O ovo já foi o grande vilão da saúde na década de 80 e 90. Era considerado um dos maiores causadores de doenças cardíacas. Os cientistas diziam que dar ovos para as crianças era quase um crime, pois estaríamos condenando-as a terem hipertensão para o resto de suas vidas.
Ele era considerado um grande causador de doenças cardíacas. Mas, hoje, ele faz parte do cardápio de atletas e pessoas que praticam actividades físicas regularmente. Estudos actuais revelam que, na realidade, esse alimento tão apreciado em todas as culinárias não é tão prejudicial como pensavam. O ovo, hoje, passou a ser visto como uma óptima fonte de proteína, vitaminas do complexo B, antioxidantes e minerais.
Uma das demonstrações mais recentes é assinada pela Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos. Em artigo publicado em Janeiro de 2010, resultado de uma pesquisa envolvendo 9.734 pessoas de 25 a 74 anos acompanhadas durante duas décadas, os pesquisadores demonstraram não haver relação entre o consumo regular de ovos e o aumento da incidência de doenças cardiovasculares, como enfarto e derrame. Não houve diferença entre aqueles que comiam um ovo ou mais por dia em comparação com quem não comia nenhum, disse o cardiologista Adnan Qureshi, líder da investigação. Em apenas um grupo específico, o dos diabéticos, encontramos dados que mostram que o consumo maior de ovos pode estar ligado ao aumento da ameaça de doenças cardíacas, mas isso nem sequer está totalmente claro.
Brasileiros também chegaram a essa conclusão, foram analisados hábitos alimentares de 1.600 estudantes, em escolas de rede pública da cidade de Campinas-SP. Com amostras de sangue dos participantes, foi demonstrado que os indivíduos que consumiam mais ovos não eram os que apresentavam as maiores taxas de colesterol. A conclusão é que o excesso de colesterol não está relacionado com a ingestão de ovos, e sim, com a obesidade e o baixo consumo de fibras.
A média de consumo de ovo por pessoa durante o ano, hoje, no Brasil, é de 141 unidades, segundo os dados da União Brasileira de Avicultura (UBA). O país fica bem abaixo do México, que tem o maior consumo do alimento, com uma média de 360 unidades por habitante durante um ano.
As propriedades nutricionais do ovo fazem com que ele seja um alimento completo. A ideia de que ele é um alimento rico em colesterol foi banida. A gema seria a única parte do alimento rica nessa propriedade, mas, segundo estudos recentes, a gema do ovo não é a responsável pelo aumento de colesterol no sangue, pois o tipo de colesterol presente no ovo é metabolizado de forma benigna pelo corpo humano.
A clara é onde se concentra a maior carga nutritiva do ovo. É nela que está presente a maioria das proteínas do alimento. "A proteína é um regenerador natural. Uma pessoa que fez algum tipo de cirurgia ou sofre de desnutrição pode fazer o uso desse alimento como um auxiliador no processo de cura", afirma a nutricionista Geise Belo.
O ovo é um alimento que fornece aminoácidos essenciais que nosso corpo não é capaz de produzir, tem baixo valor calórico e é uma das poucas fontes externas de vitamina D e K, além de conter outras vitaminas e minerais que ajudam no equilíbrio do organismo.
Comer ovos emagrece. O médico Nikhil Durandhar, da Universidade Estadual da Louisiana, comparou dois grupos de mulheres em dieta para emagrecer. Um dos grupos comeu dois ovos mexidos no desjejum. O outro, alimentos à base de carboidratos, como pães, torradas e bolos. E, ao final de dois meses, aquelas mulheres que optaram pelos ovos emagreceram 65% mais do que as outras.
É um tipo de terapia adoptado em diversas correntes da medicina tradicional que emprega ventosas. Em chinês é representada pelo ideograma 拔罐.
A utilização das ventosas no tratamento de doenças não é uma exclusividade da Medicina Chinesa, existem informações do seu uso desde o antigo Egipto, ela também é mencionada nos escrito de Hipócrates e praticada pelo povo Grego no século IV a.C., possivelmente conhecida e utilizada por outras nações antigas.
Hipócrates também usava ambos os métodos de ventosa “seca” e “molhada” como principal tratamento nas desordens menstruais.
Ele prescrevia grandes ventosas de vidro a serem aplicadas nos seios de mulheres que sofriam de menorragia. Assim como nas “descargas amareladas vaginais”, pelo uso de ventosas durante um longo período de tempo em diferentes partes das coxas, na virilha e abaixo dos seios.
Hipócrates era cuidadoso na prevenção da anti-sepsia após a ventosa, e adverte com o seguinte conselho:
“Quando em aplicação de ventosa molhada, se o sangue continuar a fluir após o instrumento inspirador tiver sido removido, se o fluxo de sangue ou soro for copioso, os copos de ventosa precisam ser aplicados novamente até que da área tratada tenha se retirado o abstracto”.
De outra forma, o sangue vai coagular, retendo-se nas incisões, e úlceras inflamatórias podem se formar. Aconselha-se banhar estas partes em vinagre. O local não pode ficar humedecido. Nunca permitir que o paciente se deite sobre as escarificações, e estas devem ser tratadas com medicamentos para feridas inflamadas.
O antigo instrumento utilizado para fazer ventosas era a cabaça, conhecida naquela época como “curubitula” que em latim significa ventosa. Nas regiões primitivas do mundo, a ventosa tem registos históricos que datam de centenas a milhares de anos. Nas suas formas mais primitivas, era utilizada pelos índios americanos que cortavam a parte superior do chifre dos búfalos, com cerca de 10 cm de comprimento, provocando o vácuo por sucção oral na ponta do chifre, sendo de seguida tamponado.
