Método Kiber

Janeiro 21 2010

            Sempre associei à queima de eucaliptos um cheiro agradável, uma lembrança feliz da minha meninice. A minha mãe mais a minha avó, buscavam essa lenha para aquecer o forno, durante essa azáfama, nós crianças procurávamos tirar às escondidas alguma massa do alguidar de barro para fazermos pequeninos pãezinhos. Ao falar dessa associação agradável, alguém me contou da triste associação que ela fazia. Esse cheiro para ela não era só desagradável, como era terrível, porque o associava a um incêndio que destruiu a sua casa.
            Ora, a vida está cheia de associações: bacalhau assado com alho, arroz doce com canela, leite com chocolate; praia e óculos de sol, campo e flores, piquenique e formigas, desporto e fato de treino, etc. Só por curiosidade, cito um pormenor, durante um jantar uns senhores ficaram indignados, por um jovem pedir uma coca-cola para beber com o bacalhau em vez do tradicional vinho tinto.
            Porque é que os caçadores defendem e praticam a caça, e outros a criticam e a abominam? Porque os primeiros a associam essa prática ao desporto, convívio, divertimento, alimento, prazer, etc. Enquanto os segundos associam essa prática à barbaridade, selvajaria, etc.    
            Há dois tipos de associações, as colectivas e as individuais. Um exemplo de associação colectiva: os antigos gregos associam a serpente à medicina, se alguém sonha-se com uma serpente seria um presságio de cura, por sua vez os judeus associavam a serpente ao diabo, que significava, intriga e traição. A associação individual resulta das nossas experiências, desde da infância ao longo da vida.
Porém, tanto fazemos associações negativas como positivas. Por isso, criamos associações falsas em nossos sistemas nervosos quanto ao que criará dor ou prazer, felicidade ou mal-estar em nossas vidas. Os nossos destinos foram moldados de forma significativa através de poderosas associações, por vezes, desconhecemos com precisão quando ocorreram essa programação que nos condicionou.
            No número anterior, vimos que através da dor e do prazer, nós podemos criar associações para nos libertar e mudar a nossa vida. Estas associações são criadas pelo nosso cérebro, por isso são chamadas de neuroassociações. É possível ao examinar a sua vida recordar experiências que formaram essas neuroassociações que o levaram a aquilo que é hoje. 
            Porque muitos adolescentes começam a fumar? Porque associam o consumo do tabaco a desenvolvimento pessoal. Todos os métodos para deixar esse vício se tornam infrutíferos, enquanto não criar no seu cérebro associações contrárias às que criou anteriormente. Se começar a associar ao tabaco: doença, imundície, mau cheiro, droga, vício, fraqueza, etc. os resultados poderão ser positivos.
            Se o trabalho para si é frustrante foi porque criou várias associações que o desmotivaram. O trabalho poderá ser interessante se criarmos associações positivas, tais como: distracção, dinheiro, exercício, saúde, vitalidade, etc.    
            Para obtermos a mudança o resultado poderá ser excelente quando agrupamos muitas associações agradáveis. Vejamos o exemplo para um jovem se motivar no estudo, ao associar todas as associações possíveis ou imagináveis: sucesso, poder, independência, fortuna, etc.
Com o conhecimento e prática das neuroassociações podemos mudar definitivamente, deixar facilmente os vícios e não voltar a ter recaídas. Ao associarmos os nossos desejos, consolidaremos facilmente os nossos objectivos.
 
PROF. KIBER SITHERC
 

 

kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 02:27

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