei tratamento, fiz terapia por 8 meses e posso dizer que obtive resultados favoráveis diante do que eu apresentava na época. Não pronunciava a palavra raio, vedava meus olhos, renegava a vida e ficava deprimida e triste por dias após a chuva.

            Não sei em que parte de minha história isso começou, sei que já são exactos 16 anos travando uma luta do prazer pela vida contra o desprazer dos momentos chuvosos.

            Sei que somos na maturidade o reflexo de nossa infância, carregamos pela vida a fora, lembranças inconscientes de fatos vividos no passado, nossa personalidade se molda com algumas pitadas de marcas adormecidas em nós, armazenamos emoções que de alguma forma se projectarão no futuro, pois estão lá bem no fundo, prontas para emergir ao 1º problema, ao 1º obstáculo ou desafio que a vida nos apresentar.

            Acho que é isso que se passa comigo, sigo devorando a vida numa incansável e incontrolável vontade de viver, faço de meus momentos felizes “ Dias de Sol”, amenizando e tentando controlar um medo que muitas vezes me tira a vontade de ir em frente.

            Agradeço a todos que sabem o que vivo e que de alguma forma, até mesmo de maneira errada, tentam me ajudar. Peço, não demonstrem pavor na frente de crianças, não usem frases como “ Papai do Céu tá brigando”, Não as culpem por nada nunca, apresente suas falhas, conscientizem-nas de seus erros, ensinem sem exigências. As mensagens ficam gravadas no inconsciente e no futuro, a infância traz de volta de maneira desastrosa”.

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            Segundo se refere o escritor latino Suetónio,  o imperador Augusto César, tinha medo dos trovões e relâmpagos.

            Embora que tenta ocultar publicamente, os amigos da cantora Madonna garantem que ela sofre de astrofobia, ou seja, morre de medo de trovões e relâmpagos.

            Existem muitos famosos, como por exemplo o escritor Ernest Hemingway que dormiu durante anos com a luz acesa por ter medo da escuridão, das tempestades, dos trovões e relâmpagos.

            Para encontrarmos a verdadeira origem de uma fobia, teríamos de procurá-la na infância. Segundo os psicólogos, é nesse período que ocorrem todos os conflitos que irão modelar o comportamento e a estrutura do adulto.

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            Quem nunca levou um susto com o barulho de um trovão, ou será o barulho de um raio, ou relâmpago? Para a maioria das pessoas, raio, relâmpago ou trovão são tudo a mesma coisa. Mas existe diferenças entre eles, e é muito fácil de entender.

 

            Vamos começar com os raios. Eles são aquelas descargas eléctricas que acontecem entre as nuvens, ou entre as nuvens e a terra. Esse fenómeno é chamado de relâmpago.

            O trovão, diferente do raio, é o resultado do aquecimento rápido do ar. Vamos explicar melhor! Quando acontece o raio, aquela descarga elétrica que pode descer das nuvens para a terra ou subir da terra para as nuvens, o ar é aquecido (esquentado) muito rápido. Normalmente quando se aquece algo, ocorre a dilatação (um crescimento), então,  esse aquecimento muito rápido em volta do raio provoca um grande deslocamento do ar, por isso temos um grande barulho, o conhecido trovão.

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            É como se fosse um bater de palmas, se você bater palmas bem devagarzinho, por mais forte que sejam suas palmas não serão ouvidas, pois não deslocam o ar com a velocidade suficiente para se ouvir o barulho, mas se você aplaudir  com força e velocidade, terá sempre  aquela bela salva de palmas, igual a que todos fazem nos jogos de futebol quando há um golo!

 

            O barulho do trovão também pode ser associado ao barulho ouvido quando se estoura uma bola de aniversário. Só ouvimos o barulho porque o ar sai muito rápido da bola provocando um deslocamento de ar, que por sua vez, produz ondas sonoras que chegam aos nossos ouvidos.

 

            Então não precisamos ter medo do trovão! Até porque, o raio já “caiu”, e se ele já caiu e você ainda continua ouvindo o barulho, é porque não caiu em você, que dizer que ainda está vivo!

            Mas mesmo assim, se você continuar com medo e quiser se abrigar, não vá para debaixo de uma árvore, pois os raios procuram sempre os pontos mais altos (árvores e morros) para se encontrar com a terra.

            O melhor lugar para se abrigar dos raios é dentro de um carro, isso mesmo, dentro daquela armadura de aço. É uma ideia errada que o metal atrai os relâmpagos. O carro funciona com uma espécie de escudo, ele produz uma blindagem, a chamada “blindagem eletrostática” que o manterá são e salvo dos raios.

            O medo da trovoada não é motivo de riso ou de chacota, na verdade, perturba a vida de milhares de pessoas em todo o mundo.

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            Superar o medo do trovão é uma árdua tarefa que pode levar anos para se realizar.

            Se sofre de astrofobia, procure informar-se profundamente sobre os fenómenos atmosféricos da trovoada. Dessa maneira compreenderá melhor porque ela ocorre, e livrar-se há de certos preconceitos e superstições.

            Se estiver em casa, poderá usar o fone de ouvido e assistir à televisão ou ouvindo música alta. Ao fazer isso vai-se manter-se ocupado e livre de pensar sobre a tempestade.

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            Através da compreensão é mais fácil perder o medo e obter a cura.

            Em dias de trovoada, será que a probabilidade de nos cair um raio é grande? Será que devemos temer tanto e orar pela santa Bárbara e por todos os santos do Céu?  Na realidade, não é muito vulgar ouvirmos notícias de pessoas que sejam atingidas pelos raios, por isso a probabilidade de sermos atingidos é muito reduzida. As probabilidades de se morrer fulminado por um raio são, durante um ano, conforme a estatística, uma em um milhão.

 

 PROF. KIBER SITHERC

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kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 23:32
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Lendo os comentários me identifiquei muito. Tenho muito pavor. Quando chega o verão já fico aflita, pois sei que elas iram vir e por isso eu não sou fã do verão. Quando estou sozinha entro em pânico minhas mãos ficam na orelha, os olhos fechados, o corpo tremendo, o estômago embrulhado e o coração acelerado. É humilhante sentir isso, os outros riem de você, dizem que isso "é bobagem", "larga de ser medrosa" ou "isso é infantil." Eles não sabem o que sentimos, nem fazem idéia. Fico muito mal quando estou com meus amigos, apesar de que a maioria ja saiba desse meu pânico, mas me dá vergonha, me sinto humilhada. Eu quero perder esse medo, faço de tudo pra perdê-lo mas nada adianta. Sei que isso tudo começou na minha infânciaeu devia ter uns 3 anos, estava dando temporal e eu estava dormindo. Minha mãe foi até a cozinha fechar a janela e pôs a mão na pia que era de aço, caiu um raio na árvore em nosso quintal e eu acordei assustada e minha mãe ficou sem conseguir falar nada literalmente sem ação, desde então tenho esse pavor.
Eu não sabia que esse pânico era uma doença, agradeço pelas informações.
Lara a 22 de Dezembro de 2015 às 18:40

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