O optimista vê as rosas nos espinhos; o pessimista vê os espinhos nas rosas; o realista vê as rosas e os espinhos.
Cada qual interpreta a vida de acordo com a sua óptica. Nem tudo é bom ou mal, mas o nosso pensamento é que o faz. Realmente existem coisas más, mas também existem coisas muito boas, para as pessoas que sofrem de azedume é mais fácil censurar do que dizer bem.
Numa viagem de comboio, quem se divertirá mais o pessimista ou o optimista? O pessimista, poderá estar com razão quanto às suas críticas: dos horários, do atendimento dos funcionários, dos preços da viagem, da poluição que avista e de tudo aquilo que o desagrada. O optimista, simplesmente, procurou divertir-se e tirar partido da situação: viajou para se distrair. Por isso, escolheu o lado positivo da vida. Ora essa viagem, poderá ser interpretada como sendo o percurso da nossa existência. Porque não usarmos o optimismo na nossa viagem da vida?
Já reparou no conforto em que vive? Tudo graças a muitos cientistas geniais que pensaram e trabalharam para a Humanidade, para que nós usufruíssemos de todos esses prazeres. Até o próprio rei Luís XIV, o rei Sol, nunca gozou de tanto conforto como nós. Como seria a vida sem essas comodidades que nós conquistámos! No entanto, os nossos antepassados se prescindiram deles. Em toda a parte se vêm pessoas que sofrem de azedume. Onde você estiver ali estão eles, bem atentos para a luta e sempre prontos com a mão no gatilho, a disparar as suas frustrações nos outros. Estão sempre descontentes, tudo está mal para eles. Fazem lembrar os anarquistas no século XIX na Rússia, como tudo lhes era negativo, foram rotulados de niilistas, que significa no latim “nada”. Criticam quando estão nas filas dum banco, lamentam-se pelo tempo perdido, depois saem e perdem por vezes o dobro do tempo com um amigo em conversas fúteis. Na rua, estão bem atentos para que possam avistar algo para as suas críticas: quando um incauto passa ao sinal vermelho ou quando alguém os desagrada.
Conseguem proliferar o seu azedume como uma influência epidémica se tratasse. Por vezes, julgam-se perfeitos, e alguns até de boa fé, tencionam mudar o mundo. Esquecendo-se porém que todos esses lideres do passado, foram impotentes para isso e que apenas deixaram um mar de ideias e de ilusões.
Como ervas daninhas eles conseguem-se alojar em tudo o que é sítio. E sempre encontram alguém, que devido às suas frustrações os apoiam. Em todo o lado os encontramos, quando ouvir as críticas, simplesmente diga sorrindo: “Não bata mais no ceguinho”. Essa expressão os desarma, por vezes eles sorriam e dessa maneira poderá mudar de conversa. Quem tem telhado de vidro não deve atirar pedras ao do vizinho. Lembrai-vos das palavras do Mestre: “E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?”
Essas pessoas como disse Norman Peale sofrem de psico-esclerose que é o endurecimento dos pensamentos. E para essa cura só existe um remédio: a mudança de pensamento.
Imagine-se na pele alheia: procure ver a situação com os olhos do outro; tentar ouvir com os ouvidos do outro, sentir com o tacto do outro. Quanto mais compreendermos os outros, mais eles gostarão de nós. Afaste-se de gente rabugenta e mal-humorada. A sua influência poderá ser contagiante, não entre nesse jogo crítico e procure mudar de assunto. Se sofre de azedume, experimente refrear a crítica e pratique a lisonjeia. Verá que a vida se tornará mais colorida, interessante e feliz.
PROF. KIBER SITHERC