Método Kiber

Janeiro 12 2010

 

            A confusão mental é a causa de muitas preocupações; é como se depara-se perante uma encruzilhada e não soubesse que caminho a tomar: os objectivos canalizam-se em direcções diferentes e duvidosos, a mente dispersa-se, bloqueia-se e torna-se confusa.
            Lembre-se que no estado inquietante, somos mais emotivos que racionais, por isso, quando estamos preocupados, as emoções prevalecem ao de cima, e a nossa capacidade de raciocinar diminui. Ao analisar o caso de uma maneira objectiva e imparcial, as inquietações dissolvem-se à luz da razão.
            A maior parte das preocupações existente é causada por pessoas que procuram tomar decisões, por vezes precipitadas, antes de ter conhecimento suficiente em que basear uma decisão.
            Quando centralizamos apenas um objectivo, conseguimos alcançá-lo mais rápido e eficazmente; diferente se pretendermos atingir muitas funções ao mesmo tempo.
            Um problema que entre na mente, poderá dispersar-se, enraizar-se e criar ervas daninhas; a melhor forma é usar o raciocínio e a lógica para se livrar do problema inquietante. Escreva o problema ou a preocupação num papel com toda a precisão, certifique-se de que os factos são imparciais, claros e objectivos. Kettering dizia: “Um problema bem definido, é um problema meio resolvido”.       
Torna-se mais fácil analisar os factos e seleccioná-los se eles forem escritos com todo o rigor e precisão, desta maneira evitará que eles andem à tona a incomodá-lo. O simples processo de os mencionar numa folha de papel ajuda muito para que as preocupações se dissipem à luz do conhecimento.
            Vejamos os três passos para resolver qualquer problema que o preocupa:
 
            1º - Escreva a origem do seu problema.
            Obtenha as causas das suas dúvidas de uma maneira precisa. Sem o apuramento dos factos, andamos inquietos e confusos.
 
            2º - Analise todas as causas do problema que o aflige.
            Analise tudo friamente, racionalmente, livre de qualquer emoção. Experimente abreviar as palavras para não se dispersar. Seja imparcial, finja que é um advogado julgando os prós e os contra, o que conseguirá beneficiar e o que poderá prejudicar. Será necessário por vezes dividir a frase, quando se apresentam várias dúvidas; visto indicar vários problemas: “dividir para vencer” é um pensamento que ajuda muito.
 
            3º - Tome uma decisão.                   
            Procure a imparcialidade e evite uma opinião pré-concebida, se tiver já uma ideia enraizada não poderá separar os factos e influenciará a sua compreensão para um novo discernimento.
 
Método das vantagens e desvantagens. É um dos métodos mais simples e eficazes para sair da dúvida e da confusão mental. Escreva numa folha vantagens e na outra desvantagem. Exemplo: “Devo mudar de casa?” Então enumere todas as vantagens que poderão proporcionar essa mudança: a distância do trabalho, o preço da casa, a localização, o espaço, etc. Depois na outra folha escreva as desvantagens. No fim observe e compare as duas folhas e veja a predominância das vantagens e desvantagens e assim chegará a um objectivo bem definido e toda a dúvida se extinguirá. Lembre-se, que em tudo na vida há sempre vantagens e desvantagens.  
         Se dedicar o seu tempo a estudar o caso de uma maneira objectiva e imparcial, as suas preocupações dissipam-se à luz do conhecimento.
 
PROF. KIBER SITHERC

 

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 21:12

Janeiro 12 2010

 

