Método Kiber

Outubro 30 2010

 

              O ser humano é o único animal que pretende dormir sem estar com sono, preocupa-se se não dorme e levanta-se quando está sonolento.

                Quantas horas de sono são necessárias para o nosso repouso físico e equilíbrio mental? A resposta é muito subjectiva depende de pessoa para pessoa. Em geral os adultos necessitam de sete a oito horas de sono diário. As crianças necessitam de um período de nove a onze horas de sono, não dormindo o suficiente, ficam irritadiças e são prejudicadas na aprendizagem e na concentração.

            Certas pessoas precisam de dormir mais do que outras, Toscani necessitava apenas de cinco horas de sono, mas Calvin Coolidge necessitava do dobro. É importante que cada pessoa descubra a sua quantidade de sono adequada. Não fique alarmado por descobrir que necessita tão poucas horas de sono. Margaret Thatcher, a ex-primeira ministra britânica, o Marcelo Rebelo de Sousa e o Belmiro de Azevedo, garantem que necessitam apenas de quatro horas de sono diário.

            O cientista genial, Albert Einstein, necessitava de dez horas de sono, se ele tentasse dormir menos talvez a sua teoria da relatividade ficasse comprometida.

 

            Consultou-me um indivíduo que pretendia usar o poder mental para dormir menos, porque segundo ele “dormir era uma perda de tempo”, ele pretendia com essa prática, dormir cada vez menos, para cumprir mais tarefas quotidianas.   

            Napoleão gabava-se de só dormir quatro horas, ele próprio uma vez disse: “Seis horas de sono para os homens, sete horas para as mulheres e oito horas para os tolos”. Também ele achava que dormir era uma perda de tempo.

            Outra pessoa procurou-me porque queria dormir mais, queixava-se de insónias, durante a noite não tinha sono, só dormia um pouco de manhã, e acordava bastante tarde, confessou-me que dormia apenas um pouquinho durante a tarde. Disse-me que dantes dormia muito, era viúva e vivia sozinha, não tinha nada que fazer e gostava de dormir, como dantes o fazia.            

 

            O grande problema da insónia é a preocupação de não dormir, por isso, pense em não preocupar-se se dorme ou não, é indispensável permanecer tranquilo, e em repouso.

            Muitas pessoas, além disso, se queixam de insónia, mas na verdade não a têm. Lamentam-se, por não dormir durante oito ou nove horas, quando sete horas de sono ou talvez menos lhes seriam suficientes.

            Levante-se cedo, não fique na cama até tarde, porque passará a dormir toda a manhã e não terá sono à noite, então dirá que sofre de insónias.

            É frequente quando nos deitamos tarde e temos a preocupação de nos levantar cedo, só de pensar das poucas horas que vamos dormir, e da hora certa que temos que acordar (apesar de ser tão tarde), o sono não vem. Ora o sono não surge devido à ansiedade, porque já é tarde e temos que nos levantar cedo, essa preocupação tira-nos a tranquilidade, por isso, apesar de ser já muito tarde não temos sono, só surge o sono quando estamos tranquilos e não usamos o esforço para dormir. É o caso de muitas pessoas que adormentam no sofá, mas ficam logo despertadas quando se metem na cama. É uma lei mental: o esforço traz sempre o contrário desejado.  

 

            Dicas para vencer as insónias:

            Faça um horário certo para acordar de manhã.

            Evite as sestas a meio da tarde.

            Não ingere bebidas alcoólicas ou com cafeína à noite.

            Evitar refeições pesadas à noite, procure uma refeição ligeira.

            Evitar discussões com familiares e amigos.

            Ver televisão na cama, sobretudo programas violentos pode per­turbar a tranquilidade necessária para adormecer normalmente. O mesmo se aplica à leitura.

            A cama, o colchão, a almofada e a roupa da nossa cama têm uma importân­cia enorme para uma boa noite de sono. Se o colchão da sua cama é descon­fortável, substitua-o.

            Procurar ir para a cama apenas quando se tem sono; se demorar mais de vinte minutos a adormecer é preferível levantar-se da cama do que esforçar-se por dormir à força, procure realizar qualquer tarefa relaxante até sentir sono e voltar para a cama. Mesmo que adormeça tarde, procure levantar-se à mesma hora no dia seguinte para não alterar os seus hábitos de sono.

            A língua é um músculo que labuta por vezes com o nosso pensamento, se tenta dormir e usa diálogos interiores é natural que a língua se encontre tensa e o sono não vem, aprenda a descontrair a língua.

            Faça os seguintes exercícios: Pressione a língua até ao céu-da-boca, agora solte-a, e ao mesmo tempo descontrai-a toda a sua boca, incluindo o maxilar e os lábios.

            Quando estiver na cama, procure não pensar em nada, descontrai todos os seus músculos e imagine que está a flutuar.

            Pense numa noite em que estava com sono, visualize toda essa cena, abra a boca como se estivesse sonolento, procure bocejar até aparecer o “João Pestana”.

 

Publicado em Novembro de 2010, na Revista Boa Estrela pelo

PROF. KIBER SITHERC

 

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 18:52

Outubro 29 2010

 

            Muitas pessoas tentam dormir, mas não conseguem, devido ao medo de morrer e as suas noites tornam-se intensos pesadelos. No dia seguinte, o aspecto mórbido de palidez e de olheiras profundas, mostram as feições de algumas pessoas possuidoras da tafofobia.

           

            A tafofobia, o medo de ser enterrado vivo, costuma ser relacionada com narrativas de horror, envolvendo cadáveres exumados, que se apresentam arranhados ou virados no caixão, sugerindo que acordaram na sepultura. Por isso, o tafofóbico teme ser encerrado vivo e acordar preso dentro de um caixão sob o solo, sem poder sair, e ter que morrer debaixo da terra, sufocado sem ar.

 

            Em épocas de outrora era possível que muitos corpos fossem enterrados ainda vivos. Havia tanta gente para enterrar, que nem sempre os coveiros improvisados percebiam que o suposto defunto estava vivo. Em circunstâncias normais não há a mínima possibilidade. Nenhum morto acorda na sepultura.

 

             Há, sim, o transe letárgico, que imita a morte. O coração assume ritmo indolente, perto de dezoito batimentos por minuto; o fluxo sanguíneo torna-se lento, o indivíduo fica com aparência de morto, podendo até entrar em rigidez. Mas continua vivo, organismo funcionando, como numa hibernação. Qualquer médico constatará isso, ao examiná-lo.