O uso de ventosas no Ocidente antigo era um elemento terapêutico corriqueiro e de grande valor panaceico. Pois por falta de outros recursos médicos, a ventosaterapia era utilizada praticamente na cura de todas as doenças. Abordado por essas épocas como um instrumento curativo mágico, pelo contacto íntimo com o interior do corpo através do sangue. Ela era respeitada também pela sua actuação no elemento energético gerado pela respiração. Teoria que se aproximava dos conceitos de Medicina Oriental
Celsus adverte que a aplicação de ventosas é benéfica tanto para doenças crónicas como para agudas, incluindo ataques de febre, e particularmente nos stressados. Quando há perigo de fazer sangria, o recurso mais seguro é aplicar nesses pacientes ventosas secas.
Ele adverte sobre a ocorrência de edema nas ventosas, sejam secas ou molhadas. Descreve ventosa seca em vários lugares para tratar paralisia, ventosas nas têmporas e na região occipital em caso de dores de cabeça prolongadas.
No século passado, a operação de inspirar copos de ventosas no corpo consistia em colocar sobre a pele uma campânula de vidro ou outras formas de inspiradores semelhantes aos copos de ventosas, após fabricar vácuo pela queima do ar no seu interior, Devendo aplica-las de pronto sobre a pele para gerar sucção no local. Este método chamado de “ventosa seca” era aplicado na pele nua, causando trauma subcutâneo e agindo como contra-irritante.
Outro método também comummente aplicado era chamado de “ventosa molhada”. Neste método, a pele era irritada por meio de um instrumento cortante, provocando uma leve sangria chamada de “escarificação”, imediatamente antes de a ventosa ser aplicada. Este método era considerado especial para se provocar sangria, sendo também reconhecido pelos antigos médicos como uma medida contra-irritante.
As medidas contra-irritantes provocam o deslocamento da dor e o efeito conhecido na medicina oriental como “alívio da superfície do corpo”, muito útil no combate das dores por espasmo musculares enrijecimentos musculares, reflexos causadores de falsas dores, nos rins e pulmões.
A Disprosopia também conhecida como duplicação craniofacial é um distúrbio raro no qual o rosto da mesma pessoa é duplicado na sua cabeça. A condição é causada por uma proteína responsável por determinar as características do rosto e seu excesso leva a um segundo rosto espelhado.
A falta da proteína leva a características faciais pouco desenvolvidas. Normalmente este tipo de anomalia sequer permite que a criança nasça com vida, mas Lali Singh, nascida em 2008, sobreviveu por dois meses antes de sofrer uma paragem cardíaca.
Em 2008, uma menina nascida na Índia, Lali Singh, tornou-se a criança mais conhecida por ter a Disprosopia.
Ela nasceu em 10 de Marco de 2008 numa família de casta inferior que vivem na aldeia Sanai Sampūra perto de Delhi, o nascimento foi dificultado por distocia causado pela sua cabeça grande, e teve que nascer num hospital com uma episiotomia.
Foi das poucas crianças que nasceu com a doença rara, chamada Disprossopia. Nasceu com traços faciais, incluídos dois pares de olhos, dois narizes e duas bocas (mas apenas um par de orelhas). Lali Singh, filha de Sushma e Vinod Singh, foi vista como a reencarnação da deusa Durga, que tem três olhos. Pensou-se também que Lali era a reencarnação do deus hindu Ganesh.
Em Abril de 2008, Sushma e Vinod Singh tinham recusado a solicitação dos médicos locais para avaliar a sua filha com CT ou MRI digitalização. Sem diagnóstico por imagem, não era possível saber a extensão à qual a condição da criança podia ter afectado o seu cérebro e outras estruturas vitais em sua cabeça e pescoço. Assim, qualquer estimativa de sua capacidade de sobreviver ou prosperar, só poderia ser especulativa, embora a família Lali descreveu-a como funcionar normalmente.
Também é desconhecido se neurocirurgiões e cirurgiões craniofaciais, se foram consultados, se haveria soluções viáveis para oferecer no que diz respeito à cirurgia correctiva.
Um médico local disse aos jornalistas que a bebé devia ser considerada uma criança saudável, que viveria uma vida normal, que teria ocorrido uma eventualidade desconhecida entre os portadores do transtorno.
Os dois olhos de Lali, sofria de opacidade da córnea devido à anatomia anormal dos músculos faciais, o que a impedia de fechar correctamente os olhos (foi injustamente acusado de flashes de câmaras).
Fissura de palato causou dificuldades em alimentá-la em condições de vila. Uma dieta pobre se alimentava por um frasco de solução de açúcar e leite diluído, que escorria pela garganta dela, porque ela não conseguia sugar adequadamente por causa da fissura palatina, enfraquecido o seu estado, deu origem a vómitos e a infecção começou.
A Admissão hospitalar foi adiada por uma discussão (inclusive levá-la de volta para casa hospitalar), entre os seus parentes e sua aldeia chefe. Finalmente os seus pais, alarmados com a doença e desidratação, desafiaram os seus outros parentes e levaram de volta ao hospital, onde, sob tratamento médico apropriado, incluindo antibióticos e uma solução salina por gotejamento, ela começou a melhorar, e parou de vomitar, e começou a beber leite e defecando normalmente; mas seis horas mais tarde, em dois meses de idade para o dia, ela morreu de um ataque cardíaco.
Ela foi enterrada em sua aldeia, como é habitual no hinduísmo, com crianças que morrem muito jovens. Mais tarde, um templo foi construído na aldeia em sua memória.
A diprosopia ou duplicação craniofacial é uma deformação rara que aparece em humanos, mas também noutros animais: gatos, ratos e bovinos. Essa duplicação da face faz o animal aparentar ter duas cabeças, sendo que vemos uma face colada na outra. Essa anomalia traz consigo vários problemas que ameaçam a vida do animal em questão.