            No meu antigo livro de leitura continha o sábio conselho: “Não guardes para amanhã o que podes fazer hoje”. Considero que toda uma geração conheceu esse valioso provérbio, de não adiar para o futuro o que poderemos fazer no presente. Na minha meninice sempre ouvi a minha mãe repetir: “Guarda comer; mas não guardes que fazer”.
            Existem dois fantasmas que nos assombram a nossa felicidade: um deles chama-se Passado; e o outro chama-se Futuro. Eles só vivem na sua mente e imaginação. O primeiro já foi extinto e deverá estar enterrado; o segundo ainda não apareceu, pois ele está para nascer. Só há uma maneira de nos livrar deles: viver o dia de hoje.
            Nos primórdios da civilização o ser humano vivia apenas o dia de hoje; ao rebuscar-se criou hábitos inquietantes com o passado e o porvir. Um turista europeu que viajou pelo Taiti recolheu esta observação por um velho nativo, espantado com os europeus: “Quando vocês são jovens olham para o futuro pensando em todas as coisas que hão-de fazer; quando envelhecem olham para o passado: nós vivemos no presente”.
            O passado não deve ser visto como uma força impulsionadora da vida; deve ser compreendido como uma memória inerme, e tirarmos dele o máximo proveito. Apesar da adversidade que nos tenha marcado o passado, poderemos aprender com as experiências inóspitas da vida, é o que se chama: tirar partido da situação. Aí o passado contribui para a nossa compreensão da vida, e nossa felicidade. Ao pensar no passado, apenas está a activar a memória no presente com aquilo que já aconteceu, quando o passado é doloroso e o futuro inquietante e são transportados para o presente, tornam-se um fardo difícil de carregar. Razão teve quando o escritor francês Flaubert disse: “O futuro é o que há de pior no presente”.
            Quem vive intensamente o futuro está desviado e distraído no presente. É como se estivesse ocioso todos os dias, todos os planos e metas para atingir estão no amanhã, “faço depois”; “agora não me apetece, amanhã, amanhã... ”. A própria felicidade também é para lá transportada; entra-se num ciclo vicioso, quando “aquele dia” chegar... mas continuará a ser infeliz. O pensamento planeado para o futuro irá sempre decepcioná-lo, porque não está concentrado no presente. Quando se acredita que só atingindo determinados factores se consegue a felicidade, fica-se sempre à espera e “aquele dia de felicidade” não aparece.
            A felicidade encontra-se hoje, neste instante no presente, fazem parte da vida todos os momentos presentes que usufruímos uns após outros. A felicidade está em apreciar o momento presente: viver o agora como se fosse o último dia da nossa vida. A mente torna-se um campo fértil de inquietações quando se desvia do presente; mas quando volta ao presente entra-se na paz de espírito.
            Para se habituar a viver o presente; pratique o seguinte exercício:
            Procure um sítio calmo para se relaxar. Agora visualize três cenas como se fossem ecrãs: à esquerda visualize cenas importantes do seu passado; no meio cenas do presente; à direita cenas do seu futuro.
            Ao olhar para as três cenas (que poderão ser movimentadas como se fossem filmes ou paradas como se fossem fotografias), destaque primeiro a cena do passado: realce-a e dê-lhe brilho; agora escurece-a e veja apenas um ecrã negro. Faça agora à cena da direita que simboliza o futuro: realce-a e dê-lhe brilho a algo que o preocupa amanhã; também escureça até tornar-se num ecrã negro. Agora destaque a cena do meio que simboliza o presente: realce-a e dê-lhe brilho, faça com que essa cena se sobreponha aos outros compartimentos e que só ela fique no presente.
 
PROF. KIBER SITHERC
 
 

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 16:56

Janeiro 12 2010

 

            Todos nós somos emotivos, por isso a ansiedade é uma característica da espécie humana. Não se preocupe se um dia acordar ansioso e com a mente inquieta, isso faz parte do nosso estado de espírito que é inconstante. Se não sentisse qualquer emoção ou ansiedade seria anormal, pois seria patológico e teria que procurar um psiquiatra. O que não é normal é estar sempre ansioso e preocupado.
            Há pessoas que acreditam que as preocupações fazem parte da vida; não saberiam como viver se não tivessem a mente preocupada. Crêem que ao preocuparem-se, é como se controlassem ou evitassem o pior que as atormentam. Por isso, às vezes ficam irritadas com as pessoas, que aparentemente parecem calmas, e usam frases como estas: “Esta gente não se preocupa com nada”; “Os meus filhos não se preocupam”. Por vezes ficam satisfeitas, quando vêm um filho preocupado, interpretando isso como sinal de maturidade e de bom senso. Poder-se ia perguntar: quando o seu filho se preocupa com os fantasmas ou com o papão será que também é sinal de maturidade?
            Os sentimentos como as preocupações podem-se aprender com os pais. Ouvido muitas vezes os refrães: “Estou ralado com isto... estou inquieto e preocupado com aquilo que me poderá acontecer...” É natural que se aprenda que as preocupações fazem parte da vida e que é impossível viver sem elas.
            A palavra preocupação deriva do prefixo de origem latina: pre que significa antes e da palavra ocupação, por isso, preocupação significa: estado de inquietação por algo antecipado que poderá estar no futuro ou talvez nunca venha a acontecer.
            Não há dúvida que a preocupação é um estado que nos deixa impotentes, porque estamos a antecipar um futuro inquietante; por vezes duvidoso e que não podemos fazer nada para resolver a situação: tira-nos o sono, leva-nos a um grande stress e abrevia-nos a morte. 
            É impossível fugir das preocupações, porque para onde for as levará sempre consigo. Se tentar esforçar-se para ignorá-las ou esquecê-las está a dar-lhes poder; e elas aumentam de intensidade e tornam-se mais fortes e inquietantes. Não lhes dar importância tira-lhes o poder e elas se dissipam como se fossem fumo diante dos nossos horizontes.
            Toda a preocupação é uma meditação antagónica, e uma concentração de emoções negativas paralisantes, causam a tensão muscular e condicionam-nos o corpo para o ataque, defesa ou retirada: tudo isso antes que o perigo aconteça. A tensão muscular pode esgotar as suas reservas químicas, imobilizando assim a renovando da energia vital. Por isso, as preocupações prolongadas podem abalar a energia muscular; e também dar origem ao cansaço mesmo quando a actividade é mínima.
            O relaxamento é um dos exercícios que deverá praticar (ver nos números anteriores), para que os músculos descansem e tranquilizem a mente. Lembre-se que toda a atitude corporal, isto é, fisiológica, influencia o cérebro; e as representações internas (pensamentos), influenciam todo o corpo: respiração, músculos, circulação sanguínea, coração, digestão etc. e vice versa.
            Não fazer nada, ou enterrar a cabeça na areia como a avestruz, não é a solução correcta para vencer as preocupações, terá que agir, isto é, tomar uma atitude que seja correcta. Exemplos: se a saúde o preocupa, terá que ter coragem em consultar o médico; se a segurança de casa o preocupa deverá proteger-se com um sistema de alarmes.
            O tema é vastíssimo por isso será abordado nos próximos números.
 