 

            Catalepsia patológica é uma doença rara em que os membros se tornam rígidos, mas não há contracções, embora os músculos se apresentem mais ou menos rijos, e quem passa por ela pode ficar horas nesta situação. A catalepsia patológica ocorre em determinadas doenças nervosas, debilidade mental, histeria, intoxicação e alcoolismo.

 

             No passado já existiram casos de pessoas que foram enterradas vivas e na verdade estavam passando pela catalepsia patológica. Muitos especialistas, contudo, afirmam que isso não seria possível nos dias de hoje pois já existem equipamentos tecnológicos que, quando correctamente utilizados, não falham ao definir os sinais vitais e permitem atestar o óbito com precisão.

 

            No Chile, determinados cemitérios e agências funerárias, têm utensílios para os tafofóbicos, vendem ataúdes com uma espécie de sineta acoplada à parte interior do caixão, evitando-se assim o medo da tafofobia. Só não é possível assegurar que, uma vez tocada essa sineta, caso o caixão já esteja terra abaixo, alguém conseguirá ouvir.

 

            Ser enterrado vivo, foi um dos medos mais terríveis que existiram, ainda hoje é uma fobia partilhada por muita gente. Muitos autores, entre eles Edgar Allan Poe, escreveram sobre o assunto que foi tema de diversos filmes. Décadas atrás os equipamentos médicos não eram tão avançados e assim muitos foram sepultados prematuramente. Vejamos algumas pessoas que foram enterradas vivas.

 

            Em 1901 uma mulher grávida chamada Madame Bobin, chegou da África aparentando ter febre amarela. Ela foi transferida para um hospital de tratamento de doenças contagiosas onde acabou “morrendo” e sendo sepultada no cemitério da família. Uma enfermeira contou para os parentes da Madame que ela ainda estava quente e os músculos do abdómen tremiam quando o médico declarou a morte. O pai organizou a exumação do corpo e todos ficaram aterrorizados ao ver que o bebê havia nascido dentro do caixão e morrido por asfixia junto com a mãe.

 

            No século XIX já existiam vários mecanismos que supostamente dariam à pessoa enterrada viva a oportunidade de alertar alguém. A senhora Bluden não teve a sorte de contar com um caixão desses em 1896. Ao morrer ela foi colocada no jazigo da família, numa capela da Inglaterra. Depois do funeral alguns garotos que estavam por perto ouviram um barulho debaixo e contaram a uma professora. Ao chegarem no local a tampa do caixão estava aberta e todos testemunharam o último suspiro da pobre senhora. Todos os meios possíveis foram tentados para ressuscitá-la, mas em sua agonia para sair do caixão ela tinha rasgado o rosto na madeira e assim perdeu muito sangue.

 

            Em 18 de janeiro de 1889, um homem cuja identidade nunca ficou esclarecida, dormiu após uma longa bebedeira. Depois de 20 horas de sono os amigos acreditaram que ele estava morto e o sepultaram. Quando um sacristão ouviu batidas vindas da sepultura pediu ajuda, mas quando ela chegou já era tarde. O homem havia feito buracos no caixão para o ar entrar e depois tentou forçar a tampa, quando ela abriu o impacto foi tanto que ele se feriu gravemente na cabeça, morrendo logo em seguida. O caso foi notícia no Daily Telegraph e hoje acreditasse que ele pode ter sido vítima de uma catalepsia causada pelo álcool.

 

            Em 1871, Mary Norah, era uma adolescente de 17, quando foi declarada morta por causa da cólera. Dez anos depois de sua morte a sepultura foi aberta, pois havia a crença de que o médico poderia ter falsificado o óbito da jovem, uma vez que o mesmo médico havia tentado matar a mãe adoptiva da mesma algum tempo antes. Ao abrir as portas do local um assistente encontrou o caixão aberto e metade do esqueleto para fora. Aparentemente Mary acordou de um transe induzido por veneno, ela deve ter forçado a tampa para fora e quando conseguiu desmaiou e bateu a cabeça na estante de alvenaria, causando sua morte definitiva.

 

            Em novembro de 2009, uma mulher entrou em coma profundo num hospital na Tunísia, os médicos a declaram como morta e rapidamente os parentes organizaram os rituais fúnebres, seguindo a tradição muçulmana. Minutos após o enterro ter acabado dois burros de estimação se aproximaram da cova e ali ficaram batendo os cascos no chão e cheirando a terra. Uma amiga da falecida percebeu algo estranho e foi afugentar os animais, mas quando chegou ao local ela se assustou com gritos vindos do solo. Ela alertou os familiares que chamaram os coveiros para desenterrarem a mulher. Ela sobreviveu e segundo a TV local Al Arabiya, passou duas horas no caixão.

 

            Casos de enterros prematuros são bem mais raros hoje em dia, mas acontecem, principalmente em países como Tailândia, China e países africanos. Piores que estes são os casos em que o enterro é proposital, como em assassinatos e crimes de honra.

 

            As autoridades mexicanas informaram que um bebé recém-nascido que foi declarado morto pelos médicos despertou quando já estava no caixão. O bebé, que nasceu prematuro, foi examinado em outro hospital e seu estado de saúde é estável.

 

            O procurador do estado de Hidalgo, José Rodriguez, disse que os pais ouviram um estranho barulho vindo do pequeno caixão. Após abri-lo, encontraram a filha viva e chorando. José Rodriguez disse a uma rádio local que o médico que declarou a menina morta no hospital da cidade de Tulancingo está sendo investigado por possível negligência.

 

            Homem de 81 anos 'ressuscita' em pleno velório.

            Um homem chileno de 81 anos levantou-se do caixão durante o seu próprio velório, perante o espanto dos familiares que choravam a sua morte, segundo um jornal diário local.

            A família de Feliberto Carrasco tinha encontrado o seu corpo inanimado e frio, convencendo-se de que estava morto. Os familiares contactaram uma agência funerária para organizar as cerimónias fúnebres, mas não chamaram um médico para confirmar o óbito.

            «Eu nem podia acreditar. Pensei que não estava a ver bem e fechei os olhos», contou o sobrinho de Feliberto Carrasco. «Quando reabri os olhos, o meu tio estava a olhar para mim. Comecei a chorar», prosseguiu.

            Por seu lado, Feliberto diz não ter sentido qualquer dor, apressando-se apenas a pedir um copo de água.

            As rádios locais também foram surpreendidas, tendo que rectificar aos seus ouvintes o anúncio da morte, prematuramente anunciado.

 

            O medo de ser enterrado vivo é tão grande que muitas pessoas optam por serem cremadas, e por doarem os seus corpos para as experiências médicas.

            Veja na Tag Fobias: (Doação do corpo: para não ser enterrado vivo; e  Caverna sofisticada: para não ser enterrado vivo).