São mais de sete mil já identificadas em todo o Mundo, mas em Portugal apenas se conhecem três centenas de doenças raras.
Segundo um estudo divulgado há cerca de um ano pela Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras - Raríssimas, estas doenças estão diagnosticadas em cerca de 400 portugueses, 75 por cento crianças e 25 por cento adultos.
Porém, e de acordo com um inquérito divulgado pela Organização Europeia das Doenças Raras, Portugal está na cauda da Europa, no que se refere ao diagnóstico destas patologias.
Aliás, a própria Raríssimas defende que os números de que dispõe actualmente servem simplesmente de amostra, já que não existe no nosso país um registo relativo às patologias menos comuns.
O inquérito da Organização Europeia das Doenças Raras é ainda mais implacável com Portugal quando chega à conclusão de que 40 por cento das pessoas inquiridas tiveram de lidar com um diagnóstico errado, antes de ter um diagnóstico definitivo da patologia.
Um dos aspectos mais graves que o estudo tornou visível é o facto de que muitas das pessoas afectadas tiveram de esperar entre cinco e trinta anos pelo tal diagnóstico definitivo.
A verdade é que, se há diagnósticos mais ou menos simples, outros podem ser muito complexos, até que, pelo facto de serem muito pouco ou nada comuns, torna-se difícil para que os profissionais de saúde reconheçam as patologias.
Mas se, por um lado, Portugal está relativamente atrasado no que diz respeito à detecção destas doenças, por outro, mecanismos têm vindo a ser criados para melhorar a informação sobre o tema.
É o caso da "Orphanet" que tem uma extensão portuguesa a funcionar no Instituto de Genética Médica Jacinto Magalhães, no Porto. Esta é uma base de dados relacional com informação sobre doenças raras e medicamentos órfãos, que pretende contribuir para melhorar o diagnóstico, seguimento e tratamento das doenças raras. A versão actual da base de dados inclui 3.687 doenças, com informação científica detalhada sobre cerca de 1.100 através de um texto descritivo, lista de sintomas (com frequências relativas), links e outros sites de interesse.
A título de curiosidade, no site oficial da "Orphanet", é referido que «no nosso país verifica-se uma quase total inexistência de informação disponível em português, o que se reflecte negativamente no seu impacto na sociedade em geral».
Criada há alguns anos, a Raríssimas também oferece apoio a doentes, famílias, amigos e todos aqueles que vivem e convivem de perto com doenças raras. Para além de prestar apoio social e jurídico às famílias, a associação tem vindo a lutar para que estas patologias sejam mais conhecidas não só do público em geral, mas também dos profissionais de saúde.
Refira-se ainda que, de acordo com a União Europeia, existem na Europa mais de 20 milhões de pessoas com doenças raras, sendo que a UE determina que são "raras" as patologias que afectam uma em cada duas mil pessoas.
Na Madeira, também existem alguns casos de doenças raras. Filomeno Paulo Gomes, presidente do Conselho de Administração do Serviço Regional de Saúde (SRS), afirma que «dentro do rácio da nossa distribuição populacional, também nos tocam algumas patologias daquelas consideradas raras ou raríssimas».
De entre as que já foram diagnosticadas, Filomeno Gomes referiu, a título de curiosidade, existirem na Região dois casos da Doença de Gaucher, entre outras que colocam por vezes aos SRS «algumas dificuldades ao nível dos diagnósticos e das terapêuticas».
Questionado sobre os meios de diagnóstico, o presidente do SRS afirmou ao DIÁRIO existirem várias metodologias que podem ser seguidas, sendo que algumas delas são possíveis na Madeira e outras apenas podem ser realizadas no continente. Segundo referiu, estas doenças podem ser detectadas, por exemplo, através de biópsias musculares, análises bioquímicas ou testes genéticos, sendo que para estes é possível recorrer ao Laboratório de Genética Humana (LGH) da Universidade da Madeira.
António Brehm, responsável por este laboratório, afirma que o diagnóstico de uma doença é fácil de ser feito, desde que «a génese da patologia esteja perfeitamente estabelecida do ponto de vista laboratorial e da literatura».
O LGH já se deparou com análises deste tipo, referiu o responsável, acrescentando que, à medida que se realizam os trabalhos, «vamos implementando diagnósticos em cada vez maior número».
Além disso, sublinhou que «o laboratório, do ponto de vista do "know-how" e do equipamento, está habilitado para fazer seja o que for», desde, claro, que as géneses das doenças sejam conhecidas. Estudos de fundo sobre a origem de doenças ainda não são feitos no Laboratório de Genética Humana, apenas por «falta de fundos», acrescentou.
Mas apesar das dificuldades, a Madeira ainda dá algumas cartas naquilo que é a investigação genética. Um dos exemplos desta situação foi o trabalho que recebeu o Prémio Zarco em 2005.
Helena Caldeira Araújo, a autora, no âmbito do trabalho de doutoramento, descobriu o erro genético com que nascem as pessoas que sofrem de deficiência da guanidinoacetato metiltransferase, um desarranjo raro do metabolismo que provoca atraso mental.
Na investigação foram identificados 4 casos na Madeira, os primeiros conhecidos em Portugal, de uma doença detectada apenas em 1994, e da qual existiam à data apenas 12 casos identificados no Mundo.
A médio e longo prazo esperam-se novos avanços ao nível da investigação nacional, para que Portugal deixe de estar na cauda da Europa no diagnóstico de doenças raras. O futuro o dirá.
Em Portugal, e principalmente ao longo dos últimos anos, algumas doenças raras já foram diagnosticadas, sendo, por isso, objecto de estudo e de maior conhecimento.
Um destes casos é a Síndrome de Angelman, também conhecida como "Síndrome da Boneca Feliz". Associada a uma perturbação no cromossoma 15, as pessoas portadoras desta doença apresentam um défice cognitivo muito grave.
