Charles Chaplin, 1889-1977. Nasceu em Londres e foi um dos maiores realizadores e actor do cinema britânico. Foi filho de um modesto casal de actores teatrais que trabalhavam no music hall. Os seus pais separaram-se logo após o seu nascimento, ficou na tutela de sua mãe, que sofria de perturbações emocionais. Charles subiu ao palco pela primeira vez aos 5 anos, em 1894, quando representou no music hall diante de sua mãe, que lhe ensinou a cantar e a representar.
Em 1896, ela ficou desempregada e não conseguia encontrar outro emprego. Por isso, Charles e seu meio-irmão mais velho, Sydney, foram para a Escola Hanwell, para crianças órfãs e destituídas. O seu pai faleceu devido ao alcoolismo, quando Charles tinha doze anos. O estado emocional da sua mãe se agravou, foi admitida devido aos sérios problemas mentais, no asilo Cane Hill, onde faleceu em 1928.
Em 1912 emigrou para os Estados Unidos. Um ano depois, em 1913 inicia-se no mundo do cinema com a produtora Keystone Film Company, de Mack Sennett. Ao princípio Charles teve dificuldade para se ajustar ao estilo de acção da Keystone, mas depressa se adaptou e fez vários filmes.
Em 1919 associa-se com W. Griffith, Douglas Fairbanks e Mary Pickford para fundar a United Artists, que foi a produtora dos seus filmes a partir da referida data. Entre os filmes mais famosos contam-se a Quimera de Ouro e O Circo. Com a chegada do cinema sonoro realiza Luzes da Cidade, Tempos Modernos e O Grande Ditador, que foi o seu primeiro filme sonoro, onde fez uma afronta a Adolf Hitler e ao Nazismo. Foi filmado e lançado nos Estados Unidos um ano antes da entrada do país na Guerra. Charlie no filme fazia um papel duplo. Adenoid Hynkel, clara alusão ao nome de Hitler, e de um barbeiro judeu. Hitler gostava muito de cinema. E sabe-se que ele tenha visto o filme duas vezes (segundo registos do seu cinema particular).
Charles, politicamente tinha ideias esquerdistas. Vários dos seus filmes seguiram essa tendência, principalmente o filme Tempos Modernos, de 1936, que faz uma crítica à situação operária e dos pobres em geral. Por causa das suas ideias políticas, foi incluído na Lista Negra de Hollywood. Foi acusado pelo governo de “actividades anti-americanas”. Em 1952, Charles Chapllin, mais a sua mulher Oona O’Neill, decidiram escolher a Europa para viver, elegendo a Suíça para morar.
Fez depois os dois últimos filmes, nos quais, infelizmente, já não brilhou o génio da época do cinema mudo: Um rei em Nova Iorque e a Condessa de Hong Kong.
Charles Chaplin, conhecido pelo seu pseudónimo de Charlot. É uma figura importante e universal do cinema. A sua obra é a síntese madura do melodrama romântico e da sátira social mais pungente, independente e inconformista, cómica e sentimental em simultâneo, animada por sentimentos humanitários e não de certa amargura.
Charles Chaplin, morreu aos 88 anos no dia de Natal (25 de Dezembro) de 1977 em Vevey na Suiça, em consequência de um derrame cerebral.
Nada melhor que escolher esta altura de Natal, para ver os seus filmes fantásticos e humorados, e assim homenagear o ícone do cinema cómico mudo.
PROF. KIBER SITHERC