Método Kiber

Janeiro 20 2010

 

                Em 1951, um neurocirurgião da Universidade de McGill, de Montreal, Canadá, o Dr. Wilder Penfield, realizou notáveis descobertas relacionadas com os fenómenos perceptivos, mediante uma série de experiências, nas quais estimulava o córtex temporal do cérebro com uma sonda galvânica.
            Entre o estudo importante que realizou, Penfield conseguiu demonstrar que, no cérebro, gravam-se e evocam-se em conjunto acontecimentos e sentimentos. Quer dizer, qualquer facto observável é registado juntamente com um sentimento e, quando se evocam, aparecem sempre juntos.
 
            Nessa época, um psiquiatra da mesma universidade, que estava no processo psicanalítico havia vários anos, Dr. Eric Berne, canadiano, foi muito influenciado pelas investigações de Penfield.
            Procurando um sistema mais rápido de análise, Berne pôs a hipótese de a conduta de uma pessoa ser muito influenciada pelas experiências gravadas juntamente com sentimentos na infância.
            A relação entre duas pessoas depende dos factos passados por cada uma e da maneira de exterioriza-los. Existe entre elas uma série de transacções que depende da personalidade de cada uma.
            Observando os seus pacientes, notava que, algumas vezes, actuavam de uma forma muito adulta, mas que mudavam bruscamente adoptando, umas vezes, posições físicas, acções ou raciocínios infantis e, noutras ocasiões, tomavam posições, gestos ou frases de autoridade.
            Berne perguntou a si mesmo: Porque existem estas mudanças?
            Nessa altura, reunia-se frequentemente com psicólogos, clérigos, sociólogos, médicos e especialistas que enriqueceram a sua teoria embrionária.
 
            Por volta de 1954, formulou a Análise Estrutural, mediante a qual tentou analisar a personalidade, partindo de três estados básicos: Pai, Adulto e Criança. Segundo a sua teoria, o Pai é o conteúdo das normas, padrões e proibições impostos na infância, por progenitores, familiares e professores. O adulto é como um “computador” que recebe e processa informação. A Criança representa os sentimentos, os impulsos e a emoção.
            Pouco depois, Berne apresentou a sua teoria da personalidade, na qual identificou três estados de conduta (Pai, Adulto e Criança) como pertencentes ao Ego. Então adoptou o nome de Análise estrutural, para a sua teoria.
            Berne descobriria mais tarde que, no Pai, havia características diferentes, Crítica e Protecção; que o Adulto não era um simples “computador”, mas que completava como um “ethos” e um “pathos”; e que a Criança, por seu lado, tinha a Adaptação, ao mesmo tempo que os impulsos naturais, livres e ambivalentes, e também um “Pequeno Professor” que questionava determinadas atitudes e condutas, manejando-as para obter amor, carinho e afecto. Assim nasceu a Análise Estrutural, de Segunda Ordem, representando mais complexo da personalidade e que permitiu explicações mais profundas sobre o comportamento humano.
 
            1955, observou que a comunicação entre as pessoas é diferente, de acordo com o estado do Ego nesse momento. Define a “transacção como unidade básica da comunicação humana, palavra que dará um novo nome à sua teoria: “Análise Transaccional”.
            Em 1956, o Dr. Eric Berne ao aprofundar os seus estudos, descobriu que as pessoas fazem verdadeiros jogos de comunicação que, de algum modo, marcam a sua vida, sendo estes jogos semelhantes aos das crianças, nos quais a personagem adopta sempre um papel identificável e constante.
            Em 1965, Berne continuou as suas investigações. Perguntava aos presos: “Em que idade vais morrer?”, “Como vais morrer?”. Aos empregados que não conservavam os seus lugares: “Como vais fazer para perder o emprego?”. Aos pacientes e amigos em geral: “De que morrerás e quando?”
            Observou que as pessoas fazem inconscientemente uma autêntica planificação que as levará ao desenlace dramático das suas vidas. No entanto, esta planificação obedece a determinadas influências sociais, culturais e familiares. Essa planificação é o guião da vida.
            Diz Berne: “O guião afecta toda a vida humana, desde o nascimento, ou ainda antes, até à morte”. Veja neste tag: “O guião da vida”.
 