A Síndrome de Prader-Will tem também a ver com uma alteração do cromossoma 15, mas desta vez com a ausência de contribuição paterna. Com atrasos na linguagem e actividade motora, todos os indivíduos com esta síndrome manifestam atraso mental, puberdade incompleta e infertilidade.
Afectando um doente em um milhão, a Síndrome Bernard Soulier é uma doença hereditária, autossómica recessiva, porque ambos os progenitores têm um defeito sem expressão nos próprios mas cuja combinação leva a que o bebé nasça com esta doença que afecta o sangue.
A Doença de Cornélia de Lange, que já tem uma consulta especializada no Hospital D. Estefânia, foi diagnosticada em 50 portugueses. Segundo a revista "e-ciência", «as "vítimas" desta doença são recém-nascidos pequenos, com pouco peso, que apresentam uma microcefalia e característica faciais específicas que se misturam com os traços herdados pelas suas famílias».
Existe já tratamento para a Doença de Fabry, uma patologia hereditária e provada por uma anomalia genética. O diagnóstico desta doença é feito através de uma biópsia ou de análises ao plasma sanguíneo e aos leucócitos.
A Síndrome "Cri-du-chat" (alteração do cromossoma 5), a Doença de Gaucher (deficiência enzimática que afecta pelo menos 80 portugueses), a Síndrome de Kabuki, a Síndrome Vogt-Kyoanagi-Haradas (afecta vários sistemas do corpo humano), a Doença de Kawasaki (inflamação aguda dos vasos sanguíneos) e a Doença de Acromegaly (doença crónica que vai progredindo lentamente, afectando os adultos e que se caracteriza pelo excessivo crescimento hormonal) são outras das doenças raras já conhecidas no nosso país.
A Doença de Chron e a Tetralogia de Fallot (patologia do conhecido "menino azul") também já foram diagnosticadas em Portugal. Mas ainda falta muito para que estas doenças raras se tornem mais conhecidas.
Recorde-se que as doenças raras (a maioria tem origem genética) são crónicas, graves, progressivas e podem provocar sérias incapacidades.
Mas, acredite, isso não está errado. Pelo menos é o que confirmam alguns médicos. "Um banho por dia já seria mais do que suficiente", diz a dermatologista Luciana Conrado. "E se a pessoa realmente sentir necessidade de tomar dois, é melhor que, no segundo, use o sabonete apenas na área genital e nas axilas."
Alguns médicos chegam a recomendar o popularmente conhecido banho de gato, em que, com uma tolha húmida e sabão, é feita a higiene básica nos braços, entre as pernas e na sola dos pés. "Em países como a França, isso é comum pela cultura deles, e seria suficiente para manter a limpeza do corpo", ressalta a dermatologista. "Aqui no Brasil, um país tropical, é mais difícil, pois a população sente necessidade de se refrescar."
Diz a sabedoria popular que... quanto mais banhos tomamos, mais limpos ficamos. Lavar-se com um bom sabonete e enxaguar logo em seguida com água quente deveria matar todos os germes presentes na pele. No entanto, estudos médicos indicaram exactamente o oposto. O uso de sabonete velho e liso (ao contrário de sabonetes anti-bacterianos) não mata as bactérias presentes na pele. Além disso, o uso do sabonete pode transferir as bactérias para o ambiente em redor, como por exemplo, a área do chuveiro.
Tomar banho regularmente é o ideal para uma boa higiene pessoal. Tomar banho demais, porém, pode ter efeitos potencialmente prejudiciais para a pele. O aconselhável será um banho por dia, ainda assim, é recomendável “pular” uns banhos de vez em quando!
A camada mais externa da superfície de nossa pele (chamada de estrato córneo ou camada córnea) funciona como uma barreira feita de células mortas da pele. Essas células mortas da pele dão protecção para as camadas localizadas abaixo, com células saudáveis. A camada córnea é mais do que simplesmente células mortas - é também formada por lipídios que são compostos de gordura que ajudam a manter a pele húmida, protegendo o indivíduo contra as variações de temperatura.
Sempre que toma-mos banho (especialmente banho quente), com sabonete e uma esponja, estamos a prejudicar a camada córnea da pele. O facto de “esfregar” acelera ainda mais esse processo. Quanto mais banhos toma-mos, mais isso acontece e, a pele tem menos tempo para refazer a produção natural de óleo. Além disso, a camada córnea da pele pode simplesmente desaparecer ao ser esfregada, expondo as células saudáveis. Como resultado, a pele de quem toma banhos demais é geralmente seca, irritada e rachada.
Outro problema relacionado a "muitos banhos" é o uso de toalhas. Apesar do acto de esfregar-se com uma toalha seca após o banho ser uma prática comum, danifica a pele. “Secar-se ao vento” é o que há de melhor para fazer após um banho, porém, se não tem tempo para esperar a água “evaporar” ou não gosta de andar pelado pela casa, pode usar uma toalha. Apenas certifique-se de que ela seja macia e não se esfregue – dê pequenas chapadinhas para enxugar-se.
A química da pele é diferente de pessoa para pessoa, então, tomar banhos diariamente pode não ser tão prejudicial para uns como é para outros. Pode também proteger a sua pele usando sabonetes macios e água morna em vez de água muito quente e passe um hidratante após o banho.
É preciso haver um equilíbrio entre pele limpa e saudável.
Nesta doença rara a criança aparentemente parece estar sempre a sorrir!