 

            Se você sofre de tafofobia, o melhor é não dramatizar não leve nada disso a sério, procure encarar todo esse processo com um sentido de humor, talvez a sim fique aliviado de todo esse possível drama. E porque não pedir para lhe colocarem um telemóvel no caixão? Talvez morra mais descansado. Ora vejamos a provável situação:

 

            Se acordar, ligue para casa.

            Mas tenha cuidado ao comunicar-se com a família.

            – Alô.

            – Socorro!

            – Quem fala?

            – Sou eu!

            – Eu, quem?

            – O teu marido.

            – Ooooh!…

            – Chamem a ambulância! A mãe desmaiou!

 

PROF. KIBER SITHERC 

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 20:21
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Outubro 29 2010

 

            Mais um pesadelo para as pessoas que sofrem de Tafofobia.

            O insólito aconteceu em Lisboa. A filha de 57 anos, chamou a mãe de 77 anos, que estava considerada morta. O Jornal Correio da Manhã, publicou a notícia no dia 25 Novembro 2002.

 

            Maria das Dores Silva, 77 anos, vive sozinha há 15 anos no rés-do-chão do número 7 da rua Sousa Viterbo, em Lisboa. Anteontem, um vizinho estranhou o facto de a televisão estar ligada, dia e noite, desde quinta-feira.

            Bateu à porta e ninguém respondeu. Os bombeiros entraram e encontraram a idosa no chão do quarto. Deram-na como cadáver. “Mas ela não estava morta. Entrei, chamei-a e ela respondeu-me. Está internada nos ‘Capuchos’ e vai recuperar”, disse ao Correio da Manhã: Elizabete Ferreira, filha da idosa.

 

            O insólito, envolvendo os Sapadores Bombeiros de Lisboa e voluntários da Ajuda, as corporações que acorreram ao local, deixou todos de “boca aberta” mas pode ser, segundo fonte médica, possível, sendo chamado de morte aparente.

 

            Maria das Dores Silva, teve um ataque, com perda de consciência - provavelmente consequência do linfoma de que sofre há sete anos –, algures entre quinta-feira e anteontem de manhã. “Por isso é que os vizinhos não a viam e ela não respondeu à porta”, afirmou a filha, de 57 anos.

 

            “Chamaram o 112 e vieram os Sapadores, que partiram um vidro para entrar em casa. A minha mãe estava inanimada e caída entre duas camas. Não sei o que fizeram mas disseram aos bombeiros da Ajuda e ao agente da PSP que lá estavam que ‘já era cadáver’”, argumentou.

 

            Uma amiga correu a avisar a única filha da idosa. “Fiquei devastada e corri para a casa. Só já lá estava o Polícia, à espera do delegado de saúde”, contou. Sem aguardar, Elizabete Ferreira entrou no quarto “a gritar e a chamar por ela”. “De repente ouvi-a a responder-me: ‘A mãe está aqui, está doente...”, recordou. De imediato, pediu ao agente para chamar o INEM. “Ele ficou pasmado, também não acreditava”, declarou. A idosa foi levada o Hospital de S. José, onde entrou desidratada e bastante frágil.

 

            “Hoje (ontem) de manhã foi transferida para o Hospital dos Capuchos, onde está em observações – a soro e respiração assistida – e vigiada pelos médicos que têm acompanhado o linfoma”, concluiu Elizabete Ferreira.

 

            De acordo com fonte médica, ter-se-á tratado de um caso de morte aparente. “É um estado possível, sendo registado em casos extremos de certos sintomas e doenças”, afirmou.

 

            Para a nossa fonte, os bombeiros podem mesmo ter sido ‘enganados’ pelo estado da idosa. “A morte aparente é uma situação onde tudo leva a crer que a pessoa está mesmo cadáver. Por isso é que o óbito tem que ser sempre confirmado por um médico, o delegado de saúde, que aguarda sempre algum tempo antes de o decretar, esperando alguma alteração no estado da vítima”, afirmou.

 

PROF. KIBER SITHERC

 

 

 

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 19:16
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Outubro 28 2010

 

            Um brasileiro de Hidrolândia, Goiás, tem tanto medo de ser enterrado vivo que criou uma tumba com televisão e sistema de ventilação para evitar que o seu pior pesadelo vire realidade.

 

            Ironicamente o homem que se chama Freud, de 73 anos, não consegue se livrar de sua fobia e diz que ser enterrado vivo é um pensamento que o atormenta constantemente e o tornou notícia recente no jornal estadunidense The Wall Street Journal.

 

            A sua cripta também tem água corrente, alimentos e um sistema rudimentar de comunicação com tubos plásticos e “megafones” cónicos, caso ele precise pedir por socorro.

 

            Freud é proprietário de um hotel fazenda e foi político na região onde mora. Ele sofre de uma condição rara chamada de tafofobia: o medo doentio de ser sepultado vivo: “Eu tenho terríveis, terríveis pesadelos em que tento cavar para sair debaixo da terra”, disse Freud.

 

            Apesar da fobia do Sr. Freud ser exagerada, o medo de enterro prematuro é um dos mais comuns, com contos fantásticos sobre o assunto desde os tempos da Grécia antiga em que se dizia pessoas que se levantavam em seus próprios funerais. Com os avanços da ciência o risco de ser enterrado vivo é muito pequeno.

 

            Freud não se lembra quando sua fobia começou. Esta já é a segunda tumba construída por ele, que dá a possibilidade de escape. Ele já está trabalhando em um terceiro projecto, ainda mais avançado.

 

            Mas o medo de Freud não evitou que ele se tornasse prefeito de Aparecida, uma cidade próxima, e tivesse o seu hotel-fazenda de 3 mil acres com vários atracões turísticas.

 

            Equipes de televisões correram para a inauguração da sua última caverna, apesar de alguns repórteres irem embora bem menos animados: um repórter desmaiou depois de apenas alguns segundos na tumba.

 

PROF. KIBER SITHERC

 

 

 

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Outubro 28 2010

 

             “O termo de doação do meu corpo está colado na porta do meu quarto para a família não esquecer. Quando morrer, não quero ser enterrado”. Actor e funcionário público aposentado, Romário Machado Barbosa, 53 anos, não pode imaginar o seu corpo no interior de um caixão, um túmulo ou uma gaveta do cemitério. Nascido em Salvador, cresceu ouvindo histórias sobre pessoas que foram enterradas vivas. “Minha avó contava que muitos foram encontrados de bruços no caixão depois de enterrados. Isso é um desespero!”, disse.