PROF. KIBER SITHERC
 
 
kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 16:20

Janeiro 12 2010

 

            O ser humano é por natureza vulnerável, ao contrário dos outros animais não tem defesas e armas naturais, sendo desprotegido e nu. Durante toda a sua longa caminhada pela história passou refugiado em grutas e cavernas naturais, para se proteger e salvaguardar a sua descendência. O medo do desconhecido deu origem às superstições e aos mitos.
            O medo é um sentimento natural, quando ele é autêntico e verdadeiro poderá beneficiar-nos. A reacção psicológica ao medo permite a nossa sobrevivência e preparam-nos para “a fuga e o ataque” perante um perigo iminente. Essa característica também é partilhada pelos outros animais, se não houvesse o medo todos os animais à face da terra já teriam desaparecido. Um exemplo: se as aves não tivessem medo dos humanos ou dos outros animais deixar-se-iam apanhar e já se tinham extinguido. 
            Se não houvesse o medo não seríamos mais cautelosos e prudentes; é esse sentimento que nos leva a proteger as nossas vidas. Um indivíduo que não conhece o medo poderá por a sua vida em perigo; e é o medo que o leva a ser aplicado na sua conduta diária.
            Quando o medo limita a nossa felicidade torna-se “um falso medo” e é fóbico. Exemplo: se alguém nos apontar uma arma é natural que tenhamos medo, pois revela, um sentimento verdadeiro; mas se você mudar de passeio com medo de um cachorro inofensivo é um falso medo, porque é uma fobia.
            Há cerca de 400 classificações de fobias, desde as mais simples e quase inofensivas às mais traumáticas e paralisantes. A pior de todas é a fabofobia: é o medo de ter medo. Gera a ansiedade e o receio de ter medo de uma determinada fobia, de não ser capaz de resolver uma determinada situação. É a preocupação de entrar em pânico antes de surgir o estado fóbico. Exemplo: você ao sofrer da zoofobia (medo dos animais), entrará em pavor ao pensar que vai estar em contacto com eles.
            Vejamos algumas técnicas para se curar das fobias:
 Respire profundamente.Quando sentimos medo, retemos a respiração, o cérebro deixa de se oxigenar e fica entorpecido, a circulação sanguínea fica enfraquecida e o cérebro deixa de se irrigar convenientemente. Procure respirar enchendo profundamente os pulmões de ar, verificará então um grande autodomínio e segurança. Faça a coisa que mais teme decididamente e sem hesitar. Não diga: “Tenho que fazer isso”; mas diga antes: “Eu quero experimentar isso e eu vou conseguir”. Como uma criança que dá os primeiros passos, ela hesita, tem medo e por vezes até cai, mas ela insiste até conseguir o equilíbrio.
Repita várias vezes a coisa que tanto teme. Lembre-se do exemplo da criança nos primeiros passos; ela não desiste apesar de muitos esforços. A mesma coisa acontece com os passarinhos quando saem nos ninhos; tanto se esforcem e batem as asas que acabam por voar. 
Ria-se do seu medo.Experimente ridicularizá-lo não leve a sério essa fobia. Não lhe dê a importância que tanto teme, convença-se que esse medo não é verdadeiro e que não há razão para se assustar.  
Use o conhecimento.Usando os factos e a lógica distancia-se do medo. Se tem medo das aranhas e dos insectos, procure saber algo a cerca deles e verificará que a maioria são inofensivos e muito interessantes e procure ter alguns para se familiar com eles. O conhecimento dissipa o medo; a ignorância poderá gerar o pânico.
 