A síndrome de Angelman foi descrita, pela primeira vez, em 1965, pelo pediatra H. Angelman, com base na observação de três crianças, não consanguíneas (isto é, sem qualquer parentesco), que apresentavam um défice cognitivo (impropriamente designado por atraso mental ou por deficiência mental) muito grave, “uma cara de boneca”, uma face característica (ver adiante) e paroxismos (acessos muito intensos) de riso não intencional ou despropositado. Em 1982, C. Williams e J. Frias fazem uma descrição mais completa da síndrome de Angelman e documentam melhor a sua história natural (evolução da doença, com as suas complicações, etc. …) e sugerem que a designação de Síndrome da Boneca Feliz (“Happy Puppet Syndrome”), anteriormente proposta, era inapropriada.
A síndrome de Angelman está associada a uma perturbação (frequentemente, ausência) de material genético de origem materna, localizado no cromossoma 15. Quando, nesta mesma localização cromossómica, há uma alteração do material genético de proveniência paterna, as crianças apresentam outras características físicas e desenvolvimentais e a doença toma a designação de síndrome de Prader-Willi (é uma doença menos grave e que será, oportunamente, objecto de melhor atenção neste mesmo espaço). No mesmo casal, e relativamente aos próximos filhos, parece haver um risco ligeiramente aumentado de recorrência da síndrome de Angelman. Até hoje, não foi referido na literatura qualquer caso de descendência (actividade procriativa) das pessoas com a síndrome de Angelman.
A síndrome de Angelman é bastante rara, mas a sua exacta prevalência (número de casos existentes em determinada população e em certo período de tempo) é desconhecida.
A face das pessoas com a síndrome de Angelman é muito característica: boca grande, maxilar inferior grande (prognatismo mandibular), maxilar superior pequeno (hipoplásico), língua exposta fora da boca, cabeça pequena e achatada na região occipital (microbraquicefalia), cabelo louro (em 65% dos casos descritos) e olhos azuis pálidos (em cerca de 88% dos casos referenciados). Adicionalmente, apresentam ataxia (incoordenação dos movimentos voluntários do corpo, resultante de uma incapacidade para controlar a actividade muscular, por forma a permitir que a execução dos mesmos seja suave), movimentos não intencionais, sacudidos e descontrolados dos braços e uma marcha desarticulada, similar às das bonecas (“puppet-like-gait”).
Relativamente ao desenvolvimento psicomotor, as crianças com síndrome de Angelman apresentam, geralmente, um défice cognitivo muito grave, com marcados atrasos nas aquisições motoras (algumas das crianças com esta síndrome nunca virão a andar, mas uma boa parte conseguirá fazê-lo pelos seis anos de idade, embora com as limitações já apontadas) e linguísticas (na maioria dos casos, não há aquisições verbais ou dizem menos de seis palavras; contudo, parece haver, em certas crianças, uma razoável capacidade para a utilização de gestos).
Assim, pode-se afirmar que um grande número de crianças, adolescentes e adultos com a síndrome de Angelman tem uma deficiência profunda (é preferível utilizarmos o termo “com deficiência” do que “deficiente”; exemplifiquemos: é mais acertado dizer “as crianças com deficiência que frequentam a escola lá do bairro” do que “as crianças deficientes que frequentam a escola lá do bairro”). Um comportamento muito frequente é o riso paroxístico (acessos de riso incontrolado, despropositado, não intencional e desadequado aos contextos sociais; contrariamente ao que se penava há uns tempos atrás, este riso descontextualizado não está associado a uma sensação de felicidade ou de alegria, mas antes a uma perturbação do tronco cerebral).
Outros achados frequentes são as convulsões (por vezes, muito difíceis de controlar), algumas alterações oftalmológicas (como o estrabismo e a miopia), as dificuldades alimentares nos primeiros anos de vida (recusa alimentar relacionada com a introdução de novos alimentos e sérias perturbações da mastigação e da deglutição) e as perturbações do sono (pouca necessidade de dormir).
Num caso, pelo menos, foi descrita a associação da síndrome de Angelman ao autismo. Alguns autores assinalam a elevada ocorrência de Pica (tendência para a ingestão persistente de substâncias não utilizadas na alimentação, sem qualquer valor nutritivo ou inapropriadas para os padrões culturais familiares, como são exemplos a terra, o giz, o gelo,…).
A intervenção na síndrome de Angelman é assaz difícil. A intervenção integrada (isto é, médica, educativa e social) deve ser iniciada o mais precocemente possível. Será útil recorrer à sinalização gestual (quando, por exemplo, se diz bola, deve fazer-se o gesto de bola). Mas a grande ênfase deve ser colocada no desenvolvimento do comportamento adaptativo (diz respeito à maneira como a criança, adolescente ou adulto lida, no quotidiano, com os problemas concretos pessoais e sociais, expressos, por exemplo, pela forma como come à mesa ou atravessa uma passadeira para transeuntes). A integração (hoje, prefere-se o termo inclusão), em todas as suas dimensões, embora constitua um imperativo ético, não é um processo nada fácil.
Todavia, deve se feito um grande esforço para que estas crianças, adolescentes e adultos sejam bem aceites, acarinhados e respeitados na família, na escola (regular), na associação desportiva ou recreativa, na rua e em todos os locais, ambientes e circunstâncias. Antes de tudo, são pessoas iguais, no seu interior, a todos nós, embora com muitas diferentes no aspecto exterior ou no comportamento. Sentem, choram, pensam, sofrem e amam como quaisquer outras pessoas (embora numa dimensão naturalmente peculiar). Estas diferenças, muitas vezes interpretadas como incapacidades na nossa sociedade competitiva, egoísta e consumista, não podem gerar uma discriminação ou uma segregação social (quando muito, pode-se defender o conceito de discriminação positiva, por forma a proporcionar às pessoas com dificuldades, incapacidades ou desvantagens um maior número de regalias e atenção social).
A nosofobia é o medo de adoecer, é o que leva o fóbico a se julgar doente; começa pelo medo de se infectar por micróbios, por isso, até não dá a mão nos cumprimentos… essa fobia conduz rapidamente à hipocondria (busca obcecada de tratamento para doenças inexistentes).