 

            O medo se transformou em um trauma, mas Barbosa encontrou uma alternativa. Em 2005, quando se mudou para São Paulo, leu em num jornal uma nota da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) que incentivava os leitores a doarem os próprios corpos para, quando mortos, servirem para ensino e pesquisa nos laboratórios de anatomia. O actor não hesitou. “Liguei para a faculdade, marquei uma conversa com a responsável pelo recebimento das doações e ela me explicou os procedimentos. Eu disse ‘pode fazer o que quiser de mim, eu só não quero ser enterrado, de jeito nenhum’, contou.

 

            Oito dias depois da conversa, Barbosa retornou à faculdade de Medicina com o termo de doação assinado por ele e cinco testemunhas. As assinaturas e o registo no cartório são uma exigência da faculdade. O documento foi assinado no dia 1º de Abril de 2005 e lavrado no 3º Tabelião de Notas de Santo André (Grande São Paulo), onde o actor morava. “Com a doação tenho dois objectivos: evitar meu enterro, porque tenho medo, e fazer um acto de solidariedade em prol da ciência. Meu corpo poderá ser estudado e formar médicos”.

 

            O termo ficará arquivado por tempo indeterminado na Faculdade de Medicina da USP, que só saberá da morte de Romário Barbosa se algum familiar ou amigo do actor entrar em contacto pedindo a remoção do corpo para o SVO (Serviço de Verificação de Óbitos), órgão da USP, em São Paulo. “Eu já avisei todo mundo”, afirmou.

 

            Não foi apenas por causa das histórias da avó que Barbosa desenvolveu a tafofobia, o medo de ser enterrado vivo. “Quando eu era pequeno, minha mãe foi ao velório de uma menina. É costume na Bahia colocar uma vela entre as mãos da criança. Ao fazer isso, ela percebeu que a menina transpirava, mas oras, cadáver não transpira. Minha mãe gritou ‘não enterre essa menina, ela está viva!’. Todos falavam que ela estava louca, mas momentos depois a criança acordou”, contou.

 

            “Ele fez terapia, mas não superou o trauma. O Romário definitivamente não quer ser enterrado", afirmou Mariliza Ottani, que recebeu o termo de doação de Romário em 2005 na Faculdade de Medicina. Além de distribuir cópias do documento para vários amigos, o actor reafirmou a sua vontade numa matéria publicada no Jornal da Tarde no mesmo ano. “Quando meu corpo não servir mais para estudo e for enterrado, eu não estou nem aí. Daqui até lá, já virei papelão”, disse. “Se alguém me enterrar, eu levanto e dou um tapa! [risos]”, brincou.

 

PROF. KIBER SITHERC

 

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Outubro 27 2010

 

            Na claustrofobia, ou medo de lugares fechados, as impressões psíquicas tornam-se físicas: o ambiente “encolhe”, o tecto teima em aproximar-se, as paredes comprimem-se, as pernas e as mãos tremem desmesuradamente, o suor escorre, a boca seca e o coração parece querer ser o primeiro a sair dali, furando o peito. Os elevadores são a ilustração costumeira deste tipo de fobia.

 

            Medo de lugares fechados, abertos, multidão, escuro, altura, entre outras fobias, são reacções normais que servem para qualquer ser racional distinguir o que é perigoso ou não. O exagero, porém, pode ser um distúrbio psíquico, mas a cura é possível. Quem ainda não sentiu medo? Fobias, como outras doenças da mente, sempre existiram desde as épocas mais primitivas. Sem dúvida, o medo nos tempos pré-históricos era totalmente diferente. Já na actual sociedade moderna, há pessoas que têm pavor de dentista, avião, montanha russa, altura, entre outros, que são reacções psicossomáticas inerentes do organismo diante do perigo iminente, causando sudorese, pânico, o aumento da adrenalina, dos batimentos cardíacos etc.

 

            Há muitas pessoas, contudo, que têm um medo muito exagerado diante de algumas situações do dia-a-dia, principalmente de locais fechados, como elevadores, comboios ou aviões, por exemplo. A fobia também pode estar presente quando a pessoa se encontra cercada por uma multidão. A claustrofobia, todavia, não é uma doença, mas um sintoma, geralmente acompanhado de um distúrbio conhecido como Agorafobia - o medo de estar em um lugar público lotado de pessoas, de onde o indivíduo não pode sair facilmente, caso se sinta mal.

 

            As fobias podem ser classificadas em dois grupos. No primeiro, encontram-se as fobias comuns, ou seja, aquelas cujos sinais são o medo excessivo de coisas que todos, numa certa medida, temem, como por exemplo, alguns tipos de animais, a escuridão, a morte, as doenças etc. No segundo, o medo está ligado, não a um objecto específico, mas sim a um certo ambiente, como é o caso das agorafobias. São fobias contingentes, de natureza contextual, ou seja, manifestam-se dentro de um contexto.

 

            É muito comum haver confusões na comparação entre Agorafobia e Claustrofobia. Pensa-se que a primeira seria o medo de espaços abertos e, portanto, o contrário da segunda, o medo de espaços fechados. Agorafobia não é medo de espaços abertos como normalmente dizem, mas medo de lugares cuja fuga é embaraçosa ou difícil que, muitas vezes, pode ser um espaço amplo, como uma estação do metro ou um estádio de futebol. "A confusão deve existir pelo facto de que espaços públicos são lugares amplos e geralmente abertos, mas não é o caso do metro que é confinado. A afirmação de "que um é contrário do outro" não é verdadeira porque uma pessoa com fobia de elevador pode ter tanto uma Agorafobia como uma Claustrofobia", explica a psicoterapeuta e directora do Instituto de Psicoterapia Avançada, Maura de Albanesi.

 

            Outra confusão pertinente é porque as crises acontecem, geralmente, em lugares fechados e também pelo facto de que os conceitos são muito semelhantes (Agorafobia - medo de lugares de difícil escape e Claustrofobia - medo de lugares fechados). Se a pessoa tem medo de elevador somente por ser um espaço confinado é uma Claustrofobia. Se, entretanto, o indivíduo tem medo de passar mal (o que não significa necessariamente estar preso na cabine) e não ser socorrido, caracteriza-se um medo antecipatório, típico da Agorafobia.

 

            Mesmo alguns segundos diante de um contexto claustrofóbico são suficientes para desencadear um complexo de sintomas nas vítimas deste transtorno. Elas passam a evitar estas situações, consideradas como de risco. É difícil avaliar quais as causas deste problema, pois elas podem ser múltiplas. Aqueles que sofrem de qualquer tipo de ansiedade têm uma tendência maior a apresentar este distúrbio, pois qualquer vivência de um trauma em um lugar fechado pode ser o estímulo inicial para desenvolver nestas pessoas este género de fobia. "Geralmente, estas pessoas se isolam e evitam locais que possam gerar contextos claustrofóbicos, pois se deixam dominar pelo medo, recolhendo-se a lugares nos quais se sentem mais seguros", explica a psicoterapeuta.