            Nessa época, a força da Análise fundamenta-se nos guiões e Berne define-se como “analista de guiões”. Nesta etapa, o próprio Berne comenta: “Entre as objecções espirituais, filosóficas, racionais, doutrinais, empíricas, desenvolvimentistas e clínicas, a relação da “teoria dos guiões” com a psicanálise tem muitos pontos em comum”. “Como doutrina, a análise de guiões não é independente da psicanálise nem lhe é alheia”. “Os analistas de guiões subscrevem as doutrinas de Freud na sua totalidade e somente desejam acrescentar alguma coisa à luz de experiências ulteriores”.
            O Dr. Berne morreu em 1970 e os seus seguidores continuaram a aprofundar toda essa teoria extraordinária. Em São Francisco, nos Estados Unidos, Karpman foi o criador da técnica do “Triângulo dramático” (Perseguidor, Salvador e Vítima). Veja neste tag: “Não queira ser vítima”.
 
kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 16:30

Janeiro 20 2010

  

            Todos nós usamos metáforas, por vezes inconscientemente devido à força do hábito. As metáforas são símbolos, por isso, são mais intensas do que as palavras. Ora vejamos: “Estou na fossa”, em vez “Estou com problemas”; “Não vejo saída”, em vez “Não vejo solução”.
            Também as expressões positivas são mais intensificadas: “A vida é bela”, comparando com a expressão: “A vida é um mar de rosas”, ou “A vida é agradável” com “A vida é uma taça de cerejas”.
Cristo, foi o grande mestre das metáforas, por isso, os seus ensinamentos atraíam as multidões. Expressões como “semeador” comparando com missionário, ou “pescador de homens”, foram tão intensificadas, que mesmo ao fim de dois mil anos não perderam a sua actualidade. É essa a grande força da metáfora, que mesmo usando expressões desusadas, como “não por a carroça à frente dos bois” fazem parte sempre da nossa contemporaneidade.
            Um dos meios mais poderosos das metáforas é das comparações, pois elas permitem fazer um número ilimitado de associações mentais. Quando não enxergamos algo, usando uma parábola, ou uma ilustração em forma de metáfora, dessa maneira é mais fácil a compreensão.
            As mensagens metafóricas que usamos e que foram impregnadas no cérebro determinam os nossos pensamentos, os nossos actos e também o nosso destino. Lembre-se que quando as usa elas exercem um grande poder sobre a sua vida. Na verdade, a maioria das pessoas nunca seleccionou conscientemente as metáforas que poderão ser positivas e fortalecedoras.
            As metáforas que usa habitualmente foram recolhidas em seu redor, através de familiares, professores, amigos, colegas de trabalho e possivelmente foi incutido através dos livros que influenciou culturalmente.
            As metáforas positivas fortalecem-nos, pela sua ampliação e enriquecimento da experiência da vida. As metáforas negativas, não deixam de ser expressivas, mas enfraquecem-nos e intensificam a dor.
            A nossa mudança também passa pelas metáforas que usamos habitualmente. Todas elas fazem parte das regras, ideias e convicções que adoptámos, por isso, ao quebrá-las, mudando de metáforas, interrompemos esse velho paradigma.
            Se pensa e acredita que a sua vida é uma batalha sem fim, que o mundo está cheio de feras que o querem devorar, que não poderá dar tréguas aos seus inimigos. Pense numa metáfora mais fortalecedora que o possa sentir-se feliz. Verá que o fará progredir mais na vida e evitará muitos dissabores.
            Conheci um vendedor, que ao competir com outros concorrentes dizia que se encontrava numa guerra, não demorou muito a sentir-se deprimido. Mudou de táctica, alterou a sua metáfora para um jogo diplomático com os seus adversários, então a sorte sorriu-lhe, vendeu mais, e eles começaram a respeitá-lo e admirá-lo.
            Se você não progride, é porque usa metáforas agressivas que o bloqueiam nas suas metas. É muito vulgar certas pessoas se queixarem: “Eu sou um “trouxa”, “Eu estou na mó debaixo” e “Sou uma escrava”. Use metáforas positivas para descrever os seus sentimentos que os intensifique ao máximo.
            A maneira como se sente intensifica tudo. Você é um “trouxa” ou é uma “estrela”? É o “Sol” ou é uma “vela apagada”? Está na “sombra” ou está na “ribalta”? Pense e medite: qual será uma metáfora melhor?
 
PROF. KIBER SITHERC
 
 
kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 03:35

Janeiro 20 2010

 

            Fortino Mario Alfonso Moreno Reys (mais conhecido pelo Cantinflas), nasceu na Cidade do México, em 12 de Agosto de1911.
            Oriundo de uma família muito pobre, filho de um humilde carteiro e o sexto de doze filhos. Teve uma adolescência marcada pela pobreza o que o levou a começar a trabalhar muito cedo, primeiro como engraxador, depois aprendiz de toureiro e motorista de táxi. No início da sua juventude, sonhava em ser médico, mas devido à penúria pela qual passava a família, desistiu dos estudos, também, tentou tornar-se pugilista profissional, mas começou a tornar-se artista ambulante, fazendo sucesso ao dançar e cantar melodias de um jeito gaiato, que alternava com discursos galhofeiros.
 
            Em 1930, ele se tornou parte do circuito na Cidade do México, onde conheceu a sua esposa, Valentina Ivanova Zubareff de obrigam russa, que se casou em 27 de Outubro de 1936. Eles permaneceram juntos até sua morte em 1966.
 