Há pessoas que vivem mortificadas limpando, o que muitas vezes está limpo, vendo sujidade insuportável na mais pequena poeira. A mania de limpar as maçanetas das portas que leva à fobia dos micróbios e doenças por eles produzidas (nosofobias).
Muitas mulheres, utilizam produtos não muito aconselháveis na sua higiene íntima pelo receio de não estarem correctamente limpas. Chega-se mesmo a cair no exagero e no abuso da limpeza, movidas pelo medo de odores desagradáveis e dos micróbios.
Os microrganismos, também conhecidos por germes ou micróbios, são pequenos seres vivos que não podem ser vistos a olho nu. Podem encontrar-se em quase todos os locais do planeta. Alguns são inofensivos e outros são nocivos para o ser humano. Apesar de extremamente pequenos, podem ter tamanhos e formas diversas. Há três tipos principais de micróbios:
Os Vírus são os micróbios mais pequenos e são geralmente nocivos para os humanos. São organismos que não podem sobreviver por si próprios. Precisam de uma célula “hospedeira” para se reproduzirem e sobreviver. Assim que penetram na célula “hospedeira” multiplicam-se rapidamente aos milhões, provocando a destruição da célula durante este processo!
Os Fungos são organismos multicelulares, que tanto podem ser benéficos como nocivos. Obtêm o seu alimento através da decomposição de matéria orgânica ou vivendo como parasitas num organismo hospedeiro. Podem causar directamente infecções no organismo ou envenenar os alimentos que ingerimos. Mas também podem ser benéficos, como o Penicillium, que produz penicilina e como os Agaricus (cogumelos) que servem para a nossa alimentação.
As Bactérias são organismos unicelulares que se multiplicam exponencialmente em cada 20 minutos. Ao crescer podem produzir substâncias (toxinas) que são muito prejudiciais para a saúde e provocar doenças (exº Staphylococcus aureus); outras são completamente inofensivas e até benéficas (exº: Lactobacilus que se usa na indústria alimentar). Nalguns casos são até indispensáveis para a vida humana, como é o caso daquelas que são responsáveis pelo crescimento das plantas (Rhizobacterium). As bactérias benéficas ou inofensivas designam-se por não-patogénicas, enquanto as nocivas são conhecidas como patogénicas.
As Bactérias podem ser classificadas, quanto à forma, em três grupos: Cocos (arrredondados), Bacilos (tubulares) e Espirais. Os Cocos também ser sub-divididem em três grupos, pela forma como se agregam: Estafilococos (aos cachos), Estreptococos (em cadeia) e Diplococos (aos pares). Os cientistas usam esta classificação para identificar qual a infecção que o paciente tem.
Somente 1 a 3% são patogénicos, 87% são benéficos ou não prejudiciais e 10% oportunistas, isto é, podem causar doenças se eles atingirem local apropriado.
Os seres humanos obtêm muitos benefícios a partir das relações estabelecidas com a sua microbiota endógena. Alguns nutrientes, como as vitaminas K, B12, o ácido pantoténico, a biotina, a piridoxina são obtidos a partir de secreções de bactérias coliformes. Além disso, estes micróbios endógenos, que vivem nos seres humanos, fornecem uma fonte constante de substâncias irritantes e antígenos que estimulam o nosso sistema imune.
Outros microrganismos não patogénicos tornam possível a produção de iogurte, queijo, pão, cerveja, vinhos e muitos outros alimentos e bebidas. Muitas bactérias e fungos são saprófitas, que ajudam na fertilização, devolvendo nutrientes inorgânicos, ao solo.
Nós somos densamente povoados por dentro e por fora, de bactérias. A população bacteriana, que tem como lar o corpo humano, é fantástica, sendo 10 vezes superior ao número de células existente no nosso corpo. Existem dez vezes 100 triliões de bactérias, da boca ao recto, e na superfície da pele. Apesar disso, o mais surpreendente é que o feto, em condições sadias, é estéril sob o ponto de vista microbiológico.
O feto não possui microbiota endógena. Durante e após o nascimento, um recém-nascido é exposto a vários microrganismos de sua mãe e a tudo o que entra em contacto. As relações entre a microbiota endógena e o hospedeiro humano são excelentes exemplos de simbiose, um termo aplicado a relações gerais entre organismos diferentes vivendo juntos em estreita relação. Essa relação pode ser benéfica, inofensiva ou prejudicial para um, para vários ou para todos os simbiontes. Na realidade, existe simbiose dentro de todas as nossas células e fora no sistema vivo humano.
Sem a presença de micróbios, no nosso planeta, o ser humano e outros organismos vivos deixariam rapidamente de existir.
Os micróbios são responsáveis por 90% das reacções bioquímicas produzidas na Terra.
Eles estão presentes em grande número na Terra, incluindo os meios extremos. Na verdade o Mundo é microbiano. Os micróbios estão associados às actividades fundamentais na natureza, participando em todos os ciclos de transformação da matéria, bem como em muitas actividades úteis e em algumas nocivas também. Esta extraordinária descoberta revolucionou a nossa visão do mundo.
Não tenha medo dos micróbios, eles estão em toda a parte, esses minúsculos seres, fazem parte da nossa vida!
A Síndrome de Moebius é uma doença rara caracterizada por uma paralisia facial, ou seja, há perda de movimentos do rosto. Essa paralisia pode ser total (quando a pessoa não consegue realizar nenhum movimento com os músculos da face) ou parcial (quando a pessoa consegue realizar alguns movimentos, porém reduzidos). São afectados os movimentos dos olhos e os movimentos da face que expressam emoções.
A Síndrome de Moebius é um distúrbio neurológico extremamente raro. Decorre do desenvolvimento anormal dos nervos cranianos, possui como principal característica a perda total ou parcial dos movimentos dos músculos da face, responsáveis pelas expressões e motricidade ocular.
