Método Kiber

Janeiro 18 2010

 

            Duas figuras históricas que mais me impressionaram foram: Alexandre Magno e o seu conterrâneo Diógenes. Alexandre conquistou o seu mundo conhecido, o velho Diógenes nunca saiu do seu túnel, quando se encontraram pela primeira vez, Alexandre perguntou se ele desejava manifestar algum pedido e ficou perplexo pela resposta categórica: “Sim quero, afasta-te do sol que me encobres”. Ambos morreram no mesmo ano, Alexandre na sua juventude com 33 anos e Diógenes na sua velhice com 70 anos. Alexandre conheceu um mundo de glória, teve tudo o que poderia sonhar e foi aclamado como um deus; Diógenes, o filósofo cínico desprezou as riquezas e tornou-se austero, conta-se que deitou fora o seu único utensílio que possuía ao ver uma criança beber água do côvado da mão.
            Na verdade não sei qual deles, foi o mais feliz, mas sabe-se que Alexandre teve um final infeliz a sua morte foi trágica e agonizante, como se expiasse por todos os erros que cometesse. Alexandre foi um jovem precoce e o seu grande erro foi de ser demasiado apressado.
            Todos nós, conhecemos de alguém ou de figuras famosas, que foram longe demais; que tragicamente morreram cedo e que tinham tanto para dar e fazer e que acabaram tão jovens!
 
            Lembro-me da minha meninice de dar longas caminhadas com um familiar, partíamos bem cedo pela manhã, não havia pressa, tínhamos todo o tempo do mundo. Calmamente, percorríamos perto de 10 quilómetros, era uma alegria quando fazíamos esse percurso, contávamos os marcos da estrada, íamos somando os quilómetros, como se fossemos comendo a distância. Era um homem sem pressa de viver, conhecia por experiência, quase todas as distâncias e o tempo das localidades do Ribatejo. Morreu velho, sem pressa de viver.
            A pressa é inimiga da perfeição, como diz o velho ditado: “Depressa e bem ninguém o faz”. Ao saborear a comida devagar e calmamente, poderemos obter maior prazer, se a viagem for devagar, poderemos apreciar melhor a paisagem, desfrutaremos melhor a vida se não tivermos pressa nem precipitação.
            Todos nós já ouvimos o sábio provérbio: “Devagar se vai ao longe”; ou “Devagar que eu tenho pressa”. Parece um paradoxo mas revela muita sabedoria, é uma maneira inteligente de evitar toda a precipitação e de sermos mais prudentes. Quantas mortes e calamidades, não se teriam evitado se ouvisse-mos o sábio conselho: “Mais vale perder um minuto do que a vida num minuto”.
            A máxima preferida do imperador Augusto era a seguinte: “Apressa-se devagar”. Significando: agir de uma maneira prudente sem precipitação. Lembrando a doutrina paradoxal do chinês Lao Tseu: “Agir pelo não agir”. 
 
            As palavras que se encontravam nas antigas passadeiras de comboio: “Pare, escute e olhe”. Avisava-nos para um possível perigo eminente: continuam a ter, hoje, a mesma mensagem actualizada.
Pare: como se disse-se a si próprio: “Aguenta os cavalos”; uma forma de controlar toda a impetuosidade, fazer uma pausa para reflectir.
Escute: oiça a sua voz interior.
Olhe: use os seus sentidos, principalmente a sua visão.
            Não ter pressa não significa entrar na passividade e na estagnação, mas agir de um amaneira segura e prudente.
 
PROF. KIBER SITHERC
 
kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 16:45

Só temos uma vida, por isso, teremos que vivê-la intensamente de uma maneira agradável e positiva. Faça tudo o que estiver ao seu alcance, antes que seja demasiado tarde! Pensamento Positivo! kiber-sitherc@sapo.pt
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