            Mário Moreno, tornou-se popular por interpretar o seu personagem Cantinflas, rapidamente foi reconhecido por seu talento, sensibilidade, charme e optimismo. O seu personagem vestido como um homem pobre com calças muito originais, t-shirt desgastada, um pano sujo no seu ombro e bigode scrcggy, todo ele foi um caso único e de imitação. Através de sua interpretação, ele sempre tentou educar o público sobre um estilo de vida saudável e criticou os poderosos em defesa da classe trabalhadora. Este personagem sempre representou a identidade nacional do México. Por isso, o público tanto o admirava.
 
            Entre as coisas que cativou o seu público, foi a maneira como ele usava a linguagem cómica, complicando as conversações a ponto de se tornarem inteligíveis durante os seus filmes. Ele genialmente, na conversação invertia as frases, trocava palavras e abusava do imprevisto: seus personagens, por exemplo o El Barrendero, gostava de iniciar uma conversa normal com alguém no filme, e depois complicava para o ponto onde não o entendiam o que ele estava falando, uma prática que muitos de seus fãs achavam ser muito engraçado. Sua rotina, consistia na comédia de se aliciar em longa conversa fora, sem sentido. Cantinflas, conquistou o público hispânico.
            Ele foi responsável por mais uma palavra que entrou no dicionário de língua espanhola, a forma de expressão cunhada do verbo cantinflear, que foi reconhecido pela Real Academia Espanhola em 1992, definido como falar muito de uma maneira absurda e incoerente, sem dizer nada.
 
            Entrou para o cinema em La Mujer del Puerto (1933), e aos poucos ganhou outras oportunidades até estrelar Así es Mi Tierra (1937). A sua fama e popularidade foi extraordinária.
            Criou a sua própria produtora, a Rosa Filmes (1940), dos mais de 50 filmes que fez, a maior parte foi produzido pela sua companhia. E a primeira longa-metragem da produtora foi Ni Sangre ni Arena (1941), seguido de outros, dirigidos na maior parte por Miguel Delgado, como El Gendarme Desconocido (1941), Os Três Mosqueteiros (1942), O Circo (1943), O Mago (1949), O Bombeiro Atómico (1950).
 
            Em Hollywood ele fez dois filmes: A Volta ao Mundo em 80 Dias (inspirado no romance de Júlio Verne), foi um sucesso de bilheteira e vencedor do Óscar de melhor Filme em 1956 e Pepe, que foi um fracasso de público e crítica. A sua carreira durou até a década de 80. A crítica, porém, destaca que os melhores filmes do comediante foram feitos nos anos 40 e na década de 50.
 
            A origem do seu apelido é perdida entre lendas, há uma versão afirmando que ele próprio inventou, a fim de impedir os pais de saber que ele estava a trabalhar no entretenimento, uma profissão que considerava pouco respeitável.
            Há outra versão, explicado pelo crítico e escritor Carlos Monsiváis, afirmando que, durante uma apresentação, o medo do palco assumiu e fez Mario Moreno esquecer o seu monólogo inicial. Ele reagiu dizendo alguma coisa que lhe veio à mente numa incoerência “brilhante”. Alguém do público irritado com suas frases sem sentido, gritou: “en la cantina inflas”. Que significa “beber no bar”, baptizando assim o seu carácter. Então, Mario Moreno, por alguma razão divertida, encurtou o insulto ao nome profissional de Cantinflas.
           
            Mario Moreno, que para nós ficou sempre o Cantinflas, era uma alma generosa. Sempre lutou contra os opressores e defendeu os oprimidos, foi presidente do sindicato dos actores mexicanos.
            Apesar do facto de Cantinflas morrer milionário, mas ele nunca esqueceu de onde veio. Grande parte do seu dinheiro, foi entregue ao trabalho de caridade, incluindo os pobres de habitações inferiores, e que não tinham recursos para uma habitação de baixa renda, para os pobres da cidade do México.
 
            Quando ele morreu, ele foi saudado como herói nacional, e houve um período de luto oficial seguido. O senado dos Estados Unidos, efectuou um minuto de silêncio para homenagear a sua memória.
            E assim saiu do palco da vida, uma das maiores estrelas de sempre nos filmes de língua espanhola, e um dos maiores cómicos do mundo.
            Morreu em 20 de Abril de 1993, vítima de cancro do pulmão.
 
PROF. KIBER SITHERC
 
 
 

 

 

 

 

kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 00:27
Tags:

Só temos uma vida, por isso, teremos que vivê-la intensamente de uma maneira agradável e positiva. Faça tudo o que estiver ao seu alcance, antes que seja demasiado tarde! Pensamento Positivo! kiber-sitherc@sapo.pt
favoritos

A ORIGEM DO RISO

Janeiro 2010
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2

3
4
5
6
7
8
9

13
14
16

17
23

25
27
28
30

31


pesquisar
 
subscrever feeds
blogs SAPO