A causa da doença ainda não está esclarecida. Algumas pesquisas apontam que há deficiência na formação do nervo motor que enerva os músculos da face. Já outras indicam que há ausência de tecido muscular para a realização dos movimentos. Alguns pesquisadores defendem a teoria de que a doença seja hereditária (transmitida dos pais aos filhos através dos genes), já outros acreditam que a causa seja teratogénica (malformação originada durante a gravidez e causada por agentes químicos ou físicos, como alguns remédios ingeridos pela mãe).
Apesar de não se ter muitas certezas quanto às causas da doença, uma pesquisa realizada em 1996 sugere fortemente que pode estar ligada ao uso de misoprostol: 49% das crianças portadoras da Síndrome de Moebius estudadas nasceram após tentativas frustradas de aborto com o uso de misoprostol. O misoprostol, medicamento vendido com o nome de Citotec usado para o tratamento de úlcera gástrica, é usado de forma clandestina para provocar abortos. Quando o aborto não ocorre o desenvolvimento do embrião é prejudicado e ele pode nascer com a Síndrome de Moebius.
Os nervos afectados na doença são o abducente e o facial, porém, muitas vezes há anomalias de outros pares de nervos cranianos, principalmente o glossofaríngeo e o hipoglosso. Como cada nervo é responsável por uma região da face, de acordo com os nervos afectados em cada caso há um conjunto de manifestações.
As manifestações mais frequentes são as seguintes:
Face em máscara ou falta de expressão facial, inabilidade para sorrir, estrabismo, ausência de movimentação lateral dos olhos e do piscar, fissura palpebral, dificuldade para fechar os olhos seguidos de ressecamento da córnea, fraqueza muscular na parte superior do corpo, hipoplasia de mandíbula e de maxila, baba, palato alto e estreito, língua pequena ou mal formada, alterações de dentes, alterações na fala, problemas auditivos, malformações de extremidades, polidactilia (dedo extra numerário) e sindactilia (dedos unidos), miopatia primária, retardo mental, hérnia umbilical, pés tortos congénitos, contractura flexora de joelhos e tornozelos.
Essa síndrome não possui cura, o seu tratamento tem como objectivo proporcionar maior qualidade de vida ao portador, inclui cirurgias correctivas (ortopedia e estrabismo), fisioterapia, fonoterapia e terapia ocupacional.
Como em muitas doenças raras, um dos aspectos mais frustrantes de quem está envolvido com Moebius é a falta de conhecimento do problema por parte de profissionais da área médica. Por causa disso, muitas crianças são diagnosticadas correctamente apenas meses e muitas vezes anos depois do nascimento.
As alterações de expressão podem muitas vezes ser confundidas com outras síndromes e, no caso de haver um engano no diagnóstico, esses pacientes passam por tratamentos incorrectos e, além de não conseguirem se desenvolver adequadamente, podem sofrer problemas psicológicos.
Frequência: Ao redor de 80 casos documentados na Espanha, 200 na Inglaterra e 5 na Argentina.
A Síndrome de Reye é uma doença muito rara e séria, que normalmente afecta crianças com idades entre 4 e 12 anos, e pode ser mais comum durante epidemias de inverno, onde o número de doenças virais aumenta. A doença é potencialmente fatal causando danos irreversíveis ao cérebro e ao fígado. Como resultado do fígado danificado, que não trabalha correctamente, amónia e outras substâncias químicas prejudiciais se acumulam no sangue e afectam o cérebro, causando mudanças no estado mental (delírio, estupor e coma). Pesquisas epidemiológicas mostraram uma associação entre o desenvolvimento da Síndrome de Reye e o uso de aspirina (ou outros medicamentos que contenham salicilatos), por este medicamento tratar os sintomas de enfermidades como, catapora, resfriados, etc".
A Síndrome de Reye e seus Sintomas
A Síndrome de Reye é uma doença que afecta principalmente crianças, embora possa ocorrer em qualquer idade. Ela afecta todos os órgãos do corpo, mas é mais prejudicial ao cérebro e ao fígado, causando um aumento agudo de pressão dentro do cérebro e, frequentemente, acúmulos volumosos de gordura nos demais órgãos. A Síndrome de Reye é definida como uma enfermidade de duas fases porque geralmente ocorre junto com uma infecção viral prévia, como gripe ou catapora. A desordem acontece normalmente durante a recuperação de uma infecção viral, embora também possa se desenvolver alguns dias depois do início da doença. Os cientistas afirmam que a Síndrome de Reye não é contagiosa e sua causa é desconhecida. Em função disto, a doença é muitas vezes erradamente diagnosticada como encefalite, meningite, diabete, overdose de droga, envenenamento, síndrome de morte infantil súbita ou doença mental.
"Os sinais e sintomas da Síndrome de Reye quase sempre começam abruptamente, normalmente 5 a 7 dias depois da enfermidade viral começar",. "A criança se sente nauseada, vomita constantemente e ocorrem mudanças nas funções mentais, tais como letargia, indiferença, ou confusão. Eventualmente a criança entra em delírio e começa a respirar rapidamente", salienta o médico. De acordo com o especialista, como os progressos da síndrome são rápidos, o respirar pode repentinamente ficar lento, a criança entrar em coma, e vir a morrer. Os sintomas aparecem em geral quando o paciente deveria estar se recuperando da infecção. No caso de ocorrerem os seguintes sintomas, estes devem ser considerados seriamente como sendo os primeiros possíveis sinais da Síndrome de Reye:
- Vómitos persistentes e contínuos.
- Languidez - perda de ânimo e energia, sonolência
- Troca de personalidade (como irritabilidade e belicosidade).
- Desorientação (incapaz de identificar os membros da família).