 

            Tratamento - É fundamental, assim, tratar este transtorno, para que ele não se agrave e evolua para outras doenças psíquicas. Neste sentido, é importante aliar a psicoterapia com anti-depressivos. A psicoterapia tem como objectivo de reestruturar a mente, identificar os medos e trabalhar os aspectos irracionais de cada um deles. "A cura completa é, sim, algo bem real e possível. Tanto o claustrofóbico quanto seus familiares devem aprender a aceitar esta realidade. Só assim será possível eliminar de vez estes incómodos efeitos do quotidiano muitas vezes massacrante da nossa civilização. O autoconhecimento e a compreensão de si mesmo podem ajudar o paciente a se libertar desta e de outras fobias", completa Maura.

 

            Em sua grande maioria, os claustrofóbicos têm medo de morrer, não possuindo, portanto, o específico medo de lugares fechados. Os pensamentos ligados a esses pacientes adquirem grande importância no diagnóstico da patologia e, neste caso, o medo de morrer por falta de ar é o mais recorrente. “Às vezes, a pessoa não tem medo de avião, mas tem fobia de ficar presa nesse lugar, pois, caso aconteça algum problema, ela não tem para onde ir.

 

            Apesar de ainda não ter sido elucidadas as reais causas das fobias, sabe-se que existe aí um componente genético, visto que mais de 70% das pessoas fóbicas possuem parentes com este mesmo problema. Exposição a situações semelhantes às que provocam medo, repressão sofrida no passado, dentre outros factores, também podem estar relacionados. As manifestações da doença geralmente têm início na infância, e devem ser tratadas, já que tendem a se agravar com o passar dos anos; e causam situações de desconforto à pessoa, podendo interferir em suas relações sociais.

 

            Há cerca de seis meses, o estudante de Administração Fábio Andrade, 23, sofre de claustrofobia. Ele evita elevadores, teme escadarias escuras e apavora-se diante da improvável possibilidade de ficar preso dentro do banheiro. Para Fábio, mesmo uma janela fechada pode ser sufocante. “Tenho a impressão de que vou desmaiar, o coração dispara, a mente fica retorcida e a visão embaça”, conta.

 

            De onde vem isso? A claustrofobia de Fábio surgiu de repente e ele ainda não conseguiu descobrir o motivo do trauma. De fato, nem sempre é fácil encontrar a razão, já que não há uma causa única. Segundo o psiquiatra Gilson Volpe, “pessoas naturalmente ansiosas ou de fundamentos reactivos têm uma predisposição a desenvolver o transtorno”. Para alguém com essa personalidade, experiências traumáticas em lugares fechados são o estopim. A presença de alguém claustrofóbico na família também pode dar início ao que os psicólogos chamam de aprendizagem por modelação. Algumas correntes ainda apontam como uma das causas da fobia a repressão de impulsos sexuais e sentimentos de culpa.

 

            Afastar-se do mundo, obviamente, não é a melhor maneira de enfrentar este pavor irracional. Este é um daqueles transtornos em que a psiquiatria e a psicologia andam de mãos dadas. Segundo o psiquiatra Gilson Volpe, existem dois grupos de medicamentos mais recomendados para o tratamento da claustrofobia, os ansiolíticos e os anti-depressivos. “Eles inibem a recaptação da serotonina, responsável pela ansiedade”, traduz. Os resultados costumam ser rápidos, mas há riscos do medo voltar a se manifestar ao interromper a medicação.

 

            Por conta disso, o tratamento psicológico é de suma importância para a cura da claustrofobia. A psicóloga Sónia Maeda aconselha a terapia focal por meio da abordagem comportamental. Nessa linha terapêutica, o claustrofóbico se submete a efeitos de relaxamento, abrindo a porta para o psicólogo o conduzir a uma reestruturação cognitiva. “É preciso montar uma hierarquia dos medos, desde o mais terrível até o menor, e trabalhar a irracionalidade de cada item. A partir daí, o psicólogo incentiva o paciente a se expor às situações que ele considera de risco”, informa Sónia, referindo-se ao método conhecido por dessensibilização sistemática.

 

            Sem dúvida, não se trata de um transtorno dos mais simples, pois traz muitos impedimentos. Mas o claustrofóbico pode, sim, conseguir cura completa. Para isso, é muito importante detectar as raízes do medo e, como afirmou Sónia, expor-se pouco a pouco a eles.

 

            A duração do tratamento psicológico varia de acordo com o grau da fobia e de como ele mesmo pretende se ajudar. Vale lembrar também o papel da família em aceitar o medo como parte de um comportamento doentio, sem criticá-lo. Ao final da terapia, associada às medicações, é possível fechar as portas deste medo irracional de uma vez por todas.

 

            É indicado que o paciente pratique exercícios, tenha uma alimentação balanceada e acompanhamento terapêutico, a fim de reduzir o estrepe e aumentar a auto-estima e confiança – imprescindíveis para o sucesso do tratamento.

 

             Uma técnica amplamente utilizada é a da auto-exposição, na qual o indivíduo fóbico enfrenta de forma gradual as situações que lhe causam medo, podendo se recuperar completamente ao final do tratamento.

 

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Outubro 26 2010

 

            A cenoura consagra excelentes benefícios para os olhos, para a pele, cabelos, mucosas, ossos e sistema imunológico. Inquestionáveis são suas as propriedades terapêuticas, úteis para inúmeros problemas de saúde.

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            Diz a sabedoria popular que comer cenouras faz os olhos bonitos. A cenoura é uma raiz de cor alaranjada, rica em betacaroteno (poderoso antioxidante e anti-cancerígeno), fonte de fibras, minerais (fósforo, potássio, cálcio e sódio) e vitaminas (B2, B3, C, além de ser uma das melhores fontes de vitamina A). O betacaroteno é responsável pela coloração alaranjada característica do vegetal. Ele é uma provitamina A (substância que dá origem à vitamina A no organismo). Ele ajuda o desempenho dos receptores da retina, melhorando a visão.

 

            O betacaroteno também é responsável por manter o bom estado da pele e das mucosas. Cem gramas de cenoura são suficientes para suprir as necessidades diárias de vitamina A. A cenoura é um vegetal que contribui para aumentar a imunidade do nosso organismo porque combate as infecções. Além disso, ela diminui o risco de derrames em mulheres. A fibra solúvel da cenoura diminui o colesterol no sangue e promove o equilíbrio do corpo. É muito utilizada na culinária em saladas, bolos, sucos, cremes, refogados e purés. Não é um alimento muito calórico, pois cada 100 gramas de cenoura possui apenas 40 calorias.