PROF. KIBER SITHERC

 

 

 

 

kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 15:36

Janeiro 12 2010

 

            Vimos no número anterior a técnica mais simples para desligar o pensamento; desvalorizá-lo e não lhe dar importância alguma, porque ele na verdade não é real. Tudo aquilo que nós aprovamos e acreditamos processa-se no nosso cérebro como uma realidade.
            Quando o pensamento negativo está enraizado na mente, por vezes torna-se difícil erradicá-lo, como uma erva daninha, terá que ser arrancado, antes que se alastre e provoque a infelicidade e a doença. É possível erradicá-lo de uma só vez para que não nos volte a importunar. Os mesmos pensamentos poderão ser controlados para que não andem a acatar-nos; espreitando-nos para nos deprimir e impedir-nos de sermos felizes.
            Vejamos os vários métodos para deter o pensamento:
 
            O método da desvalorização do pensamento: consiste em desvalorizar o pensamento que nos inquieta, que em cima me referi e que foi desenvolvido no mês anterior.
 
            O método “Stop”: consiste em quebrar os pensamentos incomodativos de uma maneira rápida, quando eles nos aparecem. Quando surgirem pensamentos negativos, visualize na sua mente um sinal de “Stop”. Imagine uma voz forte e enérgica que lhe diga: “Já basta” Pense em bloqueá-lo, e mude o pensamento para um positivo. Um pensamento enraizado demorará mais tempo a quebrá-lo. Faça esse exercício persistentemente, com a prática o seu cérebro fará isso de uma maneira automática.
 
            O método de troca: consiste em fazer parar mentalmente a “imagem”, que o incomoda. Depois dar-lhe relevo: brilho, destaque e trocá-la por outra positiva. Exemplo: suponhamos que está triste por algo que lhe aconteceu; congele essa imagem, ponha-a imóvel, dê-lhe brilho, aumente-a em tamanho, depois troque-a por uma positiva, não esquecendo de lhe dar relevo, brilho e destaque à imagem posterior. Depois desligue, e pense noutros assuntos positivos, pois convém, para não entrar na obcecação mental. 
 
            O método da manipulação: é o mais criativo de todos eles, porque consiste em manipular o pensamento através dos nossos sentidos.
            Se você não gostar de um canal de televisão poderá mudar de programa, escolher o que lhe convém, baixar o som e inclusive desligar. O mesmo se passará com os seus pensamentos negativos; é tão simples como desligar o interruptor da luz.
            Com a mente poderá fazer o mesmo: é possível desligar-se de todos os pensamentos irritantes através da manipulação dos sentidos.
            Visualize uma cena que o tenha incomodado. Use a audição e experimente baixar o som como faz ao televisor, agora tire o som totalmente do diálogo interior persistente, visualize que no diálogo apenas os lábios se mexem. Veja a diferença de estar sem som. As tais palavras enfadonhas que quase lhe furavam os tímpanos desapareceram. Agora experimente fazer o mesmo à imagem inquietante que o perturba. Escureça-a cada vez mais, reduza-a a uma pequenez insignificante, até que desapareça.
            Se na sua mente, permanece a lembrança da desagradável voz de alguém, poderá modificá-la pela manipulação auditiva. A voz irritante poderá tornar-se a fala de um cómico palhaço, ou de um desenho animado. Com a técnica da manipulação, poderá visualizar a tal pessoa enfadonha, como um insignificante pigmeu, a uma pequenez exagerada.
            Lembre-se, quando se irrita ou se aborrece, amplia na sua mente essa imagem; quando desvaloriza essa emoção, a sua mente a reduz e a circunscreve.
 
PROF. KIBER SITHERC
 
 
kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 14:19

Só temos uma vida, por isso, teremos que vivê-la intensamente de uma maneira agradável e positiva. Faça tudo o que estiver ao seu alcance, antes que seja demasiado tarde! Pensamento Positivo! kiber-sitherc@sapo.pt
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