- Delírio e convulsões.
No entanto, os sintomas da síndrome em crianças não seguem um padrão típico. Vómitos, por exemplo, nem sempre acontecem.
A doença afecta principalmente crianças, embora possa ocorrer em qualquer idade, variando entre 6 meses e 15 anos. Felizmente, é rara, com uma incidência anual que varia de 0,16 a 0,88 para 100.000 crianças, com variações regionais e redução progressiva desde a década de 80, geralmente explicada pela contra-indicação do uso de aspirina para febre em crianças.
Outros nomes: cavalinha, cavalinha dos campos, cauda de cavalo, cauda de raposa, qüisseto, erva canuda, erva canudo, lixa vegetal, milho de cobra, rabo de cavalo.
Familía das: equisetáceas
Características: O seu nome é de origem latina, composto por “equi” (cavalo) e “setum” (cauda), ou seja, rabo de cavalo. São plantas vasculares, perfazendo cerca de 16 espécies de plantas do género Equisetum. A cavalinha é uma planta perene. Não possui flores e, conseqüentemente, nem sementes; algumas espécies possuem folhas verticiladas, mas reduzidas a tamanho insignificante. Estas plantas perenes e herbáceas, secam no inverno (para a maioria das espécies temperadas) ou sempre verde (para algumas espécies tropicais, e a espécie temperada Equisetum hyemale). A maioria delas cresce 0,2 – 1,5 m de altura, embora a E. telmateia possa excepcionalmente alcançar 2,5 m, e a espécie tropical E. giganteum 5 m, e E. myriochaetum 8 m.
Nestas plantas, as folhas são muito reduzidas, mostrando-se inicialmente como pequenas inflorescências translúcidas. Os caules são verdes e fotossensíveis, apresentando como características distintas o facto de serem ocos, com juntas e estrias.Considera-se que esta planta tem mais de 300 milhões de anos sendo assim, comparativamente, uma das formas de vida vegetal mais antigas do mundo.
Habitat: Adapta-se bem a qualquer clima. Precisa de uma certa luminosidade para se desenvolver. A meia-sombra ou sol moderado é o ideal. Cresce em qualquer tipo de solo, mas prefere solos pantanosos ou campos húmidos. Esta planta está presente em todos os continentes excepto na Austrália e Antárctica.
Propriedades: É depurativa, emenagoga, diurética, anti-inflamatória, anti-hemorrágica, adstringente, anti-depressiva, cicatrizante. Tem propriedades anti-acne.
Indicações terapêuticas: Esta planta originária da Europa possui propriedades terapêuticas de acção diurética e remineralizante, que permitem a eliminação, através da urina, das substâncias tóxicas do organismo. O facto de possuir princípios activos adstringentes fazem com que a cavalinha seja útil também no tratamento de problemas circulatórios, actuando como hemostático, ou seja, substancia capaz de diminuir ou exterminar hemorragias. A estimulação da produção de fibras colágenas e elastina confere à cavalinha a propriedades de preservar e aumentar a tonicidade da pele, funcionando como um super-hidratante que confere elasticidade a peles secas e senis.
Mas não é só isso, esta planta de nome curioso participa do processo de calcificação dos ossos e age sobre as artérias, aumentando a elasticidade e a resistência dos vasos sanguíneos. A sua acção anti-inflamatória actua em casos de inchaço e inflamação da próstata e o facto de ser estimular o metabolismo das células da pele a torna cicatrizante, ajudando a recuperar com mais rapidez vários tipos de ferimentos. Por fim, as suas propriedades adstrigentes e detergentes são muito úteis no tratamento de peles com acne, através da aplicação de cremes e loções.
A Cavalinha é uma excelente planta indicada para períodos de desintoxicação e emagrecimento.
Menstruação dolorosa ou excessiva, hemorragia uterina, febre puerperal (relativa ao parto), úlcera gastroduodenal, afecções da bexiga e dos rins, doenças da prostata, pulmonares, gripes.
Nas inflamações dos olhos e em feridas, aplica-se cataplasma ou compressa quente com chá da planta.
Nas hemorragias internas e nas regras excessivas, usa-se como hemostático. Após o parto e em casos de corrimento vaginal, usa-se o chá para aplicação de lavagem vaginal.
Clareia o cabelo Combate ácido úrico, afecções nos brônquios e pulmões, anemia as aftas, alergia, ansiedade sangramentos no nariz. Melhora as estrias, a cicatrização, a flacidez da pele e músculos. É útil no tratamento do cancro.
Atenção: crianças devem utilizar metade da dose de adultos e não é aconselhável ultrapassar a dose recomendada por seu médico. Não existe nenhum tipo de restrição quanto ao uso da cavalinha por mulheres grávidas ou em fase de amamentação.
Uso cosmético: Em infusão, combate a celulite; ferva 30 gr. da erva (caules estéreis) em 2 litros de água por 15 minutos. Coe e despeje na banheira. Tome banho de imersão por 20 minutos. Repita 2 ou 3 vezes por semana. Uma infusão mais forte aplicada com ligaduras ou mesmo um cataplasma da erva, aplicada em locais do corpo propensos a celulite, faz verdadeiras maravilhas. A cavalinha é ainda excelente tónico para peles oleosas. Melhora as estrias.
Uso caseiro: Utilizada na marcenaria para polir madeira. Também usado como corante verde. Usa-se contra transpiração excessiva nos pés, sob a forma de tintura, com banhos preparados com a planta. Muito bonita em arranjos com flores, antigamente era usada como uma espécie de "esfregão" vegetal, bom para arear panelas (pelo seu teor de silício).
Só temos uma vida, por isso, teremos que vivê-la intensamente de uma maneira agradável e positiva. Faça tudo o que estiver ao seu alcance, antes que seja demasiado tarde!
Pensamento Positivo!
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