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            A cenoura (Daucus carota) não é apenas um excelente alimento, fonte de vitaminas, minerais fibras; mas também um poderoso aliado para a estética.

            Ela possui as seguintes propriedades medicinais: antiinflamatória, anti-microbiana, anti-séptica, cicatrizante, emoliente, estimulante do sistema linfático, queratolítica, rejuvenescedora, remineralizante, suavizadora.

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            Aplicações no rosto: a cenoura é indicada para peles secas. Usada em máscaras de beleza e cremes hidratantes para cuidar de peles ressecadas e ajudar a prevenir e retardar os sinais de envelhecimento. Utilizada em óleos e cremes tónicos de massagem facial para tratar rugas. Em cremes nutritivos nocturnos, amacia e devolve brilho à pele, além de ser excelente tónico para peles cansadas.

 

            Aplicações em boca e dentes: usada em bochechos ajudam a tratar aftas.

Aplicações no corpo: empregada em óleos de massagem para reduzir edemas e inchaços, ajudando a drenagem linfática.

 

            Aplicações no rosto e corpo: usada em pomadas cicatrizantes de pequenos ferimentos, peles rachadas, eczemas, queimaduras e úlceras. Ainda em forma de pomada, é indicada para auxiliar na cicatrização sem deixar marcas, já que inibe o processo de formação de queratina. Em forma de creme ou simplesmente em banhos de imersão feitos com seu suco, melhora as rachaduras da pele e devolve a maciez.

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            Aplicações nos cabelos: indicada para cabelos secos. Na forma de máscara de tratamento, ajuda a restaurar a maciez e a saúde dos fios, principalmente dos cabelos crespos e secos. Pode ser usada em sinergia com aveia e com óleo de semente de uva.

 

            Contra-indicações: na forma de banhos ou massagem corporal, deve ser evitada por mulheres grávidas.

 

            Mas a cenoura não só trata da beleza e de fazer olhos bonitos, como diz a sabedoria popular. A cenoura também tem a excelente virtude de provocar um belo bronzeamento na pele. As suas virtudes terapêuticas não se ficam por aqui, ajudando também a combater a anemia, doenças da pele e problemas hepáticos.

 

            Contra a celiaquia (doença infantil) fazer sucos e/ou puré de cenouras com bananas.

            Contra transtornos oculares, bom para gestantes e durante a amamentação.

 

            Para transtornos na pele, má formação das unhas, cabelo opaco, quebradiço ou seco, para dificuldades na menstruação, dores no peito, insónia, depressão, catarros crónicos do nariz e dos seios, perda de olfacto, defesa insuficiente contra as infecções na mucosa das vias respiratórias (bronquite), transtornos gastrointestinal e hepático, tendência para a formação de cálculos e funcionamento excessivo da tiróide.

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            Verdadeiro cocktail de saúde, a cenoura é um dos vegetais mais consumidos mundialmente, mas os seus primórdios não reúnem o consenso de todos os autores. Alguns acreditam que é originária da Gália, enquanto que outros defendem que provém da Ásia Menor, onde crescia em estado selvagem há mais de três mil anos.

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            Inquestionáveis são as suas as propriedades terapêuticas, úteis para inúmeros problemas de saúde.        

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            É laxativa e diurética. Regulariza o trânsito intestinal, cicatrizando e desinfectando a mucosa intestinal e estomacal.

            Favorece a taxa de colesterol. Contém docraína, um vasodilatador coronário.

Intervém no bom estado da pele e das mucosas.

            É tónica, remineralizante, favorece a hemoglobina (transportador do oxigénio) e contribui para o equilíbrio ácido-básico.

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            Em uso externo é cicatrizante.

            A semente da cenoura é carminativa, estimulante, aperitiva e diurética.

            Estados e problemas de saúde que pode beneficiar:

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            - Anemia, astenia e problemas de crescimento e de convalescença.

            - Problemas hepáticos: com a alcachofra, constitui o remédio por excelência para o fígado e para os temperamentos biliosos, utilizando-se para combater a icterícia.

            - Irritação gastro-hepática e excesso de acidez no estômago.

            - Catarro nasal, sinusite e tosse.

            - Sarampo e varicela.

            - Eczemas, sardas e acne.

            - Deficiência da visão crepuscular e das cores, graças à sua forte concentração em provitaminas A e B9 caratenóides.

            - Fotofobia (hipersensabilidade à luz e hemeralopia).

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            Modo de consumo e utilização:

            Em sumo: contra queimaduras, amigdalites infantis e pólipos, gota, reumatismo, artrite, tuberculose pulmonar e lombrigas (também em puré ou ralada).

            - Polpa: aplicação para aliviar queimaduras, úlceras, eczemas e hemorragias, bem como para facilitar a cicatrização nas ulcerações.

            - Sementes: a infusão de sementes de cenoura é estimulante, diurética e apetitiva.

            - Rama esmagada: aplicação sobre as úlceras e feridas purulentas.

            - Banhos: contra as frieiras e o cieiro.

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            Conservação

            - No frigorífico, dentro de um saco perfurado, a fim de evitar a condensação que as faz apodrecer. Não as colocar junto a legumes ou frutos que libertem muito gás etileno (pêra, maçã, batata), porque amadurecem prematuramente, diminuindo a conservação e tornando-a amarga.

            - Fora do frigorífico, devem ser colocadas num local à sombra, fresco, húmido (95% de humidade) e ventilado.

            - As cenouras conservam-se bem dentro de areia fina (até cinco meses).

            Contrariamente à maioria dos outros hortícolas, as cenouras cozinhadas são mais nutritivas que as cenouras cruas. Como nas cenouras cruas as paredes das células são muito rijas, o organismo só consegue converter em vitamina A menos de 25% do seu betacaroteno.

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            A cozedura, no entanto, quebra as membranas das células e, desde que as cenouras cozinhadas façam parte de uma refeição com alguma gordura, o organismo consegue absorver mais de metade do betacaroteno.

 

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Outubro 25 2010

 

            O melhor amigo do homem pode ser, para algumas pessoas, o maior pesadelo. Desde minúsculos poodles a enormes rottweilers, pessoas que sofrem de cinofobia sentem um medo irracional de cães. Geralmente as pessoas desenvolvem a fobia depois de serem mordidas ou verem alguém ser mordido, mas algumas têm medo simplesmente por saber que o cão pode mordê-las. O tratamento para esta fobia envolve muitas vezes um relacionamento próximo com um cachorro.

