O amor é um sentimento, e como qualquer outro sentimento também se aprende. A influência do lar pode ser vital para a criança aprender a amar. É certo que a aprendizagem de uma criança é através do exemplo, por isso, a criança começa por imitar os pais, em tudo aquilo que se possa moldar em seu redor. As cenas de ciúmes, as infidelidades, as agressões mútuas, os jogos psicológicos: mentiras, manipulações, etc. Tudo isso, é a soma do exemplo dos pais, e da sociedade que se pretendeu imitar por vezes de uma maneira inconsciente. Foi essa a mensagem que se aprendeu na infância e adolescência, que nos irá caracterizar os nossos comportamentos ao longo da vida.
Devemos começar por aprender a gostar de nós. Quando nos amamos, desenvolvemos a auto-estima, não temos tanta necessidade que alguém goste de nós. O verdadeiro amor está dentro de nós, quando ele é extenso, transborda do interior para o exterior, como uma árvore generosa derrama os seus frutos.
Só gostar não chega. Devemos ser exigentes na escolha do parceiro, para depois não exigir demasiado dele. A nossa alma gémea, é aquela pessoa em que os predicados, assim como os hobbies se adaptam a nós, quanto mais coisas tivermos em comum para partilhar, melhor será o relacionamento
Costuma-se dizer: “Há sempre um chinelo velho para um pé doente”. Pois significa que qualquer pessoa, por mais feia, pobre, velha ou doente, que não encontre a sua laranja metade. Mas o amor vem quando menos o esperamos, ele surge quando não o procuramos. É como um atropelamento mental, você se esforça para se lembrar de algo e não sai, então dirá: “Está-me na ponta da língua”. Depois surge quando não esperava. Perseguir o amor, cria ansiedade e frustração, ele aparece quando tranquilizar a mente, ele está dentro de si, deixe que ele se exteriorize por seu intermédio.
Quando se tem o vazio afectivo, pretende-se preencher uma lacuna, tornar-se-á um relacionamento dependente, poderá surgir de uma necessidade em vez de um relacionamento saudável. Nesse estado, é natural que se engane na escolha, o amor passará a ser uma muleta, ou uma tábua de salvação. Em vez de procurar o preenchimento do vazio que existe em si, deverá partilhar o amor que está dentro de si. Procure tornar-se a pessoa congruente, em vez de procurar a pessoa congruente.
O ciúme é doentio, pois revela uma pessoa insegura, tenta-se subjugar a pessoa amada, aprisioná-la numa gaiola como se fosse um passarinho. O verdadeiro amor liberta e não escraviza. O ciúme faz parte da cultura de muita gente, acham que quando o parceiro sente ciúme há amor, por vezes até provocam ciúmes, para se sentirem seguros. Supostamente, dessa maneira, acreditam que o ciúme alimenta o amor.
Pelo contrário, o ciúme mata o amor. No ciúme não há amor, mas o desejo e a pretensão de posse da pessoa amada, devido por vezes à insegurança ou simplesmente ao egoísmo. Dá origem ao ódio e vingança, o ciumento sofre e faz sofrer a pessoa que ama. O ciumento, faz afastar a pessoa que tanto receava perder. Lembre-se que o amor morre, quando se pretende ter o parceiro. Ninguém é de ninguém.
Quando alguém parte, poderá ser doloroso, quando acontece é porque essa pessoa não gostava realmente de si, ou esse relacionamento seria impossível. A chama do amor quando não é alimentada, ela se apaga, por que nada é eterno, o amor também tem um prazo de validade. Há relacionamentos e paixões que terão que acabar, para podermos ser felizes. Há duas maneiras de imunizar-se contra o sofrimento das paixões: é convencer-se a não amar o impossível; e conformar-se que só poderá amar quem gostar realmente de si.