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            O medo irracional dos cães especificamente é chamado de cinofobia

Pessoas com cinofobia geralmente possuem experiências traumáticas com cães no passado, como serem mordidas ou atacadas quando crianças, ponto a partir do qual a fobia começou a se manifestar.

 

            A universitária Emilly Maitan, de 19 anos, é uma dessas pessoas. Desde quando foi atacada por um cachorro na infância, ela nunca mais se aproximou do animal. “Posso estar a metros de distância, mas, quado avisto um cão, logo fico apavorada e o medo toma conta de mim. É imediato”, explica.

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            O que fazer para vencer o medo?

            No contato com animais adestrados, o paciente é estimulado a se aproximar e brincar com o cão naturalmente até que o medo desapareça.

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            Especialistas afirmam que é importante fazer com que o paciente perceba não haver motivo para ter medo irracional ou aversão aos cães.

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            Os cães são mais susceptíveis de atacar um estranho que vai a correr do que um que esteja parado.

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            Na terapia cognitivo comportamental, podemos trabalhar com duas técnicas a dessensibilização sistemática e a técnica de exposição, onde conseguimos óptimos resultados.

 

PROF. KIBER SITHERC 

 

 

 

 

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Outubro 23 2010

 

            O medo de subir ou expor-se em sítios altos chama-se acrofobia.

            É um medo comum e, até certo ponto, compreensível. Estar próximo de um precipício pode acarretar medo de escorregar e cair. É normal, já que se trata de um perigo real, diferente do medo de ficar, por exemplo, trancado num banheiro. O medo, no entanto, torna-se irracional quando ocorre diante do simples facto de a pessoa se dirigir em direcção a uma janela de um prédio, ou de estar em locais altos que são protegidos por grades ou vidros espessos, como os edifícios com vista panorâmica.

 

            As pessoas com fobia de altura, ou acrofobia, reagem com medo nessas situações, não conseguem olhar para baixo, sentem vertigem. As situações geradoras de medo são bastante variáveis e vão de mezaninos de teatros, passando por escadas, escadas rolantes, ladeiras, até o topo de edifícios bem altos. É comum que os portadores de acrofobia apresentem medo de perder o controlo e de se jogarem do local em que se encontram. Também é comum, terem a sensação de estar sendo "puxados" para baixo. Isso ocorre mesmo com a presença de anteparos protectores. Para essas pessoas fica impensável fazer, por exemplo, um exame de ressonância magnética, em que teria que ficar uma ou duas horas "presa no tubo" de exame.

 

            Pessoas que sofrem de acrofobia podem se habituar com determinados lugares altos em particular, isto é, perder o medo desses lugares, mas a sensação de medo voltará quando o indivíduo for a algum outro lugar alto. Uma quantidade surpreendente de alpinistas tem acessos intermitentes de acrofobia.

 

            A acrofobia pode ser perigosa, pois indivíduos que sofrem dela podem ter um ataque de pânico ao encontrarem-se em um lugar alto e não vislumbrarem uma forma de sair dele. Alguns indivíduos sentem uma urgência em sair de lugares altos, embora não de forma suicida.

 

            Curiosamente, não existe uma correlação entre a acrofobia e a aerofobia (medo de voar). A diferença parece ser que, enquanto se está voando, não há conexão visual entre a aeronave e o solo logo abaixo; há pilotos que sofrem de acrofobia e conseguem exercer a sua profissão normalmente, embora haja relatos do medo que emerge subitamente se uma conexão com o solo é feita, por exemplo voar próximo a edifícios altos ou falésias.

 

             A gravidade deste medo varia de pessoa para pessoa, que vão desde o medo de estar num andar alto de um edifício, subindo uma escada ou qualquer outra actividade que envolve e elemento de altura.

 

            Os sintomas de acrofobia são típicos de um ataque de pânico ou ansiedade. Quando esse medo instintivamente sobressai o acrofóbico pode começar a procurar coisas para agarrar e pendurar. Ele pode perder a confiança em seu próprio senso de equilíbrio. Reacções comuns incluem a descer imediatamente, rastejando, ajoelhando ou abaixar o corpo.

 

            No paciente acrofóbico a impressão que vai cair gera muita ansiedade sendo o grande motivo que interfere muito na sua qualidade de vida.

 

            Dependendo da gravidade da sua resposta ao medo de altura podem incluir sudorese, agitação, palpitações, choro, ou gritar. Ele pode sentir-se paralisado e achar difícil raciocinar.

                         

            O medo das alturas, como todas as fobias, parece ser uma reacção exagerada da resposta de medo normal. Esta pode ser uma resposta aprendida, quer queda anterior ou uma reacção de medo de um progenitor às alturas.             As razões são diversas e individuais, podendo ser até mesmo genéticas.

 

            O objectivo principal deste tratamento de fobias é a diminuição do evitamento do estímulo ou situação temida; a moldagem de comportamentos de aproximação apropriados. O terapeuta providencia ao paciente uma exposição gradual ao alvo ameaçador e reforça melhorias sucessivas à habilidade do paciente para interagir com o estímulo como alvo. A duração das exposições pode ser baseada numa duração de tempo ou num número de apresentações práticas.

 

            Tratar o medo das alturas inclui a terapia comportamental cognitiva, que expõe o acrofóbico de experiências gradual aumento da altura se sobre um adicional degrau de uma escada ou em outro andar de um edifício.

 

            Alguns estudos sugerem que a realidade virtual pode ser tão eficaz como a terapia comportamental. Se esta pesquisa for confirmada, ele teria uma grande vantagem de custo e tempo de poupança factores já que haveria pouca ou nenhuma necessidade de uma terapia tradicional.

 

            Algumas dicas para superar a acrofobia:

 

            Aprenda sobre o seu medo; a incerteza é uma grande causa. Entender o significado e o que leva a ter acrofobia pode ajudar a apagá-lo;

 

            Tente superar por etapas, criar familiaridade aos poucos será mais fácil de controlar esse sentimento;

 

            É mais fácil superar o medo quando você está com alguém que não sente a mesma coisa, pois essa pessoa o vai encorajar;

 

            Conversar sobre a acrofobia é uma boa dica: você divide as suas frustrações e elas passam a não parecerem tão difíceis;

 

            Raciocine antes de entrar em desespero. Se você estiver no alto de um prédio, veja que não está sozinho e que realmente está em segurança;

 

            Faça um exercício de relaxamento. Feche os olhos, imagine a altura que você sentiria medo e devagar vá controlando esse sentimento. Você se sentirá melhor!

           

            Para melhorar esta fobia, a terapia consiste em aplicar exercícios gradativos para que o paciente consiga controlar a sua respiração, ansiedade e o medo.

 

PROF. KIBER SITHERC 

 

 

 

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Outubro 21 2010

 

            Aracnofobia é o medo (ou fobia) de aranhas. É a mais comum das fobias e possivelmente a fobia de animais mais extensa. As reacções dos aracnofóbicos parecem frequentemente bem irracionais às pessoas, e mesmo ao próprio afectado. Ele tenta permanecer o mais longe possível, de todo o local onde pensa que habitam aranhas, ou onde observaram aranha. Por mais incrível, devido à fobia, eles vêem aranhas aparecerem em todos os lugares.         

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            Essas ideias definem até lugares onde elas vão passar férias, desportos que virão a praticar, tudo para evitar qualquer contacto com aranhas. Se virem uma aranha perto de algum lugar onde vão entrar, evitam entrar nesse lugar, mesmo que a distância entre o local e onde está a aranha seja grande, ou ao menos terão antes, que fazer um esforço para controlar o seu medo.

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            A reacção dessas pessoas, exposta a uma aranha, pode provoca os seguintes sintomas: respiração rápida, taquicardia e até náuseas.

 

            Como a maioria das fobias, o aracnofobico pode ser curado com tratamento psicológico. A forma habitual é usar os métodos que expõem gradualmente o fóbico ao animal que lhe dá medo, mas também existe um sistema de choques em que a exposição é de grande intensidade, e se realiza subitamente.

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            Qual será a origem do medo?

            Como um animal tão pequeno pode despertar um medo tão grande? Esse é um mistério ainda para muitos psicólogos. Porém, existem hipóteses satisfatórias. Existe o lado biológico, em que o medo às aranhas seria uma vantagem evolutiva para a sobrevivência e, consequentemente, a perpetuação da espécie.

            Mas ao que tudo indica a explicação é cultural. O medo existe sobretudo na mente ocidental. O pesquisador Geoffrey Isbister afirma sobre o assunto: "muitas culturas referenciam aranhas ou vêem-nas como símbolos de boa sorte".

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            Isbister, ainda diz que o motivo para a fobia pode se encontrar em raízes históricas, como a história do Tarantismo, doença surgida na cidade de Taranto (Itália) que teria ameaçado a Europa entre os séculos XV e XVII. Como explica Aline Gatto Boueri:

 

            Aranhas da espécie Lycosa tarântula foram acusadas de causar esse mal cujos sintomas eram suor, tremor, insónia, dor, rigidez corporal e fraqueza. Curiosamente, acreditava-se que, para curar-se, o doente deveria dançar freneticamente durante quatro dias. Enquanto em alguns lugares a doença acabou associada à loucura por conta disso, em outros se tornou um pretexto para orgias ou festivais de dança, o que deu origem à famosa tarantela.

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            As aranhas no cinema:

            A aracnofobia foi representada no cinema pelo filme de suspense Arachnophobia do director Frank Marshall. O filme conta a história da família de um médico que decide se mudar para o interior, sendo que em sua casa começam a surgir aranhas e mortes começam a acontecer. O médico, Dr. Ross, era aracnofóbico. O que se passa na cidade pode ser a solução para ele acabar com o medo que o persegue desde a infância.

 

            O filme foi a estreia de Frank Marshall como director. As aranhas utilizadas no filme vieram da Nova Zelândia e eram inofensivas aos actores. O filme estreou nas bilheteiras em 1990.

 

            E em Harry Potter, o personagem Ronald Weasley também tem aracnofobia. No seriado Friends, o personagem Ross Geller tem aracnofobia.

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            Há uma terapia desenvolvida pela psicóloga Laura Carmilo Granado e pelo neurocientista Javier Peláez, da USP, consistia em observar imagens com características subtis de aranha duas vezes por dia. As imagens activam uma das áreas do cérebro dos aracnofóbicos ligadas à reacção de medo, o tálamo. Para provocar o medo é preciso que o tálamo e a amígdala estejam em acção, mas as fotos não activam a amígdala. "O tratamento torna a conexão entre essas duas regiões cerebrais menos intensa, de modo a 'enganar' o cérebro e a diluir a fobia", explica a psicóloga Laura Carmilo Granado. "Os próprios pacientes diziam que as fotos lembravam aranhas mas que eles não sentiam medo". A cura só é definida de facto quando o paciente encontra uma aranha numa situação quotidiana e não sofre nenhuma reacção fóbica, como medo, sudorese e taquicardia. Com apenas quatro semanas de terapia, 42% dos pacientes foram considerados curados.

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            Vejamos o testemunho de uma paciente curada por essa terapia. “Coloquei-me à disposição. O tratamento durou seis semanas. Nesse período vi uma série de fotos duas vezes por dia. Nenhuma delas continha uma aranha, mas sim imagens cuja forma lembrava o insecto. À medida que eu via as fotos, consegui aos poucos parar de revistar o quarto e até pronunciar a palavra 'aranha', que evitava.

            Na última semana a psicóloga me incentivou a me aproximar de um poster de uma aranha a 30 m de distância. Caminhei devagar até tocar a imagem! Como se não bastasse, ainda manuseei uma caixa transparente com uma aranha dentro. Foi um verdadeiro desafio ver o bichinho tão de perto sem tremer, mas eu consegui.

            Curada da aracnofobia há dois anos, passei a fazer tudo o que tinha vontade, como pescar e me sentar na grama. Também decorei meu quarto com tapetes e móveis rente à parede. Hoje, quem diria, tenho até simpatia pelas aranhas, tanto que salvei uma de ser apedrejada pelas crianças no condomínio dos meus pais”.

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            Respire profundamente. Quando sentimos medo, retemos a respiração, o cérebro deixa de se oxigenar e fica entorpecido, a circulação sanguínea fica enfraquecida e o cérebro deixa de se irrigar convenientemente. Procure respirar enchendo profundamente os pulmões de ar, verificará então um grande autodomínio e segurança.

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            Use o conhecimento. Usando os factos e a lógica distancia-se do medo. Se tem medo das aranhas e dos insectos, procure saber algo a cerca deles e verificará que a maioria são inofensivos e muito interessantes e procure ter alguns para se familiar com eles. O conhecimento dissipa o medo; a ignorância poderá gerar o pânico.

 

PROF. KIBER SITHERC

 

 

 

 

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Só temos uma vida, por isso, teremos que vivê-la intensamente de uma maneira agradável e positiva. Faça tudo o que estiver ao seu alcance, antes que seja demasiado tarde! Pensamento Positivo! kiber-sitherc@sapo.pt
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